Hoje Tive uma briga extremamente violenta com minha filha. Não teve jeito, mas chegou em um ponto que tive que fazer prevalecer a minha vontade. Era 7h30 e, como todas as manhãs, tive que acordá-la para ir à escolinha. Com um carinho nas costas e um beijinho na bochecha, tentei despertá-la. Sem sucesso. Mais um cafunezinho e algumas doces palavras. Nada. Um dedinho na orelha e uma cosquinha no pé. Sem chances.
Percebi, então, que ela fingia estar dormindo. Um sorrisinho maroto denunciava isso. Fiz cosquinha na barriga. Nesse momento, ela pega minha mão e faz de travesseiro, convidando para que eu deitasse ao lado dela. Aceitei por alguns segundos. Mas a cama quentinha começou a me envolver. Minha filha põe a cabeça em meu ombro e se ajeita para continuar a soneca.
Entro em um mundo paralelo. Estava sendo abduzido para o sono perfeito. E fora de casa estava menos de 10 graus. Minha filha fala um papai tão arrastado e meigo que quase entrei em transe. Se eu não tomasse alguma atitude, só acordaria sexta. Mas a capirotinha começou a fazer carinho em minha cabezzzzz. Nãããooo. Chega. Vamos acordar!!!!
Levantei, sacudi a poeira e peguei a pestinha. Muito cedo pra começar a me enrolar.