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Conheça Margaret Atwood, escritora de obras que inspiraram séries de sucesso

2017 tem sido um bom ano para quem gosta de acompanhar séries. Entre lançamentos e estreias de novas temporadas, o fã das maratonas teve títulos como Big Little Lies, Master of None 2, Fargo 3, Law & Order: True Crime, Twin Peaks e Stranger Things 2.

Duas das séries mais comentadas do ano tiveram inspiração em livros escritos pela mesma autora: The Handmaid’s Tale e Alias Grace foram baseadas na obra da canadense Margaret Atwood.

A escritora de recém-completados 78 anos, em 18 de novembro, se tornou uma espécie de queridinha da indústria de entretenimento. Apesar de os temas de seus livros não serem populares e sua prosa se encaixar na categoria comumente chamada de alta literatura, Sua Obra encontrou um momento propício para ser discutida. Era o movimento que precisava para ela alcançar o sucesso mais amplo.


A escritora Margaret Atwood / Foto: Jean Malek

The Handmaid’s Tale é uma série inspirada no seu livro O Conto da Aia (editora Rocco, a R$ 26,70 na Saraiva) e que foi exibida pela plataforma Hulu — semelhante ao Netflix, mas que não está disponível no Brasil.

Atwood escreveu os dez episódios, que contam a história de um país que vive sob o regime totalitário de uma religião e proíbe as mulheres de andarem livremente. Elas só servem para procriação.

O livro é de 1985, mas ganhou relevância com a onda conservadora que se espalhou no mundo, principalmente nos Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump, e em alguns países da Europa, que viram uma tentativa de grupos extremistas de chegaram ao poder.

Vulgo Grace (editora Rocco, R$ 29,90 na Amazon) gerou a série Alias Grace, que tem seus seis episódios disponíveis na Netflix. Atwood também foi responsável pelo roteiro, ao lado da diretora Sarah Polley.

Inspirado numa história real, o livro conta a vida de Grace Marks, acusada de ser cúmplice da morte de seu patrão e da amante dele, também sua patroa, no Canadá de meados do século 19.

Atwood retrabalhou a história de Grace, com elementos que fazem par com Handmaid’s Tale, como discriminação de gênero, repressão à mulher e violência sexual.


Cena de Alias Grace, série disponível na Netflix e inspirada na obra de Margaret Atwood

Ficção científica social

Margaret Atwood é contista, romancista, poeta e escritora de livros infantis, além de ensaísta. Sua obra passeia por gêneros como ficção científica social (termo criado pela autora para falar de O Conto da Aia) e dramas.

Suas personagens não raro enfrentam situações de opressão e buscam superar esses obstáculos, nem sempre com facilidade. Os romances A Vida Antes do homem e Madame Oráculo são bons exemplos dessa temática.

A memória é outra característica de sua obra, como na coleção de contos Dicas da Imensidão.

Em todos os seus livros, a mulher encontra seu protagonismo, até mesmo quando o narrador é uma voz masculina, como acontece em Dançarinas, em que homens contam histórias sobre dores, solidão e perseverança vividas pelas mulheres.

Símbolo do feminismo

Autora de 16 romances e dez coletâneas de contos, Atwood se tornou um símbolo do feminismo atual, ainda que ela coloque alguma resistência. Para ela, uma escritora feminista só pode receber esse rótulo se sua obra for pensada de forma consciente a trabalhar esse tema.

Atwood defende que as mulheres não podem ser consideradas inferiores aos homens, mas não devem ser julgadas caso queiram ser donas-de-casa.

Ela é muito ativa no Twitter, rede em que conta com mais de 1,8 milhão de seguidores. Por lá, ela escreve sobre meio ambiente, causas femininas e costuma atacar Donald Trump.

Sobre suas inspirações para escrever, a autora disse, em entrevista dada à atriz Emma Watson, fã declarada de O Conto da Aia, que ela estabelece alguma regras: “Uma delas é que eu não uso nada que não tenha acontecido em algum momento ou em algum lugar. Todos os detalhes têm precedentes na vida real”.


Margaret Atwood escreve O Conto da Aia, em 1984, enquanto morava em Berlim

A escritora já venceu o Booker Prize, a mais alta honraria do livro do Reino Unido, por O Assassino Cego, em 2000. Suas obras foram traduzidas para mais de 30 idiomas e seu nome é constantemente lembrado para receber o Prêmio Nobel de Literatura.

Nas casas de apostas, ela aparece em terceiro lugar na cotação para 2018, atrás do queniano Ngugi Wa Thiongo’o e do japonês Haruki Murakami.

A força de sua literatura, lançada a um patamar mais alto com o sucesso das séries de TV, talvez a leve a receber a mais alta condecoração que um escritor possa ter.

Canaltech



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