Um Mercado e ações inflacionados por muita especulação e confiança exacerbada no futuro é um equilíbrio instável, qualquer movimento mais brusco pode perturbá-lo. E foi exatamente isso que aconteceu no fatídico 23 de outubro de 1929, em Nova York.
Os Estados Unidos vinham de um período de grande prosperidade após a Primeira Guerra Mundial, tendo sido um dos principais fornecedores de insumos tanto para o esforço de batalha quanto para a recuperação posterior da Europa. A prosperidade econômica se refletia no mercado de ações, com a Bolsa de Nova York subindo sucessivamente ano após ano. A confiança estava em alta.
Até hoje não se sabe ao certo qual foi a gota que fez o copo transbordar. Fato é que em 23 de outubro o mercado começou a cair depressa. O excesso de confiança que havia inflado o preço das ações além do que seria razoável rapidamente se dissipou, iniciando um movimento de vendas por pânico que levou a um colapso de mais de 80% da Bolsa ao longo dos 3 anos seguintes.
Não só os investidores pessoa física perderam muito dinheiro, mas também o sistema financeiro. Sem amparo, diversos bancos foram à falência. O quebra-quebra se espalhou para a indústria, levando a um desemprego maciço. O ciclo vicioso continuou por anos.