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Grupo Carrefour e IDH adotam metodologia VSA para a produção sustentável de bezerros no Brasil

Nesta quinta-feira (15), o Grupo Carrefour participa do The Future of Sustainable Trade, evento promovido pela Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH) para comemorar seus 10 anos, onde será lançada uma nova metodologia chamada Verified Sourcing Area (VSA), ou Áreas de Originação Verificada na tradução livre. Trata-se de um novo mecanismo baseado em regiões de originação, que visa acelerar a produção e absorção de commodities sustentáveis pelo mercado mundial, ajudando empresas a adquirir grandes volumes de acordo com seus compromissos de sustentabilidade, com escala e preço competitivos. No Brasil, de forma pioneira, o Grupo Carrefour e a IDH vão implantar a primeira fase piloto da VSA na ‘Produção Sustentável de Bezerros’, programa lançado no Mato Grosso.

Desde julho, parceria da IDH com a Fundação Carrefour, instituição internacional responsável pelo investimento social do Grupo Carrefour, fomenta a criação sustentável de bezerros em mais de 450 propriedades das regiões mato-grossenses do Vale do Juruena e do Vale do Araguaia. Participam ainda da ‘Produção Sustentável de Bezerros’ a NatCap, a Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) e a Fazenda São Marcelo, responsáveis pela implementação do programa, que apoia pequenos pecuaristas para uma cadeia de produção mais forte e justa, construindo um modelo socioeconômico viável. Até 2020, serão investidos mais de 3,5 milhões de euros pelos parceiros.

Situadas respectivamente no noroeste e leste do estado, as regiões do Vale do Juruena e do Araguaia abastecem boa parte da cadeia produtiva da carne bovina no país, respondendo por mais de 40% da produção de bezerros do estado do Mato Grosso. Ao todo, as propriedades que devem se beneficiar do projeto socioambiental somam mais de 156 mil hectares. A nova metodologia VSA vai oferecer soluções para a criação sustentável de bezerros no estado, incluindo o maior número possível de produtores dessas regiões. O método está estruturado a partir de três pilares: metas e critérios claros para garantir a melhoria da produção sustentável; cadeias produtivas rastreáveis e transparentes; e compradores comprometidos com todos os objetivos implantados.

“Trabalhamos para intensificar a produção das fazendas ao mesmo tempo em que os recursos florestais são preservados. Esta é uma metodologia de desenvolvimento inovadora, um novo mecanismo de mercado que aborda a sustentabilidade ambiental, social e econômica de maneira integrada”, destaca Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade do Carrefour Brasil. “A inclusão socioeconômica destes pequenos produtores proporciona ainda uma estrutura completa para o seu desenvolvimento, com conhecimento técnico, acesso a financiamento, remuneração justa e legalidade”, completa.

Os Vales do Juruena e Araguaia, situados em dois dos mais importantes biomas brasileiros, Amazônia e Cerrado, respectivamente, possuem mais de 80% da vegetação nativa preservada. Nesse sentido, a iniciativa tem um papel relevante no aumento da produção ao mesmo tempo em que não só mantém os atuais níveis de conservação, mas busca melhorá-los com mecanismos de restauração e de compensação ambiental. A maioria dos produtores é formada por pequenos criadores beneficiados por programas de assentamento dos Governos Federal e Estadual. Apesar de receberem um lote de terra, precisam de suporte na produção, como linhas de financiamento adequadas, assistência técnica para melhoramento genético e do pasto e apoio para legalização fundiária e ambiental.

“O mecanismo VSA promove um acordo entre os agentes privados, públicos e a sociedade civil, priorizando temas, metas e responsabilidades de sustentabilidade para aproveitar ao máximo os pontos fortes de cada um dos parceiros envolvidos”, diz Daniela Mariuzzo, diretora executiva da IDH no Brasil. “Essa metodologia propõe soluções para os desafios da sustentabilidade, garantindo transparência, governança e engajamento para impactar positivamente as regiões que apresentam problemas ambientais, sociais e econômicos, transformando-as em uma fonte de risco decrescente de fornecimento”, completa.

A partir da adoção do modelo VSA, qualquer comprador, varejista ou terceiro poderá facilmente avaliar o status de uma região produtora e o progresso das principais metas de sustentabilidade. Dessa forma, os compradores finais comprometidos podem ter mais clareza dos fornecedores e produtos que compõem sua cadeia de abastecimento, melhorando a sustentabilidade com suporte direto para a região produtora.

A iniciativa Produção Sustentável de Bezerros está alinhada ao plano de transformação global, o Carrefour 2022, anunciado pelo Grupo Carrefour no início do ano. A companhia lidera o movimento de transformação digital e transição alimentar para estimular hábitos de alimentação mais saudáveis por meio de serviços omnicanais. “Esse projeto marca mais uma importante etapa do compromisso global da companhia para que suas cadeias de fornecimento sejam cada vez mais sustentáveis”, ressalta Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil.

Produção Sustentável de Bezerros

O programa tem como objetivo a entrega de resultados à estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada pelo estado de Mato Grosso na Convenção do Clima realizada em Paris, em 2015. A iniciativa de longo prazo estabeleceu metas para 2030 e é voltada ao aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal no estado, além da conservação da vegetação nativa, recomposição dos passivos ambientais.O projeto auxilia ainda a inclusão socioeconômica da agricultura familiar e contribui para as metas brasileiras declaradas pela ONU sob o Acordo de Paris, que enfatizam a restauração de pastos degradados, a redução do desmatamento e o incentivo à agricultura de baixo carbono.

A partir da assistência técnica, acesso ao crédito, conformidade ambiental e conservação florestal, o programa possibilita o aumento da renda dos agricultores. Na região dos Vales do Juruena e Araguaia, aproximadamente 91% dos criadores podem ser considerados extremamente carentes de tecnologia, com baixos índices de evolução da produção e da rentabilidade. Fatores como baixa capacidade técnica para o manejo de rebanhos e pastagens, pouco acesso à genética de alta produtividade, falta de linhas de crédito compatíveis e falta de conhecimento administrativo podem levar os produtores a um ciclo de perdas, novos desmatamentos e até abandono da atividade.



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