Mãe de  Kawan Adrian de Souza de 19 anos, morto em confronto com a Polícia Civil em Ribas do Rio Pardo, afirma que Filho foi ameaçado de morte pela polícia uma semana antes.

Segundo a dona de casa, Daila Darc de Souza tenho de 34 anos, a polícia deu o "recado" para outra moradora afastar o filho dela do rapaz para que ele não morresse junto. "Na época ela veio aqui em casa e conversou com Meu Filho, disse que ia mandar o menino dela para a fazenda por porque a polícia foi na casa dela e alertou sobre o que iria acontecer, mas não acreditamos até ele matar meu filho", conta.

Depois da morte a mãe conseguiu que a mãe do amigo do filho confirmasse a história para levar a prova até a Defensoria Pública.

"Gravei a prova para levar até a Defensoria e buscar Justiça pelo meu filho, ele não estava armado, pedi para ver a arma eles disseram que não podiam me mostrar, mataram meu filho na minha frente", lembra Daila.A mãe que agora chora pela morte do rapaz tem medo que diante da prova a polícia faça algo contra a família.

"Tenho medo deles tentarem algo com mais alguém da minha família. Sei que meu filho estava vendendo drogas, mas ele não era traficante como disseram era um menino e morria de medo da polícia", afirma.

"Se estava fazendo coisa errada era chegar e prender, não tirar a vida dele assim. Só Deus sabe o quanto eu e minha família estamos sofrendo por conta disso", chorou.

Relembrando detalhes do dia do suposto confronto, a mãe diz que a polícia não deixou ela ver o filho morto no quintal, foi levada para delegacia e só no hospital descobriu sobre a morte do rapaz.

"O médico disse que ele levou um tiro na virilha, no tórax e um no rosto, esse foi a queima roupa. Se era um confronto porque não mostraram a arma, porque deram um tiro a queima roupa no rosto do meu filho já caído", questiona ela, afirmando que a polícia armou para Adrian morrer.

O caso

Kawan morreu no dia 7 de fevereiro ao trocar tiros com a Polícia Civil, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, em Ribas do Rio Pardo.

O mandado de busca se refere a um processo de ameaça de morte contra um servidor público estadual. Durante o cumprimento da ordem, assim que avistou os policiais, Kawan tentou fugir pulando o muro da residência onde morava, na Rua Joaquim Cecílio de Lima, no centro da cidade.Ainda conforme o Cenário MS, Kawan estava com uma pistola 380, e tentou atirar em outra equipe que o cercou. Os policiais reagiram e o atingiram.

A equipe realizou o socorro do rapaz, mas Kawan morreu na unidade de saúde, quando recebia atendimento médico.

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