A cada 4 anos, os Jogos Olímpicos atraem bilhões de pessoas ao redor do mundo ansiosas para assistirem aos melhores esportistas do planeta em disputas eletrizantes. Afinal, é inegável que existe uma mágica que envolve os jogos e a possibilidade de coroar os melhores atletas do mundo.

Contudo, ao longo da história de mais de 120 anos das Olimpíadas modernas, a competição viu centenas de casos de doping e outras fraudes que mancharam a participação de vários atletas e delegações internacionais. Aqui estão listadas algumas das vezes em que os Jogos Olímpicos não foram tão nobres quanto gostaríamos que fossem.

10. Pierre de Coubertin

Pierre de Coubertin é aclamado como o pai da Olimpíada moderna. Ele é considerado como um dos maiores nomes da histórica do esporte a promover jogos limpos e justos. Contudo, poucas pessoas comentam o fato de que Coubertin não via com bons olhos as disputas femininas.

Em conjunto com outros colegas do Comitê Olímpico Internacional, Pierre de Coubertin fez o possível para impedir que mulheres competissem nos jogos. Em uma carta de 1922, por exemplo, Coubertin escreveu: “sob o nosso ponto de vista, a participação feminina nas Olimpíadas é pouco prática, desinteressante e imprópria”.

Felizmente pra nós e para o mundo, as mulheres estão presentes nos jogos olímpicos desde 1900 (tênis e golfe).

9. Trapaças britânicas em 1908

A Olimpíada de 1908 foi realizada em Londres, Inglaterra. Por isso, muitos apostavam que a equipe britânica era a favorita para vencer o maior número de medalhas da competição. Infelizmente, para os súditos reais, isso não aconteceu. Mas, diga-se de passagem, não foi por falta de vontade e, quem diria, sacanagem. Afinal, as trapaças britânicas aconteceram aos montes: juízes tendenciosas, sapatos fora do padrão permitido e uma prova de 400 metros que precisou ser realizada duas vezes (porque na primeira vez os norte-amaericanos haviam vencido). Que feio!

8. O banimento da prova feminina de 800 metros

Em 1928 as mulheres foram convidadas para participar de mais provas, o que ficou marcado na história dos jogos como um momento de igualdade entre os gêneros. Contudo, um fato peculiar marcou o evento: o banimento da prova feminina de 800 metros. Tudo porque, segundo os homens, a prova era muito cansativa para elas, o que “colocaria em risco a saúde das atletas”. As mulheres só foram permitidas nos 800 metros de novo na Olimpíada de 1960.

7. O atleta que andou de carro durante uma maratona

A maratona é a prova símbolo dos Jogos Olímpicos, visto que sua história é facilmente conectada aos Antigos Gregos. De qualquer forma, uma história curiosa envolvendo a modalidade aconteceu nos jogos de 1904. O maratonista americano Fred Lorz, cansado e em último lugar ainda no início da prova, aproveitou uma carona de carro para passar todos seus adversários e ganhar a prova. Isso mesmo: ele fez a maior parte do trajeto de carro! Felizmente, um oficial dos jogos revelou a fraude e o americano ficou sem medalha alguma. De carro até eu termino uma maratona!

6. Perdendo para ganhar no Badmington

Talvez você nunca ouviu falar de badmington, esse esporte estranho e pouco conhecido no Brasil. Mas, se eu falar “peteca”, todas as fichas caem. Em 2012, durante a Olimpíada londrina, algumas equipes perderam de propósito para pegar adversários mais “fáceis” nas rodadas seguintes. Quando os juízes descobriram a fraude, dois times da Coreia do Sul, um da China e outro da Indonésia foram para casa mais cedo. Faltou espírito Olímpico pra eles.

5. A lenda da maratona que foi banida por ser “profissional”

Em 1932, o atletas deveriam ser amadores e não podiam ganhar dinheiro com seu esporte. Assim, quando os oficiais da Olimpíada descobriram que Paavo Nurmi havia recebido dinheiro para cobrir suas despesas durante os jogos, o desportista foi prontamente eliminado.

4. Quando o Tae Kwon Do foi violento demais

Chutar é tudo o que um atleta de Tae Kwon Do gosta de fazer. Mas, para que fique bem claro, os chutes devem ser reservados apenas entre os adversários. Portanto, nada de chutar o juiz, como fez Angel Matos ao saber que fora desqualificado dos jogos de 2008. Essa doeu.

3. Andando de bicicleta com Adolf Hitler na garupa

Os Jogos Olímpicos de Berlim em 1936 foi pura controvérsia. Afinal, o dono da casa era ninguém menos do que o ditador sanguinário Adolf Hitler. No entanto, entre os problemas políticos e raciais patrocinados pelo Partido Nazista, um incidente chamou a atenção dos jornalistas para o velódromo.

Isso porque o ciclista alemão Toni Merkens, que estava competindo na final do ciclismo contra o holandês Arie van Vliet, se atravessou na frente de seu colega de esporte com a intenção de prejudicar sua prova. Como estamos falando de um alemão em uma Olimpíada nazista, não preciso dizer que os juízes deram a medalha para o pupilo de Hitler.

2. No boxe, o importante é apanhar

Até onde eu sei, se um boxista cai nocauteado cinco vezes durante uma luta, ele certamente não sairá do ringue como o grande campeão. Contudo, em afronta a lógica desportista, foi isso o que aconteceu em 2012. O atleta cinco vezes nocauteado Magomed Abdulhamidoc, do Azerbaijão, não só caiu cinco vezes com a cara na lona como saiu vitorioso do embate contra o boxista japonês Satoshi Shimizu. O árbitro Ishanguly Meretnyyazov, do Turcomenistão, responsável por dar a vitória ao boxista Magomed, foi mandado embora das Olimpíadas no dia seguinte.

1. As gêmeas que enganaram o mundo

Ter um irmão ou irmã gêmea deve ser legal… ou confuso. Afinal, as pessoas podem confundir um com o outro. Sabendo disso, as irmãs gêmeas Madeline e Margaret de Jesus, de Porto Rico, tramaram uma sacanagem daquelas. Na qualificatória dos 4 por 400 metros, Margaret se passou por Madeline, que havia se machucado, e competiu em seu lugar. O sucesso foi tamanho que a equipe de Porto Rico chegou até a grande final. Felizmente, o técnico da equipe descobriu a fraude e, num gesto de nobreza, retirou sua equipe da competição. Quase!

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