BRASÍLIA – O governo entrou em campo para derrubar as últimas resistências e convencer os deputados da base aliada a aprovar o texto final da Reforma da Previdência na comissão especial nesta quarta-feira. Líderes partidários e ministros foram escalados para fazer um corpo-a-corpo com todos os parlamentares que integram o colegiado, assim que eles retornaram à Brasília. No fim da tarde, interlocutores do Planalto já dão como certa aprovação da matéria da comissão.
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— Os 22 votos (quórum para aprovar a matéria na comissão) já estão garantidos — disse uma fonte palaciana.
Hoje pela manhã, parlamentares da base confidenciaram ao GLOBO estarem inseguros em votar a reforma na comissão e arcarem sozinhos com o desgaste político. Eles alegaram forte rejeição da população à reforma, pressão de algumas categorias de servidores e críticas nas redes sociais, além de sinais trocados emitidos pelo Senado de que o texto poderá ser alterado na Casa.
Foram tranquilizados a votar a favor da reforma, diante da promessa do governo em deflagrar uma campanha de esclarecimento à população e aos congressistas até a votação no plenário da Câmara, no fim de maio. Os representantes do Excecutivo também informaram que já estão trabalhando para mudar a forma como o Senado, sobretudo o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), vem se posicionando a respeito da reforma.
— Já temos uma sinalização de que a tramitação da reforma da Previdência será tranquila no Senado — disse um interlocutor do Planalto.
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