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BRASÍLIA – O governo do presidente Michel Temer revogará nesta segunda-feira o decreto que permitiu a empresas a exploração na Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), situada entre o Pará e o Amapá.
A área de 47 mil quilômetros quadrados, do tamanho do Espirito Santo, abriga nove unidades de conservação ambiental e indígena e a liberação para a mineração na área gerou protestos de artistas e ambientalistas.
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A avaliação no Palácio do Planalto é que houve uma “incompreensão geral” sobre o tema e que é melhor evitar o desgaste no momento em que Temer será julgado pela Câmara dos Deputados, atingido por uma segunda denúncia, por obstrução de justiça e organização criminosa, autorizada pelo ex-procurador-geral, Rodrigo Janot.
GRUPO DE TRABALHO INTERMINISTERIAL
O anúncio deve ser feito pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho. O plano do governo é aprofundar os estudos de impacto ambiental na região junto com a pasta. Segundo fontes do Planalto, o governo deve criar um grupo de trabalho interministerial para discutir a Renca. Até a Polícia Federal deve integrar o grupo, em esforços para efetivar estudos e até atuar na fiscalização in loco da região, que hoje já sofre com garimpo.
O decreto foi editado no fim de agosto, mas teve seus efeitos suspensos e deve ser definitivamente revogado pelo presidente devido à reação negativa da sociedade.
OGlobo