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Oficina discute formação de parcerias institucionais

Objetivo é qualificar Gestores de UCs da Amazônia na articulação de apoios locais que contribuam para ações do dia a dia, como trilhas, recepção de visitantes e monitoramento da biodiversidade

Ramilla Rodrigues
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Brasília (22/06/2017) – Grandes distâncias, isolamento, pressões do agronegócio, desmatamento. Os desafios para gestão de unidades de conservação (UCs) na Amazônia são grandes. Além disso, há ainda a necessidade de manter bom relacionamento com a comunidade, o que exige muita diplomacia.

Pensando nesses desafios, gestores de 14 UCs e dois núcleos de gestão integrada (NGI) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participam até esta sexta-feira (23), em Brasília, da Oficina de Consolidação das Estratégias para Estabelecimento de Parcerias com Instituições Locais.

A oficina é parte do Projeto Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação Federais Brasileiras, parceria entre o ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e a Fundação Moore desde 2013.

O objetivo é alavancar o fortalecimento das parcerias entre unidades de conservação e instituições locais que possam apoiar as UCs com ações operacionais, como trilhas, recepção de visitantes e auxílio no monitoramento da biodiversidade.

Contratações

Os gestores serão capacitados para identificar instituições parceiras em nível local, como associações comunitárias e universitárias, para apoiar as atividades-meio. O IPÊ será o responsável por contratar as instituições, que, por sua vez, oferecerão os profissionais. O ICMBio fica responsável por apontar os perfis profissionais necessários e por definir as responsabilidades e competências.

“Buscamos resultados em três blocos como os resultados diretos para as UCs, ações de fortalecimento das unidades com as populações locais e dos processos estratégicos do ICMBio”, esclarece a coordenadora de projetos do IPÊ, Fabiana Prado.

Durante a oficina, os gestores estão tendo discutindo temas como liderança de alta performance, gestão de equipe e elaboração de plano de trabalho, que serão implantados na unidade com o objetivo de capacitar os gestores.

“O trabalho é uma construção coletiva, então nós esperamos que os gestores também tragam contribuições para que possamos organizar a operacionalização desse projeto na unidade”, explica Prado.

Juruena, pressões do agronegócio

A região Amazônica é conhecida por ser foco de diversas pressões ambientais. O Parque Nacional do Juruena, entre Mato Grosso e Amazonas, por exemplo, fica na fronteira agrícola mato-grossense e é alvo de crescente impacto causado pelo desmatamento.

“Também somos uma UC isolada de outras unidades administrativas com uma equipe reduzida”, explica a gestora do parque, Lourdes Iarema. “Por esse motivo, nossas ações operacionais carecem de apoio”, completa.

Por meio da construção de parcerias, Iarema espera que a unidade receba auxílio em várias ações desenvolvidas pelo parque centradas no monitoramento da biodiversidade, principal ferramenta para elaborar as medidas de gestão na unidade.

A gestora diz estar otimista com os resultados que o projeto pode alcançar. “Desde a criação da unidade há conflitos por se tratar de área estratégica. Trazendo a comunidade, esperamos que a participação social na gestão e sensibilização da necessidade de conservação do parque”, afirma.

Em Itaituba, participação popular

Na região de Itaituba, no Pará, o ICMBio implantou a Unidade Especial Avançada (UNA), uma decisão inovadora que congrega as várias unidades da região administradas por macroprocessos de trabalho.

Para o analista ambiental Aderson Avelar, da área de Proteção, além das pressões antrópicas (do homem), lidar com a comunidade local é um desafio. “Uma das ameaças que as unidades enfrentam é a ocupação. O modelo na Amazônia é muito voltado para o desenvolvimento agrícola então é difícil implementar até conselhos consultivos com a comunidade”.

Avelar conta que a região é permeada por conflitos de terra, exploração de madeira e minérios e ocupação irregular. Nesse aspecto, a fiscalização por parte do ICMBio precisa ser “muito incisiva”.

Apesar das resistências, os gestores tiveram uma boa resposta depois da chamada por profissionais para compor a brigada de incêndio para atender a Serra do Cachimbo. Eles devem começar os trabalhos no próximo dia 3.

O sucesso da iniciativa estimulou os gestores a ingressar no projeto. A unidade espera contar com colaboradores para auxiliar na base da Serra do Cachimbo, em matéria administrativa e apoio logístico. “Também almejamos que nossa iniciativa mostre a outros órgãos que podemos contar com o apoio da comunidade”, conta Avelar

Pertencimento

Para a gestora Jackeline Spínola, da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará, a possibilidade do modelo de contratação com a comunidade vai estimular o sentimento de pertencimento e, consequentemente, fazer com que as pessoas se sintam parceiras do ICMBIO na conservação da biodiversidade.

A Resex Tapajós-Arapiuns possui aproximadamente 3,5 mil famílias vivendo no interior ou no entorno. A economia é baseada em agricultura de subsistência e na extração de produtos diversos, como castanha, óleos vegetais, sementes e frutos.

“O projeto vai possibilitar alternativa de geração de renda com qualidade a essa população”, diz Spínola. “O ICMbio é um vetor para o fortalecimento para que a economia local se desenvolva de forma sustentável”.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Notícias



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