Ontem o Jornal Nacional mostrou imagens do presídio central de Porto Alegre. Confesso que fiquei surpreso e me senti agredido. Violentamente! O lugar é desumano, nojento, incapaz de servir de abrigo para qualquer tipo de pessoa, ainda que condenado pela Justiça. Segundo a reportagem, o presídio é considerado o pior do País. Surpreende-me encontrar Esta Barbaridade no Rio Grande do Sul, lugar de um povo que, todos sabem, sempre lutou pela liberdade e a Justiça. E, consequentemente, pelo respeito aos direitos humanos. O Governador Tarso Genro, petista histórico e ex-ministro da Justiça no governo do presidente Lula, tem a obrigação de acabar com essse muito mal cuidado depósito de seres humanos. E não importa se os que estão ali cometeram ou não crimes graves. Eles foram julgados e condenados com a privação da liberdade, mas isso não significa que se deva enfiá-los em qualquer pocilga. A pena refere-se ao tempo, somente, e não as condições do lugar onde o condenado deve cumpri-la. Essa é uma questão que diz respeito diretamente ao governador, o eleito para administrar o Estado como um todo, incluindo as suas prisões. O estado degradante do presídio central de Porto Alegre revela nitidamente que o atual governador gaúcho, bem como alguns de seus antecessores, não dá a mínima para os seres humanos que pagam suas penas enfiados naqueles escombros cercado por muros altos e guardados por brigadistas armados até os dentes. Se o governador Tarso Genro não tomar medidas urgentes para acabar de vez com aquele depósito de seres humanos que envergonha o país, o governo federal deve envolver-se e chamar para si a responsabilidade de dar dignidade aos brasileiros que ali estão pagando os seus débitos para com a sociedade. É o mínimo que se pode esperar depois que esta barbaridade foi descortinada para todo o país pelas imagens do JN
