RIO – O dólar comercial opera em alta pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, avançando 0,24% frente ao real, cotado a R$ 3,320. O comportamento do câmbio local é oposto ao do dólar em escala global, com o cenário político sendo preponderante. Embora, ontem à noite, o PSDB tenha decidido se manter na base do governo, os investidores seguem avaliando que Temer não terá força política para aprovar as reformas desejadas pelo setor financeiro.
Na B3 (antiga Bovespa), o índice de referência Ibovespa oscila, e agora recua 0,03%, aos 61.680 pontos, após três pregões de queda consecutivos.
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— Mesmo com notícias positivas como da balança comercial e do varejo, o problema todo é a instabilidade política. Não há investidor que resista à indecisão que estamos vivendo. O cenário é nebuloso, e a crise política está precificando os ativos brasileiros da pior forma possível. O Brasil está sem credibilidade política. O corporativismo do Congresso impede que os políticos assumam para si a responsabilidade de promover as reformas — disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio Treviso Corretora. — O mercado está sem rumo e sem chão, à espera de alguma sinalização para poder andar para frente.
A JBS, no olho do furação, recua 1,14%. A Petrobras tem alta de 0,50% (ON, a R$ 13,85) e 0,07% (PN, a R$ 12,91). A Vale recua 1,93% (ON) e 1,78% (PNA).
Entre os bancos, o desempenho é misto. O Banco do Brasil sobe 0,25%, enquanto o Bradesco recua 0,26%. O Itaú sobe 0,70%.
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Se antecipe
Especialistas em finanças pessoais aconselham começar a planejar e pagar a viagem de férias com pelo menos seis meses de antecedência. O ideal, segundo eles, é estar não apenas com hospedagem e passagens já pagas, mas ter guardado, antes de começar a folga, o dinheiro a ser utilizado nos gastos diários, como alimentação e transporte.
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Passagens e hospedagem
Simule preço de passagens em diferentes dias da semana, já que há uma variação de valores de acordo com a procura. O mesmo vale na hora de definir a hospedagem
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Compre a moeda oficial do país de destino
Muitas pessoas se confundem ou pensam que o dólar é aceito em qualquer lugar, Alexandre Fialho, diretor da casa de câmbio Cotação, diz que é importante se informar sobre qual é a moeda oficial do país para o visitante não precisar trocar dinheiro de novo e ficar sujeito a novas taxas, como é o caso do Japão, com o iene.
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Pesquise o custo-benefício das casas de câmbio
Fialho alerta para as diferentes taxas praticadas entre uma casa e outra e diz que vale a pena pesquisar. “Às vezes uma casa de câmbio tem cotação melhor, mas fica muito longe de onde você está ou não te dá a possibilidade de receber o dinheiro em casa.”
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Compre o dinheiro aos poucos
Fialho aconselha quem está com viagem marcada a não Comprar a moeda de uma vez só. “Se vai embarcar daqui a um mês é melhor comprar um pouco a cada semana, assim, é possível fazer um preço médio. É difícil saber qual o melhor dia para comprar e se fizer tudo de uma vez, pode acabar escolhendo o pior.”
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Evite usar cartão de crédito no exterior
O especialista alerta que a fatura do cartão de crédito usado no exterior terá como base o valor da cotação do dólar no dia de seu vencimento e não a do dia em que o cartão foi usado. Por isso, é melhor evitar surpresas e sair com o dinheiro no cartão pré-pago ou em espécie.
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Dinheiro ou cartão de débito
Na compra do dólar em espécie paga-se alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,1%, enquanto no cartão de débito e de crédito a taxa é de 6,38%. Ao comprar dinheiro e carregar o cartão de débito, a pessoa garante a cotação e sabe quanto vai gastar. No crédito, o valor do dólar pago varia com o mercado.
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Vantagens e desvantagens
Dinheiro paga menos imposto e é de fácil acesso, mas não há como recuperar no caso de perda. No cartão de débito, a cotação do dólar é garantida na hora da compra e o cartão pode ser cancelado no caso de perda ou roubo, mas o imposto é mais alto. O cartão de crédito é a segurança de mais recursos numa necessidade, mas a cotação pode disparar.
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Quem converte não se diverte?
A tentação de usar o cartão de crédito para produtos que são muito mais baratos do que no Brasil pode comprometer a saúde financeira pós-férias. Adotar o mantra “quem converte não se diverte” pode resultar em uma fatura de cartão de crédito impagável na volta da viagem.
Os investidores também operam de olho em uma decisão importante que será tomada na quarta-feira, quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) divulgará as novas taxas de juros do país. A expectativa dos investidores é que o órgão eleve os juros, reagindo ao mercado de trabalho aquecido. Espera-se também que o Fed dê mais detalhes sobre seus planos de encolher a carteira de títulos públicos que acumulou nos últimos anos, durante o esforço para recuperar a economia do país.
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Foto: Pixabay
Compre de forma fragmentada
Adquirir todos os dólares necessários de uma só vez pode acabar sendo um bom negócio, mas também é muito arriscado. É possível que, quando os preços caiam ainda mais, o cliente não tenha reservas sobrando.
Na agenda doméstica, o comportamento negativo do mercado se dá apesar da boa notícia vinda do varejo. As vendas do comércio avançaram 1% em abril, frente a março, após dois meses de queda na comparação com o mês anterior. É o melhor resultado para o mês desde 2008. Frente a abril de 2016, houve uma alta de 1,9%. É a primeira taxa positiva na comparação anual após 24 meses seguidos de perdas.
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