NOVA YORK — A firma responsável por colocar a estátua da “Menina Destemina” de frente para o célebre touro de Wall Street fechou um acordo milionário após ser acusada pelo Departamento do Trabalho americano de Pagar Menos a mulheres pelo mesmo trabalho exercido por homens. Segundo a “BBC”, a State Street Global Advisors (SSGA) vai desembolsar US$ 5 milhões (R$ 15,6 milhões) para corrigir a disparidade salarial.
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A estátua da “Menina Destemida”, que marcou o Dia Internacional da Mulher e propagou o ideal de igualdade entre os gêneros, trouxe também a pauta da equiparação de salários das mulheres — o que a própria companhia descumpriu, de acordo com auditoria das contas de 2012. A firma nega a acusação e destacou que queria por um ponto final no impasse.
A quantia milionária será revertida a 300 funcionárias que receberam Menos que colegas homens, de acordo com o Departamento do Trabalho. O acordo ainda cobre as alegações de que a empresa concedia menores salários a 15 empregados negros em relação aos brancos de cargo semelhante.
A State Street, em comunicado, declarou que é “comprometida com a prática de pagamento igualitário” e que possui um processo interno voltado a assegurar que as compensações, as contratações e a promoções não são discriminatórias.
A estátua da “Menina Destemida” chegou a Wall Street, polo financeiro mundial, no começo do ano e logo se tornou símbolo do direito das mulheres. O criador da figura do touro, ícone das finanças, apontou na época que a nova instalação desvirtuava a sua escultura e violava seus direitos autorais. Mas a prefeitura de Nova York garantiu a permanência da menina até, pelo menos, 2018.
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