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Gameplays na internet: o guia para começar gastando pouco

Quem nunca sonhou em ser famoso ou, simplesmente, reconhecido pelo grande público por meio do próprio trabalho? Em um passado não muito longínquo, a TV ou o cinema eram os principais vetores disso, mas ultimamente, e principalmente para os mais jovens, a tela grande acabou sendo substituída pelos displays dos celulares, com os serviços de vídeo sendo a maior ferramenta para notoriedade.

É um mercado de portas abertas. Literalmente qualquer um, com poucos cliques, pode iniciar seu canal. E dentro desse segmento, o mundo dos jogos se torna um dos mais atrativos para muita gente. Afinal de contas, se já se é um gamer, por que não unir o útil ao agradável e transformar isso em um passaporte para a fama e o dinheiro?

Mas o que é preciso para começar? A resposta mais simples é ver o que os grandes nomes estão fazendo e seguir a mesma cartilha. Entretanto, isso também pode gerar bastante frustração quando se percebe que os maiores, normalmente, estão equipados com computadores ultrapotentes e equipamentos de categoria profissional, muitos deles adquiridos com os fundos vindos do próprio canal, cujo faturamento para um iniciante é zero.


Começar a fazer gameplays gravados ou ao vivo é mais fácil do que parece

Olhando assim, a barreira pode parecer intransponível, principalmente para quem não tem muito dinheiro. Mas, saiba você, que é possível começar um canal com recursos que você pode já ter na sua casa, sem saber, ou gastar muito pouco para dar um pouco mais de sofisticação à sua produção.

Neste guia, o Canaltech indica algumas alternativas baratas para quem está começando e as melhores maneiras de seguir. As dicas estão divididas em três categorias, de acordo com o que é necessário para determinadas atividades e também com a vontade de cada um de comprar – ou não – alguns equipamentos. Além disso, consideramos que você já possui um console ou PC gamer, que são, obviamente, os elementos centrais para uma produção desse tipo.

Nível básico

  • Custo: virtualmente zero ou até R$ 50 para compra de um headset para PC;
  • Formato: somente ao vivo, diretamente do console; ao vivo ou gravado, diretamente do PC.

Caso você já tenha um PlayStation 4, Xbox One ou um PC gamer em casa, saiba que também já possui os elementos básicos para começar – não apenas pelo fato de os equipamentos rodarem jogos, mas também por trazerem as capacidades para que sua jogatina seja colocada na internet. Os resultados, aqui, podem ser suficientes, mas também serão bem básicos.


Tanto o Xbox One quanto o PS4 podem transmitir ao vivo diretamente para a internet

Em sua atual geração de consoles, tanto a Sony quanto a Microsoft incluíram recursos que permitem a transmissão ao Vivo de gameplays diretamente dos consoles. Basta alguns pressionamentos de botões no PlayStation 4 e Xbox One – além de uma etapa de configuração, caso seja a sua primeira vez fazendo isso – para iniciar uma live no YouTube ou Twitch. As duas plataformas também acompanham headsets simples, que fazem o trabalho de captação dos seus comentários.

É claro, existem alguns revezes aqui. Ambas as plataformas trabalham com compressão, o que acaba reduzindo a resolução da transmissão gerada mesmo que o usuário escolha qualidades mais altas. Por outro lado, isso é bom para aqueles que possuem conexões mais modestas em casa. A qualidade do microfone que acompanha os aparelhos não é das melhores, também.

Entretanto, o trabalho diretamente dos consoles não é o mais indicado para a realização de gameplays gravados. Os aparelhos até são capazes de armazenar a jogatina, mas fazem isso em trechos de 15 minutos por vez, que mais tarde, precisariam ser editados, juntamente com os comentários, em um software no computador. Nesse caso, prefira fazer tudo ao vivo, uma vez que, no caso do YouTube, a transmissão permanece disponível no canal após o fim da live, para posteridade.

No PC, sistemas integrados às principais placas de vídeo do mercado também tornam essa tarefa simples. Recursos como o ShadowPlay, da NVIDIA, ou ReLive, da AMD, fazem com que a gravação de gameplays ou transmissões ao vivo, já com comentários, se tornem acessíveis por meio de alguns cliques ou atalhos do teclado.

O impacto também pode ser mínimo. A AMD, por exemplo, promete que seu sistema reduz em, no máximo, 10% o nível de detalhes de um jogo, bem como a taxa de frames por segundo, durante as atividades de gravação ou transmissão ao vivo. E isso acontece somente nos PCs mais modestos, já que nas máquinas mais avançadas, a ideia é que a diferença seja praticamente imperceptível.

Aqui, entretanto, entramos na questão do microfone. Quem possui um notebook capaz de rodar jogos está coberto, pois dispositivos desse tipo já acompanham esse tipo de equipamento, mesmo que o áudio resultante não seja da melhor qualidade. Já usuários de desktop podem recorrer aos headsets, cujas versões mais simples podem custar de R$ 30 a R$ 50. É claro, eles também não vão proporcionar gravações maravilhosas, mas cumprirão a tarefa de forma básica.

Nível intermediário

  • Custo: a partir de R$ 150;
  • Formato: Com facecam,

Se você deseja associar sua imagem ao canal, um pouco de investimento para a compra de uma câmera será necessário. Aqui, ignoraremos as webcams embutidas nos notebooks, sejam elas gamers ou não, pelo simples fato de que tais equipamentos apresentam qualidade extremamente baixa. Com pouco mais de uma centena de reais, é possível adquirir um dispositivo dedicado e muito bom para exibir seu rosto durante as lives ou vídeos gravados.


Câmeras HD com microfone integrado são boas opções para iniciantes

Aqui, praticamente todos os especialistas e criadores de conteúdo concordam – a linha de entrada da Logitech é a melhor opção para quem está começando. Mais especificamente, duas câmeras: a C270 (direita), capaz de transmitir em até 720p, com preço médio de R$ 150, ou a C920 (esquerda), versão melhorada da anterior, com captação em até 1080p e valor na faixa dos R$ 350. Ambas possuem microfone integrado e de boa qualidade.

Quanto ao formato, existem dois caminhos possíveis a seguir daqui. Quem joga no PC pode continuar realizando as transmissões ao vivo e também as gravações pelos softwares fornecidos pela NVIDIA e AMD, que também possuem funções que integram câmeras para transmissão do rosto dos jogadores. Como no streaming direto, aqui as configurações são simples e rudimentares.

Quem quiser um pouco mais de sofisticação, como a transição entre telas, pode também optar pelo Open Broadcast Software. Como o nome indica, trata-se de um programa gratuito para a realização de transmissões ao vivo, que dá conta muito bem do recado, apesar de não ter uma configuração das mais simples e intuitivas.

Aqueles que desejarem realizar jogatinas gravadas a partir de um console terão um pouco mais de trabalho, considerando a limitação de até 15 minutos de captura disponíveis nas plataformas. É possível, entretanto, retirar os trechos em um pendrive e uni-los ao áudio e imagem da câmera por meio de um software de edição.

Quem não tem intimidade com tais ferramentas pode usar o app Filmes & TV, do próprio Windows 10, que traz ferramentas básicas para esse fim. Aqueles que desejarem criar clipes mais avançados, entretanto, contam com uma grande variedade de opções de código aberto, com o Jahshaka sendo citado como uma das mais completas – e complexas. Existem, ainda, opções mobile, nos sistemas operacionais Android e iOS.

Nível avançado

  • Custo: de R$ 800 a R$ 2.000 (incluindo assinaturas);
  • Formato: transmissão ao vivo e gameplays gravados via PC, com imagens geradas pelo console ou não.

Agora, já estamos falando de um investimento maior, mas que, também, vai gerar a maior qualidade possível, levando em conta um custo relativamente baixo. Mais uma vez, aqui valem as dicas relacionadas às câmeras C270 ou C920, da Logitech, e também os softwares gratuitos para edição de vídeos gravados.

Entretanto, também entramos em um formato que permite a transmissão ao vivo de jogos para console, um quesito em que não tem para onde fugir: você precisa de uma placa de captura, na qual o cabo HDMI do console é conectado para que a imagem seja transferida para o PC.

Quem tem desktop sai na vantagem aqui, pois modelos internos são mais baratos. Uma das mais indicadas pelos criadores é a AverMedia Live Gamer HD Lite, que custa, em média, R$ 600. Ligada diretamente à placa mãe, ela não gera atrasos na transmissão, o que permite ao criador jogar diretamente na tela de transmissão durante transmissões ao vivo, sem a necessidade de dividir o sinal.

Para os usuários de notebook, a coisa fica um pouco mais complicada. Existem opções de placas mais baratas, como a AverMedia Live Gamer GL310 Portable, que custa em média R$ 900 e permite, inclusive, a captura independente, sem um PC conectado. Entretanto, elas não servem para transmissões ao vivo, pois possuem atrasos na transmissão de imagem por meio do USB.


Placa ExtremeCap U3 é boa solução para lives e gravações no desktop e notebook

Sendo assim, a alternativa mais indicada acaba sendo a ExtremeCap U3, também da AverMedia, que é voltada para a realização tanto de gameplays gravados quanto ao vivo. Ela é mais cara, saindo por, em média, R$ 1.400. Aqui, entretanto, estamos falando de uma melhor relação custo-benefício – de nada adianta adquirir um dispositivo caro, mas limitado, exigindo um investimento ainda maior depois. É melhor ir direto para as cabeças e comprar, de uma vez, a solução que vai servir para todos os propósitos.

E já que estamos falando de investimentos altos, dá também para melhorar significativamente a qualidade do áudio com um microfone dedicado. O modelo Arcano VT35, por exemplo, está na faixa dos R$ 220 e, além de uma boa qualidade de áudio, ainda possui um visual retrô que chamará bastante a atenção nos vídeos. Una-o a um braço articulado (em média R$ 70 nos modelos mais básicos) para aproximar o dispositivo da boca e garanta um áudio límpido para seus espectadores. Temos outras dicas, também, em um vídeo publicado no nosso canal do YouTube:

Por fim, vale a pena, ainda, facilitar o andamento das transmissões com o Xsplit Broadcaster. O software funciona mais ou menos como um switcher de televisão, permitindo a transição de cenas configuradas previamente. Além disso, ele facilita a multitransmissão, permitindo que o usuário, por exemplo, grave o gameplay e realiza o streaming no Twitch e YouTube, tudo ao mesmo tempo.

São recursos, claro, que o OBS também possui, mas que, aqui, aparecem em uma interface maios intuitiva e simples – mas também mais pesada. O Xsplit, entretanto, é pago, custando R$ 19,99 por mês. Planos maiores permitem até mesmo a compra de uma licença única (e eterna) por US$ 199, aproximadamente R$ 650. A versão gratuita pode ser usada, mas possui diversas limitações e, principalmente, comprime absurdamente o áudio.

Mas preciso mesmo de tudo isso?


Com uma superestrutura ou poucos recursos, o que importa, no fim das contas, é a diversão do espectador e do público

A ideia de dividir as dicas em categorias veio, justamente da noção de que quase nunca é preciso investir em absolutamente tudo de uma só vez. O ideal, mesmo, é começar a fazer, adquirindo os equipamentos necessários na medida em que as necessidades forem surgindo.

Acima de tudo, é importante lembrar que não é preciso um “PC da NASA” ou uma interface de áudio profissional para a realização de gameplays. É claro, a qualidade não será a mesma, mas o que importa de verdade nesse tipo de produção é a personalidade de quem está diante do microfone e na frente das câmeras.

A qualidade não cria um youtuber de sucesso, e é possível “chegar lá” mesmo com poucos recursos. Vá com calma, dê um passo de cada vez e boa jogatina!

Canaltech



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