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Relatório de JUL/18 - Bolsa Subindo

 
Lá vai a Bolsa subindo novamente. Se por um lado começamos o mês com 73.000 pontos, terminamos o mesmo na casa dos 80.000. Uma bela arrancada para um único mês, sendo que o mais curioso é tentar apontar o que a fez cair recentemente e no mesmo sentido o que a fez subir. Estamos em um ano eleitoral onde escolheremos um novo presidente. Diferente das demais eleições recentes, após um impeachment temos um governo de transição e uma janela de oportunidade para as mais diversas opções que a democracia pode oferecer. Este campo fértil permite que analisemos todos os tipos de propostas para o nosso país e ao mesmo tempo gere dúvidas no mercado do que está por vir. É exatamente este sentimento que gera volatilidade e cria uma conjuntura favorável para os nossos investimentos.

Independente das razões especificas, acho que o grande recado aqui é para lembrarmos dos fundamentos de longo prazo. Se considerarmos que os mercados se movem em ciclos de baixa e alta, que ficam muito mais claro quando analisados em retrospecto, me parece que estamos em um movimento de alta que deve durar ainda alguns anos no Brasil. Posto isso, não seria loucura pensar que veremos um novo governo reformista e que a economia terá alguns anos bons após a maior recessão da história recente. Se isto ocorrer, certamente veremos a bolsa muito acima de 100.000 pontos. Desta forma, as eleição são apenas uma grande janela de oportunidade para comprar ativos a preços descontados que darão muitas alegrias logo a frente.

Destaco abaixo minha visão de cada classe de ativos em que invisto:

FIIs: segui exatamente o racional que havia previsto no mês anterior. Fiz diversas compras deste tipo de ativos, Pois acho que o mercado imobiliário sofreu uma queda exagerada, além de apostar em uma recuperação a partir de 2019. Comprei HGRE11 à R$121,15, KNRI11 à R$140,91, BCFF11 à R$75,82, BRCR11 à R$93,22 e R$89,35 e GGRC11 à R$120,85. Importante ressaltar que vendi BBPO11, um ativo que comprei apenas para acompanhar mas em que nunca acredite, que são agências do Banco do Brasil.

Ações: aqui percebo como estes últimos meses foram de alta volatilidade. Confesso que pela minha falta de experiencia não aproveitei da forma que  gostaria, pois acho que deveria ter comprado mais ITSA4 que é uma das melhores ações da bolsa. Apesar do sentimento, comprei ITSA4 à R$9,16, ENEV3 à R$11,93, EZTC3 à $17,32 e VULC à $5,99. Acho interessante pontuar que ENEV3 foi adquirida com desconto de 15% do seu valor recente, EZTC3 pelo meu acompanhamento de 20% e VULC3 de pelo menos 25%. Acho até que o momento não era o ideal para apostar em SmallCaps, mas nestes valores descontados achei que seriam boas compras. Por fim, vendi PIBB11, pois ponderei que é melhor ter ações do que comprar o índice, uma vez que podemos receber os dividendos e não pagar IR sobre a venda. 

Fundos de Ações: sem muitas novidades por aqui. Sigo de olho em novas compras do Alaska Black e imagino que em breve irei adquirir algo por volta de R$ 4.000, mas pode ser em duas parcelas, dependerá da disponibilidade de dinheiro novo.

Fundos Multimercado:  parace que a minha visão não estava errada e realmente os fundos multimercados entregaram grande parte dos ganhos do ano e estão perdendo a recuperação da bolsa. Naturalmente que poderemos ter novas quedas, mas continuo achando que a posição de cautela fará com que eles percam a primeira perna da recuperação da bolsa e talvez até a segunda.

Tesouro Direto: aparentemente as taxas pararam de subir e começaram a recuar um pouco. O TD Prefixado 2025 que esteve recentemente com taxa de até 12% já está na casa de 10,8%. Os indexados em inflação cederam menos, mas era perceptível que a grande distorção estava nos prefixados. Desta forma o TD IPCA 2045 fecha o mês na casa de 5,7% de juros. Continuo acreditando que em 2019 veremos o prefixado abaixo de 10% e o IPCA abaixo de 5%, o que deve gerar um pelo upside nestas aplicações. Além destes, continuo com pequenos aportes no Tesouro Selic, que apesar de pagar pouco, segue sendo um porto seguro.

CDBs e Debêntures: as debêntures continuam pouco atrativas do meu ponto de vista, mas os CDBs se mostraram uma boa oportunidade. Comprei R$ 4.000 de Banco Fibra Prefixado com remuneração de 14% ao ano. Apesar do risco, acredito que vale o investimento, pois além de ser garantido pelo FGC, o montante é bauxo.

Criptomoedas: sigo acompanhando de longe, mas parece que tivemos uma pequena subida por aqui. Acredito que voltarei a dar alguma atenção quando o Bitcoin superar o USD 10.000.

Interactive Brokers: aqui talvez os ativos onde tenho me dedicado e aprendido mais. Com a queda dos juros americanos, os ETFs de renda fixa tem sofrido após décadas de altas seguidas. Resolvi simplificar minha carteira e apostar em poucas opções que reflitam ações e sejam protegidas por uma boa parcela de ouro. Neste sentido dividi em da seguinte forma: S&P500 (IVV), Nasdaq (VGT), Foreign Large (IEFA), Emerging Markets (IEMG), Ouro (IAU), Ações Brasileiras (EWZ) e ações de Hemp (HMMJ). O câmbio recuou um pouco, mas parece ter um balanço perfeito com a subida da bolsa. Se por um lado ganhamos com as ações, perdemos com o seguro adquirido comprando dólar. Faz parte do jogo e além de ser esperado e um movimento desejável, pois ganhamos mais do que perdemos.

Não imaginei que a bolsa se recuperaria tão rapidamente da última queda, afinal, ainda temos muito pela frente até escolhermos o novo presidente. Sigo acreditando em um período de volatilidade, o difícil é definir como se posicionar. Não consigo evitar de me fazer algumas perguntas como, "Bolsa se recuperando, mas até quando?", "Teremos outros tropeços na bolsa à frente?", "O fantasma da crise lá fora segue?" e "Afinal é hora de se proteger ou avançar nas compras?".

Certamente eu não tenho as repostas, mas seguindo a linha de longo prazo, isso não importa tanto. Seguirei comprando mensalmente, pois não tenho como adivinhar topos e fundo, então só me resta buscar ativos de qualidade e que estejam com múltiplos baratos.


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