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Casal de peruano que viaja pelo mundo, foi entrevistado pela Globo e menciona o nome de Rio Verde na reportagem.


SÃO PAULO — Quando tinha 5 anos, o publicitário peruano Javier Miller Regalado ficou encantado com o carro que o avô havia comprado e colocou na cabeça que um dia sairia pelo mundo a bordo daquele Fusca vermelho. O sonho de criança foi crescendo, enquanto o Fusca passava por transformações para se tornar uma espécie de casa ambulante. No último dia 2 de outubro, já com 36 anos, Javier saiu da cidade de Chimbote, no litoral do Peru, para uma volta pela América do Sul. Levou a mulher, a professora Miria, de 31 anos, e a filha do casal, Shalom Jireth, que completou 11 meses esta semana.
No último domingo, depois de rodar cerca de 10 mil quilômetros, a família Regalado chegou a São Paulo. Foi nessa cidade, também no fim de janeiro, que o avó de Javier comprou o Fusca há 33 anos. Após celebrar o aniversário da capital paulista, na próxima segunda-feira, o peruano pretende ir ao Rio, onde espera encontrar um dos seus maiores ídolos, o conterrâneo Paolo Guerrero, atacante do Flamengo. Antes de voltar ao Peru, o Fusca vermelho ainda vai passar por Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Se conseguir patrocinadores, a viagem vai continuar até o Alasca. Outro sonho do publicitário é que seu carro seja reconhecido pelo Livro dos Recordes como o menor motorhome do mundo.
Enquanto não vem o reconhecimento do Guinness Book, Javier se contenta com a frase pintada no vidro traseiro do carro: "La casa rodante más pequeña del mundo". Apelidado de Don Julio, em homenagem ao avô do viajante peruano, o Fusca 1983 tem cozinha, quarto, banheiro e biblioteca —guardadas as devidas proporções. Uma olhada rápida pelo interior do veículo revela ainda TV, computador, geladeira, fogão, mesa, chuveiro, ventilador, banheira para a bebê — tudo pequeno e improvisado. Há espaço até para um animal de estimação: o peixe Carlos, instalado em um pequeno aquário atrás do câmbio.
Os bancos têm um tipo de encosto móvel que pode deixar o motorista e o passageiro sentados de frente ou de costas para o para-brisa. Na parte de trás do carro fica a TV e os pequenos eletrodomésticos, que podem ser removidos para preparar a comida do lado de fora. No espaço geralmente destinado ao banco de trás, dormem Miria e Shalom. É também ali que se monta a mesa, para jantar ou apoiar o computador. Javier tem uma barraca equilibrada sobre o teto do automóvel, devidamente equipada com uma tela contra mosquitos. Também no teto vão as bandeiras do Peru e do Brasil.
— Ninguém acredita que esse Fusca é uma casa. Mas é. Tem tudo aqui — diz Javier, que afirma ter gasto o equivalente a R$ 15 mil na adaptação do carro. — Não tínhamos muita coisa no Peru, mas vendemos tudo para fazer essa viagem.
Como era de se esperar em uma viagem tão longa feita em um Fusca, houve alguns contratempos. Em Brasileia, no Acre, o primeiro destino brasileiro do casal, o motor de Don Julio pegou fogo. Foi a primeira mostra de solidariedade recebida pelos Regalado, que passaram 15 dias na casa de amigos que conheceram lá. Entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, uma chuva de quatro dias inundou o pobre Fusca, mesmo com as janelas fechadas, e molhou boa parte das roupas da família. Depois disso, o carro ficou duas vezes sem gasolina. E foi só.


O casal conheceu a Amazônia e o Pantanal. O Natal da família foi em Rondonópolis, no Mato Grosso, e o réveillon, em Rio Verde, no Mato Grosso do Sul. Até a bebê parece estar aproveitando a viagem. Enquanto ensaia os primeiros passos sozinha, Shalom não teve nem febre nem dor de barriga, segundo Miria. Já acostumados com o portunhol, eles recebe a ajuda de curiosos, outros viajantes e integrantes de clubes em homenagem ao Fusca por onde passam. Em troca de qualquer contribuição, Javier pede que a pessoa escreva o nome em um livro.
Jornal O globo

— Dirijo 100 quilômetros por dia ou um pouco mais do que isso. Se olho para trás e a bebê está dormindo, sigo mais um pouco. Se vejo que ela está incomodada, procuro um posto para parar e descansar.
Embora não divida o volante com o marido, Miria mostra que comprou o sonho de conhecer o mundo ao lado de Javier:
— Eu nunca tinha viajado. Se chegamos até aqui, vamos ao Alasca. 
Veja encontro com Paolo Guerrero.



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Casal de peruano que viaja pelo mundo, foi entrevistado pela Globo e menciona o nome de Rio Verde na reportagem.

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