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Conheça os vencedores do 3º Prêmio por um Mundo sem Lixo

O Movimento Circular anunciou os vencedores do 3º Prêmio por um Mundo sem Lixo (PMSL) durante a 21ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), programa que fomenta a cultura científica na educação básica e técnica do Brasil. A parceria entre as duas iniciativas chega ao terceiro ano consecutivo, reconhecendo trabalhos inovadores.

Como nas edições anteriores, entre os projetos finalistas da feira, foram selecionados os três melhores trabalhos de iniciação científica alinhados aos preceitos da Economia Circular. Um dado relevante para 2023, inclusive, é o fato de que 35,2% dos mais bem conceituados projetos tratavam sobre temas ligados à circularidade.

Ou seja, dos 250 finalistas da mostra, mais de um em cada três trabalhos tinham propostas voltadas à Economia Circular.

“Isso mostra como o tema já está muito presente na cabeça dos jovens em seus projetos para um futuro mais sustentável. É muito gratificante ver que [o tema] já está presente nas pautas das escolas do Brasil inteiro”, comemorou o coordenador do Movimento Circular, Vinicius Saraceni.

A cerimônia de premiação foi realizada na última sexta-feira (24) no Inova USP, em São Paulo, sendo o primeiro PMSL promovido no formato presencial“Pudemos conversar com os estudantes, os professores e entender os contextos e desafios de cada escola. As propostas que chegam estão cada vez mais incríveis”, relatou Saraceni.

 Banca avaliadora do Movimento Circular na 21ª Febrace

Vamos conhecer os projetos que conquistaram o pódio do 3º PMSL!

Campeões da Economia Circular

1º LUGAR | Sistema de coleta e armazenagem de água da chuva a partir de materiais de baixo custo. Uma alternativa de combate à seca no semiárido nordestino

A grande campeã do 3º Prêmio por um Mundo sem Lixo foi a estudante Vitória Sabrina, da Escola Estadual Monsenhor Raimundo Gurgel, de Mossoró (RN).

Ela desenvolveu uma cisterna de baixo custo para armazenar água da chuva em períodos de estiagem na região do semiárido nordestino.

Observando o desafio das famílias carentes da região para enfrentar a seca, Vitória começou a pensar numa solução sustentável e economicamente viável para não só captar e armazenar, mas também garantir a qualidade da água vinda das escassas precipitações da localidade.

Para isso, reuniu os materiais disponíveis e acessíveis no seu entorno para a construção da cisterna.

Com lona, caixas de leite longa vida, sucatas de antenas parabólicas e um buraco circular cavado no chão, Vitória montou um dispositivo capaz de guardar uma média de cinco litros de água para cada milímetro de chuva. Muito legal, não é? Com a conquista do 1º lugar, o projeto de Vitória ganhou vaga para concorrer ao 1º Prêmio por um Mundo sem Lixo Internacional!

Além da certificação, ela e seu orientador, Antônio Bezerra, foram presenteados, cada um, com um Kindle e receberão mentoria do Movimento Circular para aperfeiçoar o projeto.

2° LUGAR | Produção de luvas a partir do bioplástico feito da matéria-prima do sisal (agave sisalana)

O grupo do Colégio Estadual Nossa Senhora das Graças, de Araci (BA), projetou uma luva biodegradável feita a partir da fibra do sisal, planta abundante no semiárido baiano.

Com a ideia de diminuir a utilização das luvas de borracha nas atividades laboratoriais da escola, eles não só pensaram em diminuir o impacto do descarte desse objeto na natureza, mas também como uma alternativa para pessoas alérgicas ao látex.

De acordo com a equipe, a luva biodegradável se degrada a tempo de poder retornar como fertilizante para o solo.

3º LUGAR | PC Board – Compósito produzido a partir da utilização do mesocarpo dos cocos nucifera e do poliestireno expandido

Observando o problema do descarte inadequado do coco verde e do poliestireno expandido (isopor) nas praias de Acaraú (CE), a equipe da E.E.M. Maria Conceição de Araújo, localizada no distrito de Aranaú, decidiu projetar um compósito a partir desses dois resíduos.

Com a fibra do mesocarpo do coco e uma resina feita num processo químico a partir do isopor, a equipe conseguiu produzir uma placa com aplicabilidade similar ao MDF. O teste de aplicabilidade foi a construção de um móvel.

Menção Honrosa

E quem faturou o certificado de menção honrosa foi uma estudante já conhecida pelo Movimento Circular.

Victórya Leal, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS – Campus Osório), foi a campeã do 2º Prêmio por um Mundo sem Lixo (2022) e na Febrace deste ano apresentou a sequência do seu projeto “Eco-Socius”, dessa vez com um jogo educativo sobre a Economia Circular.

“Ano passado, desenvolvi um modelo matemático que explicava o porquê dos jovens não agirem de maneira sustentável. Foi durante a mentoria que eu percebi que não bastava entender, eu precisava [ajudar a] mudar esses comportamentos. Foi assim que tivemos a ideia de desenvolver o jogo como alternativa para conectar os jovens à Economia Circular”, destacou Victórya.

Sobre o Prêmio

Prêmio por um Mundo sem Lixo é uma iniciativa para reconhecer os trabalhos de iniciação científica finalistas na Febrace (feira filiada ao prêmio) que dialoguem com os preceitos da Economia Circular. Em 2023, a novidade é a criação de uma edição internacional, com os vencedores de cada país parceiro participante. Como uma espécie de grande final, os projetos serão avaliados e o mais inovador, completo e replicável ganha o prêmio internacional.

No Prêmio por um Mundo Sem Lixo são reconhecidos os trabalhos cujas propostas tragam alternativas como a redução de resíduos e do uso de recursos naturaismudanças de comportamento no consumo, o uso de fontes alternativas de energia e a colaboração entre diferentes atores na sociedade na busca pela regeneração do planeta e suas relações, por exemplo.

Os trabalhos também precisam ter relevância para realidade local, originalidade, inovação e viabilidade para a execução.

O que é Economia Circular?

Economia Circular propõe um novo olhar para nossa forma de produzir, consumir e descartar, a fim de otimizarmos os recursos do planeta e gerar cada vez menos resíduos. Ou seja, um modelo alternativo ao da Economia Linear – extrair, produzir, usar e descartar – que tem se provado cada vez mais insustentável ao longo da história.

Na Economia Circular, a meta é manter os materiais por mais tempo em circulação por meio do reaproveitamento, até que nada vire lixo! Para que esse modelo se torne uma realidade, todos nós temos um papel a desempenhar.

É um verdadeiro círculo colaborativo, que alimenta a si mesmo, e ajuda a regenerar o planeta e nossas relações.

Aprenda sobre Economia Circular

Se você tem interesse em conhecer mais sobre esse tema, acesse a Circular Academy, o primeiro curso latino-americano gratuito sobre economia circular voltado ao público geral. Todos nós, em parceria e colaboração, podemos fazer a diferença na construção de um planeta mais circular.

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