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Marmitas proporcionam economia e alimentação saudável


Rebecca tem um blog onde compartilha dicas de marmita – Divulgação

RIO – Quando a produtora e youtuber Marianna Ribeiro, de 27 anos, resolveu morar sozinha, um dos primeiros hábitos adquiridos foi a organização de uma agenda semanal para fazer suas marmitas. Ela queria manter a dieta recomendada pela nutricionista e, claro, economizar uma grana para enfrentar com mais conforto o desafio de deixar a casa dos pais.

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— Se comesse apenas o que há disponível na região do meu emprego, não conseguiria manter a minha rotina alimentar — conta ela, que mora na Tijuca e trabalha na Barra. — Como gasto cerca de uma hora no deslocamento, levo uma bolsinha térmica com todas as minhas refeições do dia. Café da manhã, almoço, lanche da tarde e até lanche da noite. Isso me proporciona uma economia de, pelo menos, R$ 800 por mês.

Marianna faz parte de um grupo que anda ganhando representatividade nos postos de trabalho Brasil afora. Tomadas pela onda da alimentação saudável tão difundida nas redes sociais ou simplesmente pela vontade de economizar, essas pessoas incorporaram a produção de marmitas às suas rotinas.

Marianna, por exemplo, vai duas vezes por mês ao supermercado para comprar os itens de suas preparações. Depois, tira de um a dois dias para fazer as receitas que congela.

— Vou pela praticidade. Faço muita sopa, carne e hoje congelo até arroz — detalha ela, que também transformou o momento de fazer as refeições num “ritual agradável”. — Costumo montar uma playlist e, como moro com uma amiga, às vezes a gente faz em conjunto e aproveita para conversar.

A nutricionista e integrante do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional Flavia Cyfer adora essa turma. Segundo ela, nem sempre dá para garantir que os alimentos consumidos na rua são higienizados. Além disso, caso a pessoa busque uma alimentação saudável com orgânicos, provavelmente pagará “uma fortuna”. Fora isso, na opinião dela, fazer em casa não é tão difícil. O segredo é a organização.

— No verão dá para fazer uma refeição completa como se fosse um “saladão”. É só misturar rúcula, agrião, cenoura e beterraba raladas e completar com opções como feijão fradinho, grão de bico, atum e camarão. Na hora de temperar, bastam azeite, sal e pimenta do reino — indica ela.

Para facilitar ainda mais o processo, Flavia mostra como se organizar para preparar o prato durante a semana:

— A dica é esterilizar as folhas e as frutas em um litro de água filtrada, com duas colheres de água oxigenada 10 volumes e duas colheres de vinagre de álcool. Deixe por 20 minutos e, depois, guarde tudo bem sequinho na geladeira. Assim pode durar até uma semana. Os legumes já podem ser guardados picados. Também dá para deixar um frango desfiado preparado congelado na geladeira. Aí é só ir montando as combinações aos poucos antes de sair de casa.

CUIDADO COM OS CONGELADOS

Para tornar tudo ainda mais prático, a nutricionista clínica e membro do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio, Vânia Barberan, lembra que alguns lugares vendem as folhas já higienizadas. Aí, dá para completar com ovos cozidos (que podem ser congelados) e atum.

— Outra dica é deixar temperos no local de trabalho. Azeite, sal do himalaia, pimenta e até limão podem ficar armazenados para o toque final — sugere ela.

Vânia só pede atenção com os congelados industrializados. Segundo ela, é possível encontrar itens de qualidade, mas a composição precisa ser conferida.

— Esses alimentos costumam ser ultraprocessados, quando a recomendação é que a comida seja minimamente processada. É importante ler os ingredientes e se certificar de que a composição tenha o mínimo de aditivos alimentares, como corantes e aromatizantes. Já o sódio de uma grande refeição não pode passar de 25% do valor diário (VD). Esse detalhe é muito importante, já que alguns produtos podem conter mais de 100% do valor diário — alerta a nutricionista.

SUCESSO NAS REDES

A redatora Rebecca Bittencourt nunca curtiu congelados prontos. Mas, enquanto morou na casa dos pais em Campinas (SP), acabava consumindo por praticidade. Em 2013, ela se mudou para a casa do namorado, em São Paulo, que adora cozinhar. Foi a deixa para decretar o fim deste hábito.

A dupla começou a fazer pratos diferentes e testar suas versões para marmita. A experiência foi tão bacana que ela teve a ideia de criar um blog para compartilhar dicas e receitas.

Nascia o Minha Marmita Tem (minhamarmitatem.com.br). No ar há dois anos, o blog atrai cerca de 20 mil visitantes por mês. Entre os maiores hits estão a salada de pote, e os posts com dicas como “alimentos que você não pode congelar” e “como armazenar a marmita”.

— Fazemos receitas bacanas, mas que qualquer pessoa pode fazer — define Rebecca, citando exemplos como salmão assado, lasanha e quibe de forno sem glúten.

Para ela, a comida levada para o trabalho não tem que ser sem graça.

— Sem criatividade, você acaba só no arroz com acompanhamento. Mas a hora da refeição tem que ser prazerosa. Inclusive, recomendo aos nossos seguidores que não comam no pote. É legal montar o prato, com tudo arrumadinho. Ainda recomendo levar uma toalhinha e talheres para a firma — diz ela.

Rebecca também destaca a economia que o hábito proporciona. Ela e o namorado poupam, pelo menos, R$ 30 por dia, cada um. Com isso, eles usam o dinheiro para ir a um bom restaurante aos fins de semana.

Uma das fotos produizidas por Madelaine Seagram – Madelaine Seagram

MARMITA ‘STYLE’

Se você ainda precisa de motivos para aderir à marmita, uma visita ao perfil @dailyplates no Instagram pode valer a pena. A página dedicada ao universo culinário mantida pela empresária e fotógrafa canadense Madelaine Seagram está cheia de exemplos de encher os olhos, como as fotos que ilustram a capa deste caderno.

Atualmente morando no Brasil, Madelaine adora cozinhar seus pratos para garantir uma refeição saudável. Além disso, segundo ela, este é um hábito muito comum em seu país de origem.

— No Canadá, todo mundo leva a refeição de casa, porque é caro comer na rua e as pessoas não recebem vale alimentação. No Brasil, você consegue encontrar uma refeição completa na rua por preços mais em conta — afirma Madelaine.

Mas como ela é “80% vegetariana” e gosta de alimentos saudáveis, fica mais caro se alimentar na rua. E já que adora cozinhar, Madelaine encontrou um jeito prático de resolver o problema.

— Quando trabalhava fora, sempre que preparava algo, já fazia em grande quantidade para virar uma marmita. E quando estava com tempo, caprichava no visual. Afinal, um prato apresentável fica ainda mais apetitoso — finaliza ela.

DICAS DE MESTRE-CUCA

Organização: Tire um dia da semana para cozinhar as refeições. Que tal montar uma playlist para embalar a preparação?

Folhas: Higienizadas e guardadas bem secas na geladeira, podem durar uma semana.

Proteína: Opções como camarão e frango desfiado podem ser feitos de uma vez só e congelados em pequenas porções. Depois, é só descongelar aos poucos.

Separação: Prefira marmitas em que os alimentos fiquem em espaços separados para que não vire uma grande mistura no meio do caminho.

Armazenamento: Se não tem geladeira no trabalho, você pode usar uma bolsa térmica com gelo para conservar

melhor a comida.

Aquecimento: Se for levar o pote ao microondas, prefira produtos de vidro, já que alguns plásticos liberam substâncias nocivas.

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