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Antevisão da Premier League 2023/ 24

 Premier League - A espera terminou. O campeonato mais eletrizante e apaixonante do futebol europeu regressa esta noite e o entusiasmo não podia ser maior para acompanhar durante 38 jornadas toda a incerteza na classificação. Sem quebras de ritmo forçadas como o Mundial do Qatar e oxalá que sem tragédias a envolver a realeza britânica, a Premier League promete regressar com o vigor e competitividade de sempre.

    Enraizou-se na cultura desportiva a tradicional distinção do Top4 inglês, os quatro lugares que vêm dando acesso aos milhões da Liga dos Campeões. Ora, em 2024/ 25 a Champions muda substancialmente de formato e os 2 países com melhor coeficiente acumulado no decorrer desta época garantirão uma 5ª vaga direta na Champions. Considerando que Inglaterra foi nas três últimas épocas o país com melhor classificação no Ranking UEFA, a manutenção dessa tendência poderá conduzir à transformação do Top4 de sempre num novo Top5.

    Na última época houve corrida a dois: Guardiola e Arteta; Haaland e Odegaard; Manchester City e Arsenal. O emblema azul celeste conquistou a Premier (venceu 5 das últimas 6 edições), festejando mesmo um impressionante triplete com a FA Cup e Champions League. O City de Guardiola é favorito, não poderia ser doutra maneira; mas a análise faz-nos acreditar que esta Premier League 23/ 24 pode demorar bastante mais tempo do que as últimas provas a tornar-se um combate a dois. Para festejar um inédito tetra em Inglaterra, os cityzens terão que bater um ainda mais forte e menos imaturo Arsenal (vencedor da Community Shield), um Liverpool sem lesionados e com inovação tática, um Manchester United coeso e reforçado em posições-chave e um Chelsea bem diferente e com um treinador 100% adequado para o elenco.
    Há 5 favoritos, mas é impossível não abranger o lote de equipas especiais em Inglaterra a nove. O Aston Villa pode ser perigosamente subvalorizado por muitos e não é fácil encontrar antídoto para o conjunto multi-sistema de Emery; o Tottenham pode sofrer com dores de crescimento mas Postecoglou é o homem certo para revolucionar os spurs, operando a metamorfose de equipa encolhida e presa para equipa colorida, com alma e criativa, embora tudo indica sem Harry Kane; o Newcastle não está à toa na Champions e é Top2 a defender; e o Brighton de De Zerbi deslumbra e descobre talentos sem parar, cativando os neutros. A ordem dos 9 primeiros é um desafio, e qualquer equipa das restantes 11 que se intrometa nesta elite será franca candidata a sensação da prova.

    Como sempre, os clubes ingleses investiram e bem, e são inúmeros os novos craques. Inglaterra acolheu Nkunku (lesionado até Dezembro), Gvardiol, Højlund, Onana, Nicolas Jackson, Szoboszlai, Diaby, Tonali, Timber, Pau Torres, Kerkez, Vicario e Flekken, merecendo ainda destaque diversas movimentações internas como Declan Rice, James Maddison, Mac Allister, Mount, Havertz, Kovacic, Harvey Barnes, Tielemans, João Pedro, Elanga e James Trafford, além dos dossiers Caicedo, Maguire e Ward-Prowse prestes a conhecer resolução. Gera ainda curiosidade a 1.ª experiência no nível máximo do futebol inglês de jogadores que encantaram no Championship como Alex Scott, Maatsen, Ahmedhodzic, Ryan Giles, Manuel Benson e quem sabe Gustavo Hamer.

    Relembramos que desceram 3 equipas de grande peso e bom aproveitamento recente - Leicester City, Leeds United e Southampton -, chegando do super-competitivo Championship Burnley (101 pontos com Vincent Kompany), Sheffield United e Luton Town, o clube do estádio mais marcante desta edição.

    Acompanhem-nos então nesta completa Antevisão da Premier League 2023/ 24, numa tentativa de prever a classificação final e destaques individuais, sempre falível considerando as várias transferências até ao fecho desta janela e da de Janeiro e outros mil fatores:



 MANCHESTER CITY (1)

    
Há sempre mais História para escrever. O Manchester City entra em 2023/ 24 com Grealish ainda a ressacar a conquista do tão aguardado triplete (Premier League, Liga dos Campeões e FA Cup). Pep diz que o feito é irrepetível, e o grande adversário dos cityzens nesta edição pode ser mesmo o próprio City, ou a capacidade dos jogadores encontrarem dentro de si a motivação para continuarem "ligados" e esfomeados jogo após jogo. Mas podemos ver as coisas por este prisma: o City está a um título de festejar o tetra, algo que nunca nenhuma equipa conseguiu na História da 1ª divisão inglesa (ou seja, desde 1888), os reforços trazem sede renovada, e Erling Haaland vai certamente definir novos recordes para atingir, com os 40 golos só no campeonato no seu horizonte.
    O City perdeu Gündogan (que jogador!) e Mahrez, parece ter convencido Bernardo Silva e Kyle Walker a ficar, e reforçou-se até ao momento com a dupla croata Kovacic e Gvardiol. É fácil imaginar o médio de 29 anos a entrar bem na identidade deste City, podendo contribuir em várias posições, e Gvardiol é talvez o central com maior potencial da atualidade. Quando se tem Rúben Dias, Gvardiol, Stones, Aké e Rodri, é natural que os criativos se sintam mais tranquilos na hora de fazer um passe de rutura ou arriscar um drible.
    Taticamente, o City parte num híbrido e muito maleável 3-2-4-1, mas Pep costuma estar um (ou vinte) passo à frente da concorrência, o que nos permite especular que à medida que Arteta e Klopp se possam aproximar do sistema de Pep, já este esteja, qual jogador de xadrez, a aprimorar o antídoto para a sua própria criação. Ainda com muito potencial por explorar, Phil Foden e Julián Álvarez serão talvez os jogadores que mais podem evoluir este ano, e a dupla KDB-Haaland, em total sintonia, pode traduzir-se num brutal volume de golos.
    O tricampeão tem que partir na frente nas apostas, e veremos que reforços (gostávamos de ver Wirtz e Barcola nesta equipa, mas não nos importamos nada se os escolhidos forem Paquetá, Olise ou Doku) ainda recebe o melhor treinador do mundo até ao fecho do mercado. Incansável e praticamente imbatível nas retas finais das segundas voltas, a presença em Dezembro no Campeonato do Mundo de Clubes poderá contribuir para que a dada altura o City tenha que correr atrás do prejuízo.

Treinador: Pep Guardiola
Onze-Base (3-2-4-1): Ederson; Walker (Aké), Rúben Dias, Gvardiol; Stones, Rodri; Bernardo Silva, De Bruyne, Foden (Álvarez), Grealish; Haaland

Atenção a: Erling Haaland, Kevin De Bruyne, Phil Foden, Josko Gvardiol, Julián Álvarez


 ARSENAL (2)

   Não é por ter vencido a Community Shield, mas o Arsenal está pronto para ir à luta novamente. A equipa de Mikel Arteta quer vingar a última época, em que desperdiçou a vantagem que conquistou, e nos gunners tudo bate certo: há continuidade, a juventude está um ano mais experiente, e os reforços devem tornar este Arsenal mais forte. Porém, para nós, ainda insuficiente para partir na pole position do favoritismo.
    A grande conquista do defeso do Arsenal é Declan Rice. Pelo médio defensivo do West Ham, titular indiscutível da seleção inglesa e jogador pelo qual o campeão inglês e europeu Manchester City chegou a apresentar uma proposta, o clube do Norte de Londres pagou uns astronómicos 116 milhões. Mas Rice é um jogador para 10 anos e é um 2 em 1, um seis forte no desarme e na proteção da sua defesa mas também um oito forte no transporte. Havertz e Timber foram as restantes aquisições, estando para chegar Raya para quiçá roubar a baliza a Ramsdale. Sobre Timber, podemos dizer que o Arsenal parece ter acertado em cheio. O neerlandês faz várias posições e será difícil Arteta abdicar da sua presença no 11, seja a lateral, central ou mesmo no auxílio ao meio-campo. Kai Havertz pode ser um problema: o alemão é um reforço de luxo se Arteta conseguir puxar pelo seu lado Leverkusen e não pela sua versão recente, sem confiança e em terrenos mais adiantados. Mas, até para não "queimar" o jogador, o mais prudente seria guardá-lo inicialmente como 12.º jogador, até porque não faz sentido que surja à frente de Trossard na hieraquia.
    Com equilíbrio em todo o campo, algumas saudades do subvalorizado e também controverso Xhaka e com algumas dúvidas sobre a permanência de Partey, o Arsenal tem em 3 jovens craques os três principais motivos de esperança para fazer a diferença: Bukayo Saka, Martin Odegaard e Gabriel Martinelli. Jogadores de classe mundial, com mentalidade de campeões.
    O título é possível mas o 3.º lugar também. Custa-nos Mikel Arteta não ter aproveitado Balogun e desconfiamos que o técnico espanhol pode cometer esta época alguns erros de análise no decorrer da competição, e pagar a fatura.

Treinador: Mikel Arteta
Onze-Base (4-3-3): Ramsdale (Raya); Ben White (Timber), Saliba, Gabriel, Zinchenko; Rice, Partey, Odegaard; Saka, Gabriel Martinelli, Gabriel Jesus

Atenção a: Bukayo Saka, Martin Odegaard, Gabriel Martinelli, Declan Rice, Jurriën Timber

 LIVERPOOL (3)

    Em 2023/ 24, o Liverpool pode voltar a lutar pelo título. A temporada transata foi uma quase catástrofe, atenuada com uma reta final em que os reds ainda conseguiram dar 7 ao Manchester United e fechar a época quase nos lugares de Champions, a 4 pontinhos de distância do objetivo mínimo.
    Jürgen Klopp, ao contrário de Pep Guardiola, revelou doses excessivas de teimosia e intransigência, procurando exigir à sua equipa que jogasse como no passado, sem ter instrumentos para o seu futebol heavy metal. As lesões de Luis Díaz e Diogo Jota não ajudaram, em particular porque forçaram Darwin a ser atirado aos leões quando o uruguaio precisava de ser introduzido aos poucos, mas Klopp terá aprendido a lição.
    O meio-campo era o epicentro de todos os problemas, e tudo mudou nesse setor. Fabinho, Henderson, Keita, Milner e Oxlade-Chamberlain saíram, Thiago ainda pode sair, mas agora há Mac Allister e Szoboszlai. Tomando como exemplo a pré-época, o Liverpool será uma equipa capaz de marcar golos atrás de golos, mas também vai sofrer muitos. Ganhar todos os jogos por 3-2 ou 5-3 é preocupante, mas desde que os jogos sejam ganhos, ninguém vai querer saber o "como".
    O 4-3-3 dos últimos anos pode ser substituído por uma espécie de 3-2-2-3, uma versão aproximada do figurino adotado pelo Manchester City na segunda volta da época passada e pelo próprio Liverpool quando adaptou Trent Alexander-Arnold para interior, potenciando algumas das coisas que fazem de Trent um jogador único. O problema é que o atual esquema corre o risco de partir a equipa, que se poderá dispor por vezes quase num 3-2-5 - com os extremos a jogar por dentro pode não ser difícil os adversários atraírem Mac Allister e Szoboszlai para os corredores, e mesmo na defesa continuamos a ter algumas dúvidas sobre a colocação de Robertson a central do lado esquerdo e quanto à capacidade de van Dijk de voltar a ser pelo menos 80% do que era antes da sua grave lesão.
    Para nós, o Liverpool está a um médio defensivo de poder entrar realmente na luta pelo título. Um médio como Caicedo (a melhor opção, mas parece ter jurado amor ao Chelsea), Tchouameni ou Thuram e não como Lavia, jogador de potencial gigante mas ainda embrionário e a precisar de ser esculpido. Lembramos ainda que este era o mercado em que os reds sonharam com Bellingham, mas o refinado médio britânico escolheu Madrid.
    Claro está que quem tem Mo Salah (vêm aí números de gente grande do egípcio) e pode rodar Gakpo, Darwin, Jota e Díaz terá sempre a capacidade de colocar os adversários em sentido. E Anfield é um estádio como mais nenhum. 

Treinador: Jürgen Klopp
Onze-Base (3-2-2-3): Alisson; Konaté, van Dijk, Robertson; Alexander-Arnold, Curtis Jones; Mac Allister, Szoboszlai; Salah, Gakpo (Darwin), Luis Díaz (Diogo Jota)

Atenção a: Mohamed Salah, Trent Alexander-Arnold, Alexis Mac Allister, Darwin Nuñez, Dominik Szoboszlai

 MANCHESTER UNITED (4)

    Erik ten Hag já fez o mais difícil. Quando o neerlandês chegou a Old Trafford, o Manchester United precisava de sacrifícios custosos para se poder regenerar, e ten Hag operou-os: descobriu as melhores versões de Rashford e Bruno Fernandes ao retirar Cristiano Ronaldo da equipa, e melhorou a defesa ao substituir o inseguro Maguire pelo pequeno gigante Lisandro Martínez. Este Verão trouxe mais uma decisão ousada: o clube não renovou com De Gea, e apostou em Onana, um guarda-redes que discutirá com Ederson o estatuto de melhor com os pés na Premier League, mas que talvez não seja capaz de fazer algumas defesas por instinto como o internacional espanhol fazia. Mantemos as nossas reticências quanto à troca de GR, mas é inquestionável que o United passará a ser uma equipa mais rápida a circular a bola e mais forte a fugir à pressão alta.
    Mas Onana não foi o único reforço. Ten Hag recebeu ainda Mason Mount (novo camisola 7), o novo parceiro de meio-campo de Casemiro e Bruno Fernandes; e Højlund é o novo ponta de lança dos red devils, uma aquisição que claramente faria o género de Sir Alex Ferguson. O dinamarquês terá que evitar as comparações com Haaland (até o nome convida a isso), algo que prejudicou Darwin na época anterior, e pode ser benéfico o United ainda contratar mais um ponta de lança até dia 31 para proteger o veloz e corpulento avançado ex-Atalanta.
    Num 4-2-3-1 ou 4-1-2-3, dependente da linha em que ten Hag queira ter Mount, o Manchester United caminha no sentido de se tornar uma equipa mortífera em transição, tendo para isso Bruno Fernandes (um dos favoritos para jogador com mais assistências esta época) a lançar jogadores rapidíssimos como Rashford e Højlund. Antony e Jadon Sancho (se ficar) têm que dar muito mais, Garnacho pede cada vez mais minutos, e Amad Diallo merecia ficar no plantel depois do que apresentou no Sunderland.

Treinador: Erik ten Hag
Onze-Base (4-2-3-1): Onana; Wan-Bissaka (Dalot), Varane, Lisandro Martínez, Shaw; Casemiro, Mount; Antony (Garnacho), Bruno Fernandes, Rashford; Højlund

Atenção a: Bruno Fernandes, Marcus Rashford, Rasmus Højlund, Lisandro Martínez, Luke Shaw

 CHELSEA (5)

    E se o 12.º classificado da temporada passada conseguisse qualificar-se para a Champions League um ano depois? Não haveria nada mais Chelsea do que isso.
    Na equipa desilusão de 22/ 23, verdade seja dita, era difícil que o panorama piorasse. A gestão imprevisível de Todd Boehly continua a ser um potencial problema, mas Mauricio Pochettino é senhor para "domesticar" com educação o norte-americano, blindando o balneário e colocando todo o clube a guiar-se pela sua visão e não pelos ideais, quiçá diferentes diariamente, do sucessor de Abramovich como dono do Chelsea.
    Há aproximadamente um ano atrás, escrevíamos que o Arsenal era a equipa que mais nos tinha impressionado na pré-época. Pois bem, o Verão deixou excelentes indicações sobre este Chelsea, que "limpou" a casa e começa a compor uma equipa bem ao jeito do treinador argentino, com muita juventude e fome de deixar uma marca no futebol mundial.
    Depois de gastar mais de 600 milhões na época passada, o clube de Londres tomou o gosto às vendas neste mercado, negociando Havertz, Mount e Kovacic com os rivais, vendendo Pulisic e Loftus-Cheek ao AC Milan e libertando Mendy e Koulibaly para a Arábia Saudita. Nkunku (o nosso reforço favorito desta Premier League, que infelizmente falhará os primeiros meses da competição por lesão) e Nicolas Jackson são os reforços mais impressionantes, juntando-se muitas soluções que já estavam dentro de portas: Poch soube confiar a Colwill a titularidade ao lado de Thiago Silva, Maatsen e Chukwuemeka conquistaram o seu espaço ao ter minutos, e Mudryk já deu ares de que poderá por fim explodir esta temporada.
    Mesmo tendo o clube contratado Sánchez na sua loja preferida de Brighton, é possível que ainda haja mexidas na baliza se Kepa for vendido. Pochettino agradecerá o arranque de campeonato acessível (a 1ª jornada, diante do Liverpool, é difícil, mas depois segue-se um período bom) e a ausência de competições europeias permitir-lhe-á poder efetivamente treinar os seus jogadores e preparar detalhadamente cada jornada. Ainda devem chegar jogadores a Londres - Caicedo será o complemento perfeito para Enzo Fernández - e os ingredientes parecem estar reunidos para uma temporada de significativo crescimento e encurtar de distâncias para o pelotão da frente.

Treinador: Mauricio Pochettino
Onze-Base (4-2-3-1): Kepa; James, Thiago Silva, Colwill, Chilwell; Enzo, Gallagher (Chukwuemeka); Sterling (Maatsen), Nkunku, Mudryk; Nicolas Jackson

Atenção a: Christopher Nkunku, Enzo Fernández, Levi Colwill, Mykhailo Mudryk, Nicolas Jackson

 ASTON VILLA (6)

    Talvez seja exagerado apontar o Aston Villa ao sexto lugar, o que significaria pelo menos duas equipas a vacilarem, mas o clube da cidade de Birmingham tem conseguido reforços muito acima da média, tem em Unai Emery um técnico 100% adequado aos jogadores e à dimensão do clube, e também tem sempre a sua graça arriscar numa semi-surpresa.
    Presentes na Liga Conferência - e muita atenção porque Emery não vai desconsiderar uma competição europeia, sobretudo a partir do formato a eliminar -, os villans poderão rodar mais sem prejuízo em comparação com as equipas presentes na Liga Europa, dada a menor qualidade dos emblemas presentes na Conference. A nível interno, esperamos ver o técnico basco a mudar de sistema tático ao longo dos jogos, e há matéria-prima para jogar em 4-4-2 (tática que pensamos que será o ponto de partida), 4-3-3 ou mesmo em 3-5-2.
    Sem perder ninguém, o Aston Villa acrescentou 3 jogadores ao seu plantel e os três são craques que imaginávamos que tivessem acabado em clubes mais cotados. Youri Tielemans assinou a custo zero, juntando-se a McGinn, Douglas Luiz, Boubacar Kamara, Jacob Ramsey e Emi Buendía como brilhantes opções de meio-campo; Pau Torres reencontrou-se com o treinador que já o orientara no Villarreal, melhorará instantaneamente a saída de bola e a exploração das costas do adversário, podendo funcionar como falso defesa esquerdo até Álex Moreno estar recuperado; e sobre Moussa Diaby até faltam palavras. O Villa conseguiu um jogador que fará tremer os defesas da Premier League com a sua velocidade e capacidade de drible, sendo peça decisiva no puzzle de uma equipa tão inteligente a atrair oponentes e que sabe tão bem quando operar a mudança de velocidade e quando "morder" furtivamente de forma a ter a melhor transição possível. 

Treinador: Unai Emery
Onze-Base (4-4-2): E. Martínez; Cash, Konsa (Mings), Pau Torres, Álex Moreno; McGinn, Kamara (Douglas Luiz), Tielemans, Jacob Ramsey (Buendía); Diaby, Watkins

Atenção a: Moussa Diaby, Ollie Watkins, Pau Torres, Boubacar Kamara, Álex Moreno

 NEWCASTLE (7)

    O Newcastle é uma das 4 equipas inglesas presentes na Liga dos Campeões. A queimar etapas mais rápido do que a Direção e Eddie Howe teriam sonhado, os magpies querem voltar a repetir a façanha, algo que achamos difícil se Liverpool, Chelsea e Tottenham melhorarem todos em relação ao ano passado.
    A melhor defesa da última Premier League - 33 golos sofridos, registo igual ao do Manchester City - continuará uma muralha, com Pope, Trippier, Schär, Botman e Burn a formarem um setor irrepreensível, que terá Livramento como novidade na gestão das posições de lateral direito e esquerdo. Honestamente, pensámos que o Newcastle aproveitaria a sua inesperada presença na liga milionária para apostar forte neste Verão com uma ou duas contratações cabeça-de-cartaz e que nos fizessem levar as mãos à cabeça. Até ver, não aconteceu, mas Sandro Tonali é um reforço que parecia impossível, e Harvey Barnes não tem a fantasia de Saint-Maximin (rumou à Arábia Saudita) mas é bastante provável que some bastantes mais golos e assistências do que o francês.
    Repetir o quarto está ao alcance dos pupilos de Howe, punindo em teoria as novas regras da Premier sobre maximização do tempo útil de jogo este Newcastle, que acabou por ganhar o carimbo de equipa astuta a jogar com o cronómetro, também para respirar e recuperar-se entre períodos de intensidade e agressividade extremas. Bruno Guimarães e Joelinton são um mimo, Almirón quererá mostrar que a temporada passada não foi um feliz acidente, e Isak e Callum Wilson repetirão saudável competição pela vaga de avançado centro.

Treinador: Eddie Howe
Onze-Base (4-3-3): Pope; Trippier, Schär, Botman, Burn; Tonali, Bruno Guimarães, Joelinton; Almirón, Isak (Callum Wilson), Harvey Barnes (A. Gordon)

Atenção a: Bruno Guimarães, Sandro Tonali, Kieran Trippier, Alexander Isak, Harvey Barnes


 TOTTENHAM (8)

    Dos tradicionais Top 6, o Tottenham Hotspur é simultaneamente aquele que tem menos responsabilidades e aquele cuja nossa previsão pode errar mais. Tudo indica, Harry Kane está mesmo de saída para Munique, com exames médicos marcados à hora de publicação deste artigo. O melhor marcador da História dos spurs e da seleção inglesa namorou todo o Verão com os bávaros, viveu os twists de sempre em qualquer negociação que envolva Daniel Levy, e salvo desfecho chocante, a Bundesliga e o Top3 de favoritismo na Liga dos Campeões serão a sua nova realidade.
    Com Kane e os seus 25 a 30 golos garantidos, mais tudo o resto que o completo avançado dá, talvez colocássemos o Tottenham na luta pelo Top5, mas assim é possível adivinhar uma queda para os lugares 7 a 9. Muita coisa depende da abordagem ao mercado pós-Kane, surgindo para já Richarlison como imediato sucessor e estando já contratado o ponta de lança argentino Alejo Véliz. Mas ainda deve chegar mais alguém. Para quem interpreta que Kane desistiu de bater o mítico recorde de Alan Shearer, a verdade é que a 47 golos de distância do feito, Kane pode perfeitamente jogar três épocas na Alemanha e regressar depois à Premier League com 33, a tempo de superar o histórico avançado inglês.
    Mas o Tottenham não é só Harry Kane. Numa temporada em que não há competições europeias (pode pesar favoravelmente, mantendo-se a equipa mais fresca), estamos convictos que os londrinos serão uma das equipas com maior revolução operada. De equipa enfadonha com serial winners (Conte e Mourinho) que só serviram para estragar o ADN do clube, o Tottenham deve transformar-se num corpo de futebol ambicioso, bloco subido, alta percentagem de posse de bola, muitos golos marcados e bastantes também sofridos. O australiano Ange Postecoglou (às vezes o melhor match é um plano C ou D) tentará imprimir a identidade que marcou o futebol do Celtic, algo que pode demorar algumas jornadas, e o 3-4-3 está morto e enterrado, sendo expectável um 4-3-3 com interiores com muita chegada ao ataque e elevado rendimento de Son e Kulusevski na cara do golo. Pessoalmente, estamos curiosos para ver como reorienta Big Ange a sua ideia de jogo usual considerando que Porro e Udogie não são o tipo de laterais que privilegiaria um treinador habituado a ter laterais a jogar por dentro e não tanto a dar largura.
    As contratações mostram que o clube está a pensar bem, destacando-se James Maddison a ter o salto que há muito merecia, e as apostas em Vicario (o mundo do futebol vai delirar com as defesas que o ex-Empoli é capaz) e van de Ven (um central que poderia perfeitamente ser o sucessor de van Dijk no Liverpool, tal é a sua qualidade e margem para crescer). 

Treinador: Ange Postecoglou
Onze-Base (4-3-3): Vicario; Pedro Porro, Romero, van de Ven, Udogie; Skipp, Bissouma, Maddison; Kulusevski, Son, Richarlison

Atenção a: Son Heung-Min, James Maddison, Richarlison, Guglielmo Vicario, Micky van de Ven

 BRIGHTON (9)

    Em vários momentos da temporada passada, o Brighton foi a equipa que nos deu mais gozo ver na Premier League. O City de Pep e o Arsenal de Arteta foram evidentemente mais fortes, mas os seagulls cativaram o adepto neutro com o seu futebol apoiado, veloz, pressionante e teimoso. Roberto De Zerbi melhorou a equipa, tornando os reis do xG desperdiçado num ataque de mão cheia, e com o tempo acabaremos por ver os melhores treinadores do mundo a copiarem algumas das ideias do italiano.
    Como sempre, o Brighton é renovação e crescimento constante. Depois do espetacular 6.º lugar, chegou o momento de vender o campeão do mundo Mac Allister ao Liverpool, e está visto que Moisés Caicedo (Chelsea ou Liverpool?) também dirá adeus por um valor recorde. Saindo o equatoriano, o Brighton passará a ter libras para distribuir por 2 ou 3 craques, e já todos sabemos a magia de que este clube é capaz na hora de descobrir os jogadores certos para potenciar.
    A presença na Liga Europa pode ser um contra, forçando o Brighton a jogar às quintas-feiras e ao fim-de-semana, embora o plantel seja profundo e equilibrado na diferença entre titulares e suplentes, sobretudo nas posições da frente.
    De Zerbi diz que a baliza ficará 50% para Steele, 50% para Verbruggen, e na defesa Estupiñán é capaz de melhorar a sua produtividade ofensiva. Pascal Gross continuará com um heat map de jogador total e, num plantel onde Milner e Lallana serão vozes firmes no balneário, Gilmour pode viver a sua temporada de afirmação. No ataque, é um fartote. March e o driblador nato Mitoma foram os destaques em 22/ 23, mas na nova temporada há que ter em conta o super reforço João Pedro, o irresistível Enciso, o rapidíssimo Adingra (brilhou na Summer Series) e ainda Evan Ferguson, um avançado que reúne todas as características para se tornar um dos grandes da Premier League.
    Há Caicedo por definir, há reforços por chegar (Kudus e Koopmeiners seriam um sonho) e atrevemo-nos a dizer que, se o Brighton voltar a encantar, De Zerbi será um dos treinadores com mais pretendentes daqui a um ano. A presença nas competições europeias pode retirar algum oxigénio e alguns quilómetros percorridos por jogo, o que nos leva a apontar a equipa a uma posição entre sexto e nono.

Treinador: Roberto De Zerbi
Onze-Base (4-2-3-1): Steele (Verbruggen); Veltman, Dunk, Webster (Igor), Estupiñán; Gross, Gilmour; March (Enciso), João Pedro, Mitoma; Evan Ferguson

Atenção a: João Pedro, Julio Enciso, Kaoru Mitoma, Evan Ferguson, Billy Gilmour

 WEST HAM (10)

    O West Ham é possivelmente a equipa destas 20 cuja previsão da classificação final mais depende do que o mercado fizer chegar ao Olímpico de Londres neste mês de Agosto. Os hammers têm David Moyes em conflito com a Direção, alegadamente por diferenças na prospeção (Moyes quer elementos da Premier e o novo diretor técnico, o ex-Leverkusen Tim Steidten, quer atrair jogadores do estrangeiro) e de facto preocupou a demora na falta de assertividade na contratação de 3 ou 4 jogadores de craveira e impacto imediato no 11, consequência inevitável depois do clube vender Declan Rice ao Arsenal por 116 (!) milhões de euros. O sucessor do camisola 41 está encontrado e é o mexicano Edson Álvarez, ex-Ajax.
    Numa certa esquizofrenia entre o aborrecimento interno e o brilho europeu, o West Ham continua presente nas competições europeias (Liga Europa) por ter vencido a última Liga Conferência. E já na temporada anterior a campanha europeia fora notável, com Rice, Bowen e companhia a serem eliminados nas meias-finais da LE.
    Novamente com a condicionante do futebol europeu, que força viagens, distribuição de minutos e uma profundidade de opções impróprias para um plantel algo curto como este, o West Ham vai tornar-se tudo indica o posto de reabilitação de Harry Maguire (o Manchester United já aceitou a proposta), que pode levar consigo o seu colega McTominay, e será sempre um bónus contar com um dos melhores cobradores de bolas paradas no mundo, James Ward-Prowse, cuja oficialização também deve estar para breve.
    A completa adaptação de Lucas Paquetá (ironicamente pode ir parar ao campeão City) ao futebol britânico pode ser uma das cartadas fortes para 23/ 24, e Bowen estará em princípio a entrar nos melhores anos da sua carreira. Falta um goleador a este West Ham, que desistiu de Scamacca mas acredita no prodigioso e possante Divin Mubama, e o 10.º lugar a que apontamos os hammers baseia-se fundamentalmente na confiança que as últimas semanas do mercado darão a Moyes os jogadores (Maguire, Ward-Prowse, etc) que tanto deseja para colocar as suas ideias em prática.

Treinador: David Moyes
Onze-Base (4-3-3): Fabianski; Coufal, Zouma, Aguerd, Emerson; E. Álvarez, Downes, Lucas Paquetá; Bowen, Benrahma, Michail Antonio

Atenção a: Lucas Paquetá, Jarrod Bowen, Edson Álvarez, Said Benrahma, Nayef Aguerd

 BRENTFORD (11)

    Ivan Toney. Ironicamente, vemo-nos forçados a apostar que o avançado inglês de 27 anos, autor de 34% dos golos do Brentford em 2022/ 23, será vilão fantasma e herói a meio da viagem, cumprido o castigo do vício.
    Com Thomas Frank, os bees são uma das equipas mais certinhas da Premier League, um conjunto hábil a adaptar-se aos oponentes e letal perante o desmazelo ou desinspiração adversária. Mas com Ivan Toney tão central a todo o processo, não só pelo que produz (20 golos em 22/ 23) como pela capacidade de permitir à equipa respirar e subir quando segura o esférico e temporiza de costas, o Brentford pode sofrer com saudades da sua figura até que a suspensão termine.
    O calendário inicial das abelhas de Londres pode ajudar a ganhar confiança e esquecer quem não está, mas em todo o caso 16 de Janeiro de 2024 (fim da suspensão de Ivan Toney) será uma data na cabeça de todos os adeptos do clube.
    A boa organização, defesa comunicativa e meio-campo inteligente, da única equipa que venceu o Manchester City nas duas voltas no ano em que os cityzens arrecadaram o triplete, chegam para considerarmos o Brentford um dos candidatos ao primeiro posto abaixo dos 9 mais fortes. Mbeumo, Wissa e Schade terão que dizer presente na ausência de Toney, e o neerlandês Mark Flekken (nos últimos anos foi insistentemente um dos guarda-redes com maior consistência na Bundesliga) terá que estar à altura dos desempenhos heroicos de Raya.


Treinador: Thomas Frank
Onze-Base (3-5-2): Flekken; Collins, Mee, Pinnock; Hickey, Jensen, Norgaard, Janelt, Rico Henry; Mbeumo, Wissa (Toney)

Atenção a: Bryan Mbeumo, Mark Flekken, Ivan Toney, Yoane Wissa, Rico Henry

 FULHAM (12)
    

    O Fulham de Marco Silva foi 10.º classificado na temporada passada e, caso mantenha os seus dois melhores jogadores, tudo leva a crer que possa repetir uma campanha similar.
    O técnico português, rotulado ao longo da sua carreira como infiel aos seus clubes e projetos, rejeitou os milhões da Arábia Saudita, e torcerá para que Mitrovic faça o mesmo. Há uma época do Fulham com Mitrovic e João Palhinha, e uma outra bem diferente sem eles, ultra dependente do brutal acerto na abordagem ao mercado na busca dos seus eventuais sucessores.
    Até agora, os cottagers ainda não perderam ninguém e receberam sim o central/ lateral Calvin Bassey e o mexicano Raúl Jiménez, uma ótima opção se o virmos como o 1.º avançado para sair do banco mas uma opção manifestamente insuficiente se por acaso for o substituto de Mitrovic. Willian prolongou a sua estadia no Craven Cottage mas, duas semanas depois desse anúncio oficial, chegou a acordo com os sauditas do Al-Shabab.
    Um dos clubes mais afetados pelos pontos de interrogação e cifrões vindos do Médio Oriente, o Fulham desespera pelo fecho do mercado. Uma temporada tranquila é a nossa expectativa, mantendo o clube um excelente guarda-redes como Bernd Leno, uma dupla de médios fantástica e equilibrada (Palhinha e Reed) e jogadores como Andreas Pereira e Harry Wilson (Silva quer o galês com a confiança que o levou a somar 20 assistências há dois anos) podem sempre fazer a diferença, estando em vias de acontecer um negócio com Adama Traoré, o extremo velocista com óleo de bebé nos bíceps.

Treinador: Marco Silva
Onze-Base (4-2-3-1): Leno; Tete, Tosin, C. Bassey (Diop), A. Robinson; João Palhinha, H. Reed; Harry Wilson, Andreas Pereira, Willian; Mitrovic (Raúl Jiménez, Carlos Vinícius)

Atenção a: João Palhinha, Aleksandr Mitrovic, Bernd Leno, Harry Wilson, Andreas Pereira

 CRYSTAL PALACE (13)

    Se ao ver o West Ham será estranho não ver Declan Rice, ver um jogo do Crystal Palace e não descobrir Wilfried Zaha (uma vida inteira nos eagles) na asa esquerda será certamente desconcertante.
    Novamente com Roy Hodgson (75 anos) no comando técnico, o clube londrino tem "meio da tabela" escrito na testa, podendo oscilar em sentido ascendente ou descendente um par de posições de acordo com o desfecho do dossier Olise - o extremo francês tem pretendentes mas está atualmente lesionado, o que pode contribuir para o adiar de uma transferência para um colosso, algo que acabará por acontecer mais cedo ou mais tarde.
    A rigidez do usual 4-3-3 deve dar lugar a um marcado 4-2-3-1 possibilitado pela aquisição de Lerma. O colombiano ex-Bournemouth é um reforço muito relevante, quer pela forma como ajudará Doucouré em tarefas defensivas, quer pela forma como essa dupla libertará por completo o mágico Ebe Eze, com o 10 à beira de "explodir" no futebol inglês, podendo facilmente tornar-se o melhor jogador fora dos grandes emblemas, estatuto que pertenceu durante algum tempo a James Maddison.
    Hodgson prefere Johnstone a Guaita, a defesa mantém-se a 100% e Andersen-Guéhi é uma dupla de qualidade certificada. Veremos quanto tempo precisa Matheus França para se ambientar e entrar no ritmo da Premier, e os adeptos torcerão para que entre Édouard e Mateta um deles embale em termos de golos. 

Treinador: Roy Hodgson
Onze-Base (4-2-3-1): Johnstone; Joel Ward, J. Andersen, Guéhi, Mitchell; Doucouré, Lerma; Olise (Ahamada), Eze, Matheus França; Edouard

Atenção a: Eberechi Eze, Michael Olise, Cheick Doucouré, Odsonne Édouard, Matheus França

 BURNLEY (14)

    O Burnley de Vincent Kompany (exímio comunicador e um líder nato capaz de inspirar os seus, homem de poucas horas de sono e obcecado pelo seu trabalho) passeou no Championship, fechando a época com 101 pontos. Madrugador na pré-época - ainda não tinha sido jogada a final da Liga dos Campeões e já os clarets estavam em exames médicos e estágio - o Burnley surgirá nesta Premier League irreconhecível para os mais desatentos, que podem pensar que este Burnley permanece aquela equipa limitada, ultra defensiva e fortemente orientada para o jogo direto. Kompany operou uma mudança de 180 graus e o Burnley é hoje uma equipa fluida, com jogadores polivalentes e capazes de interpretar várias posições. O ataque é dinâmico e pouco estático e os defesas têm que saber sair a jogar com confiança e qualidade. Kompany é pupilo de Guardiola, e isso vê-se em campo.
    A supremacia no segundo escalão deixou-nos inicialmente convictos que este Burnley seria capaz de disputar lugares com o West Ham, Crystal Palace, Brentford e Fulham a meio da tabela, mas o defeso tem deixado algo a desejar. Primeiro, o clube não conseguiu garantir em definitivo jogadores fulcrais que estavam apenas emprestados (Maatsen convenceu Pochettino no Chelsea, o Southampton não libertou Nathan Tella, máximo goleador deste Burnley na época passada, e mesmo Harwood-Bellis, que ainda não definiu o seu futuro até à data, atraiu maior nº de interessados ao capitanear a seleção inglesa campeã europeia de Sub-21).
    Pela positiva, Kompany recebeu Beyer (central muito elegante em posse) em definitivo, encontrou em Amdouni um avançado muito mais interessante do que aqueles que serviram a equipa no Championship, Berge é um fantástico complemento para Cullen e o guardião James Trafford chega em altas depois de ser um dos destaques do Euro Sub-21, mas terá que destronar Muric. Em paralelo, as aquisições em simultâneo de Redmond e Townsend deixam-nos de pé atrás por parecer que o Burnley está a tentar muitas coisas ao mesmo tempo, e o balneário pode ressentir-se.
    Não há Tella ou Maatsen como gostaríamos mas há Josh Brownhill, o jogador mais completo e peça central em todo o jogo dos clarets, e nos flancos a vertigem de Zaroury e as diagonais da direita para o centro de Manuel Benson podem marcar esta Premier League.

Treinador: Vincent Kompany
Onze-Base (4-2-3-1): Trafford (Muric); Roberts, O'Shea, Beyer, C. Taylor; Cullen, Berge; Manuel Benson, Brownhill, Zaroury; Amdouni

Atenção a: Josh Brownhill, Manuel Benson, Zeki Amdouni, Anass Zaroury, James Trafford

 BOURNEMOUTH (15) *


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Antevisão da Premier League 2023/ 24

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