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ZURIQUE – O Swatch Group disse que está desenvolvendo uma alternativa própria aos sistemas operacionais Android e iOS para smartwatches, em uma empreitada da maior fabricante de relógios da Suíça para concorrer com as gigantes do Vale do Silício Google e Apple pelo controle dos pulsos dos consumidores.
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A Tissot, uma das 18 Marcas que pertencem à Swatch, vai apresentar um modelo, próximo do fim de 2018, que já rodará o novo sistema, que também será capaz de conectar pequenos objetos e itens vestíveis, disse o diretor executivo da empresa, Nick Hayek, em um entrevista nesta quinta-feira.
Ainda de acordo com o executivo, a nova tecnologia vai demandar menos energia da bateria e ainda seria capaz de proteger melhor os dados do usuário.
A indústria de relógios suíços, com quatro séculos de idade, vem tentando se ajustar à nova concorrência desde que a Apple entrou em seu território com o Apple Watch em 2015.
Hayek enfrenta o desafio de tentar deixar para trás a Google e a empresa fundada por Steve Jobs, que já conseguiram se esquivar de companhias que queriam rivalizar com seus sistemas operacionais em celulares e smartwatches.
A estratégia de Hayek contrasta com a de Jean-Claude Biver, chefe da área de relógios da LVMH — dona de marcas como Bvlgari, Hublot e Zenith —, que, esta semana revelou uma versão atualizada do smartwatch da TAG Heuer desenvolvido em conjunto com Google e Intel.
ANALISTA QUESTIONA SISTEMA PRÓPRIO
A concorrência Dos Smartwatches Prejudicou, especialmente, as marcas mais baratas, e Hayek tem buscado adicionar funcões eletrônicas aos modelos menos caros, como o das marcas Tissot e da homônima do grupo.
A abordagem da Swatch à concorrência Dos Smartwatches vai funcionar melhor porque o grupo está tentando “pensar pequeno”, já que um dos maiores problemas dos dispositivos vestíveis é a curta duração de cada carga, explicou Hayek.
— Há uma possibilidade para os (dispositivos) vestíveis se desenvolverem como um produto para os consumidores. Mas você precisa miniaturizá-lo e ter um sistema operacional independente — acrescentou o executivo.
Mas Luca Solca, analista da Exane BNP Paribas que acompanha a indústria de luxo, diz não estar convencido:
— Pessoas usam smartwatches esperando usar os mesmo aplicativos que têm em seus celulares. Um sistema operacional próprio derruba o objeto.
OGlobo