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Pilares da sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade, assim como o de desenvolvimento sustentável, envolve três pilares: ambiental, econômico e social

O conceito de sustentabilidade, assim como o de desenvolvimento sustentável, envolve três pilares: ambiental, econômico e social. Ou seja, somente a harmonia desse “tripé” pode garantir a integridade do Planeta, assim como um futuro promissor da humanidade.

Um bom exemplo de como é possível aplicar o contexto na prática é o Projeto Sustent’Arte, do Serviço Social da Industria (Sesi), que oferece uma união de esforços em prol do meio ambiente, a partir da capacitação profissional.

Explica-se: as empresas/indústrias e interessadas em desenvolver projetos de responsabilidade socioambiental podem contar com a consultoria do Sesi que irá analisar o resíduo da empresa e a comunidade para desenvolver um projeto customizado de acordo com suas necessidades.

“A proposta é uma parceria por meio do desenvolvimento de produtos com apelo de design e inovação, produzidos a partir do resíduo gerado pela própria indústria”, Conta Carina Cintra Fernandes, orientadora de responsabilidade social da Unidade Campinas.

De acordo com ela, um dos diferenciais do projeto é trabalhar de modo exclusivo com a realidade dos envolvidos. Por exemplo, a edição mais recente, finalizada ano passado, em Limeira, ocorreu em parceria com a BRK Ambiental. Ali, a proposta foi utilizar o tecido dos uniformes descartados para confecção de produtos artesanais, comercializados em feiras de artesanato da região.

O programa oferece a qualificação profissional, por meio de oficinas que ensinam o desenvolvimento de habilidades técnicas, profissionais e pessoais. Durante as aulas, trabalha-se também o estímulo ao espírito empreendedor, bem como a estruturação de novos negócios sociais (gerando independência econômica).

“A estrutura do Sesi permite fazer um ‘diagnóstico’ com a empresa e entender como ela pode desenvolver ações para ser sustentável e gerar impacto social, dentro das características da sua rotina. Ou seja, cada edição acaba tendo sua própria identidade”, reforça Carina

Em outra edição, também finalizada em 2018, e dessa vez em parceria com a Prefeitura Municipal de Leme (que dispôs de recursos financeiros e espaço físico para as aulas), e a empresa TS TECH (fornecedora dos tecidos utilizados no curso), o resultado foi uma linha de bolsas de viagens  incluindo versão para kits de higiene pessoal  confeccionadas com resíduos de tecidos de bancos de automóveis. Nas aulas, os alunos aprenderam a costura e desenvolvimento pessoal e profissional onde puderam desenvolver novas habilidades.

Empoderamento

Para Carina, entre os principais diferencias do projeto Sustent’Arte estão os conceitos de “empoderamento e geração de renda” trabalhados a partir da preocupação e do cuidado com o meio-ambiente. “A ideia é que os alunos continuem sendo empreendedores utilizando o conhecimento aprendido no curso. Inclusive, caso queiram, podemos ajudá-los na abertura de microempresas”.

Ainda segundo Carina, o Sustent’Arte faz uso do reaproveitamento, o que é diferente de reciclagem (cujo conceito aqui é o de recuperação da parte reutilizável dos dejetos do sistema de produção ou de consumo, como vidro, papelão ou plástico, para reintroduzi-los no ciclo de produção).

“O Sustent’Arte baseia-se no reaproveitamento do resíduo, mantendo a estrutura original, porém transformando-o em uma nova realidade. Nós ensinamos a recriar, a dar uma nova função, com um novo olhar para determinado resíduo e isso é feito a partir de um estudo de mercado e com foco no poder de comércio do mesmo”, explica.

As empresas, indústrias e mesmo prefeituras interessadas no projeto poderão procurar qualquer uma das unidades do Sesi no Estado de São Paulo. O orçamento e a viabilidade serão estruturados a partir desse primeiro contato.

O mesmo vale para informações referentes a carga horária ou quantidade de turmas a serem capacitadas. “Essa flexibilidade também é um diferencial porque permite que o projeto se encaixe de várias maneiras.”, diz Carina.

Mãos à Obra atende no Campo Grande

Além do Sustent’Arte, o Sesi tem outro projeto semelhante que merece destaque. Trata-se do Mãos à Obra, desenvolvido em parceria com a empresa Sanphar, e já na quinta edição. As vagas — quase sempre com lista de espera — são oferecidas pela ONG Casa Maria de Nazaré (conhecida Casa dos Anjos), na região do Campo Grande, em Campinas, em duas modalidades: costura e reforma criativa.

Os cursos são gratuitos para a comunidade, porém patrocinados pela Sanphar, e visam atender a população em situação de vulnerabilidade social, trabalhando a possibilidade de inclusão produtiva por meio da ampliação de conhecimentos, habilidades e talentos.

A diferença entre os dois projetos está no fato de que este, apesar de ter aulas de sustentabilidade e sugestões criativas para reaproveitamento de resíduos (exemplos são barricas descartadas pela empresa que são transformada em puffs), concentra-se na comunidade e na possibilidade de geração de renda.

“Ter uma economia mais equilibrada também é parte do desenvolvimento sustentável, da mesma forma a preocupação com o resgate da autoestima dos alunos, com o aprendizado de algo novo”, conta Carina Cintra.

De acordo com ela, uma pesquisa realizada com ex-alunos apontou uma economia na renda familiar, por exemplo, de R$ 600 por ano, considerando que o serviço deixou de ser contratado e passou a ser executado pelo aluno. Outro dado é o crescimento na renda. Cerca de 70%, conseguiu ganhar até mil reais a mais por mês, com serviços de costura ou de reforma em móveis ensinados no projeto.

“É muito gratificante ver a transformação dos alunos com os cursos. Temos uma aluna que já está costurando e muito feliz por ter feito quatro vestidos de damas de honra para um casamento”, destaca Aparecida do Carmo Oporini, uma das professoras do curso de costura.



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