SÃO PAULO – A Triunfo Participações e um grupo de cerca de 20 bancos acertaram os termos de uma reestruturação de dívidas de R$ 2,1 bilhões, o que dará ao grupo de infraestrutura tempo para finalizar projetos e reduzir seu porte gradualmente. A companhia é uma das sócias do Consórcio Aeroportos Brasil, que administra o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
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“Os credores ficam sempre satisfeitos com o interesse da companhia em discutir como honrar suas dívidas, facilitando um acordo que será benéfico para todas as partes envolvidas”, disse um executivo de um dos credores da Triunfo.
A Triunfo ampliou agressivamente a dívida no início da década para financiar expansão em concessões de rodovias, em eletricidade e aeroportos. Mas a recessão perdeu lucratividade. E cerca de R$ 1 bilhão em dívidas vencem no fim de 2018.
A Triunfo tinha cerca de R$ 3,5 bilhões em dívida até março.
Apesar do acordo para a recuperação extrajudicial não impor vendas de ativos da Triunfo, o processo deve acelerar a reformulação da companhia que cresceu muito rápido, disse o mesmo executivo. Cerca de 82% dos credores da Triunfo aderiram ao plano de recuperação extrajudicial, disse Bucione.
O BNDES, também acionista da Triunfo, não participou do processo.
Sob o acordo, os credores terão duas opções: receber o total das dívidas em oito anos ou assumir um desconto na dívida e receber até R$ 110 milhões assim que a Triunfo validar a reestruturação, disse Bucione.
Os termos do acordo são similares aos publicados pela Reuters em 19 de junho, quando a Triunfo acertou a venda de 50% no Terminal Portuário de Navegantes por cerca de R$ 1,3 bilhão.
Porta-vozes da Triunfo não comentaram o assunto de imediato.
OGlobo