De um tempo pra cá eu venho perdendo a força em um dos quesitos mais tradicionais que se passa de pai para filho: o time de futebol. Minha Filha tem a camisa do Guarani, tem a minha paixão como referência, mas a mídia e os amigos da escola andam pegando pesado.
E não deu outra: ela agora desandou a associar futebol ao Corinthians. "Corinthians, corinthians", diz ela a todo momento. Eu falo: "Bugrão" e ela retruca: "Corinthians, corinthians".
Minha esposa então aconselhou que eu tentasse reverter e ontem tive essa oportunidade. Voltei do almoço, minha esposa foi dar uma cochilada e ficamos eu e minha filha, bem no horário do jogo do Guarani que passaria na TV.
Falei: "filha, vamos ver o jogo do Bugrão". E ela: "Corinthians, corinthians". Coloquei ela ao meu lado no sofá, meia luz, almofadinha gostosa, ovinho de páscoa para acompanhar, tudo perfeito. Ou melhor, quase tudo. O time perde do "poderoso" Oeste. No segundo gol ela me olha com aquela cara de "tudo isso pra isso?" e eu respondi: "corinthians, corinthians". Pai não suportaria ver um filho sofrer.