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Balanço Final - Premier League 22/ 23

 Premier League - Pelo 3.º ano consecutivo e pela quinta vez nas últimas 6 temporadas, Inglaterra é azul celeste. O Manchester City de Pep Guardiola não perdoou e, com uma máquina de golos norueguesa importada da Alemanha na frente de ataque, assaltou o 1.º lugar, posição que o entusiasmante mas muito jovem Arsenal de Mikel Arteta ocupou desde a jornada 3 até à 33 (248 dias na liderança).

    O tricampeonato do City foi assim, durante largo período, um conto de fadas para os gunners. Os vermelhos e brancos de Londres cresceram a olhos vistos (o facto do Arsenal ter deixado escapar o título no fim faz com que muitos adeptos se esqueçam que, no começo da época, nem todos apontavam o Arsenal ao Top-4) e terão aprendido uma lição, percebendo que quando se tem como adversário Pep e este City, a perfeição e a total ausência de deslizes é a única chance de sucesso. Nos jogos entre ambos, foi sempre evidente a superioridade da turma de Manchester, que poderia ter sido insuficiente caso os gunners fizessem a sua parte nos restantes jogos. Quem já esteve nestas andanças admite sempre que na reta final os pontos custam mais: nas 10 jornadas finais, o Arsenal venceu apenas 3; o Manchester City festejou o título no sofá mas chegou a contar 12 vitórias consecutivas até poder entrar em campo como campeão.

    Os mais limitados, ou mais preguiçosos na análise futebolística, chegaram a dizer que este Manchester City era mais fraco com Erling Haaland. É certo que a "aparição" de um robô de finalização impiedosa mudou a Equipa. No período inicial de adaptação, quando a fluidez dos restantes 10 procurava casar da melhor maneira com o 9 que parecia faltar a este City, os números de Haaland iam aparecendo na mesma. Mas com vários jogadores em subrendimento e notáveis variantes tácticas impossibilitadas (Zinchenko deixou de contar como lateral capaz de atuar como interior, e a meio da época João Cancelo mudou-se para Munique, hipotecando a 100% esse hábito de 21/ 22), Pep voltou a fazer das suas, encontrando a fórmula certa - o 3-2-2-3 ou 3-2-4-1, como se preferir ver, com John Stones adaptado a médio e várias vezes com quatro centrais de origem (a liderança de Rúben Dias, intocável no 11 na reta final, fez a diferença) ao mesmo tempo no onze, foi o esquema adequado para garantir uma equipa dominante, equilibrada, sempre ligada e mais ajustada às características do seu novo goleador (Haaland também evoluiu muito nessa adaptação recíproca, limando a sua capacidade a jogar em apoio e na alternância entre ser predador na área ou explorador da profundidade).

    Mas, claro, o campeonato não foi só Manchester City e Arsenal. Erik ten Hag, sem ser um dos 5 principais treinadores desta edição, foi sem dúvida aquele que soube ultrapassar os obstáculos internos mais difíceis (se os dossiers Cristiano Ronaldo e Harry Maguire não tivessem sido tão bem geridos, dentro do que era possível ao neerlandês, os red devils jamais teriam terminado em 3.º) e o novo rico Newcastle, super-astuto nas suas aquisições, garantiu um lugar na próxima Champions, aproveitando as épocas fracas de Liverpool, Chelsea (mais de 600 milhões gastos para acabar em 12.º) e Tottenham (Harry Kane, sempre e quase só Harry Kane) para queimar etapas.
    Bom futebol esteve sempre garantido quando o Brighton de De Zerbi esteve em campo, numa edição em que nenhuma das 3 equipas recém-promovidas foi ao fundo, deixando essa despromoção para Southampton, Leeds United e Leicester City (se nos dois primeiros casos, a descida é consequência de algum tempo a viver no limite, a queda do Leicester é chocante, tratando-se de uma equipa que nas três épocas anteriores terminara sempre entre o 5.º e o 8.º lugares). Burnley, Sheffield United e Luton Town estão a caminho da Premier League 23/ 24.

    Acompanhem-nos então numa análise à época das 20 equipas da Premier League, sistematizando ideias-chave, o que correu bem, o que correu mal, quem brilhou e quem desiludiu:



 MANCHESTER CITY (1)

    Premier League, Liga dos Campeões e FA Cup. O Manchester City conquistou o tão desejado triplete num 2023 incrível em que os cityzens, por via do lugar na História garantido em Istanbul, verão finalmente valorizadas as 5 ligas inglesas (três consecutivas, e em busca da próxima) em 6 anos.
    A correr atrás do Arsenal, o City teve vários acidentes de percurso (derrota caseira frente ao Brentford antes da pausa para o Mundial, derrota em Old Trafford e novamente incapacidade de marcar golos em casa do Tottenham) mas a equipa manteve-se viva e focada. Com Erling Haaland (36 golos, um recorde na Premier League, para o sorridente e implacável norueguês de 22 anos) a recomendar uma adaptação do futebol da equipa, excepto a Kevin de Bruyne que com Haaland viveu um amor futebolístico à primeira vista, Pep soube pensar e reagir às implicações na alteração da dinâmica de não ter Sterling e Jesus, ou Zinchenko e Cancelo, e ao longo da época (contrariamente a Klopp, por exemplo, que demorou muito a fazê-lo) não se coibiu de promover tentativa e erro.
    Teve Rico Lewis no onze, chegou a ter Bernardo Silva a fechar defensivamente à esquerda, mas foi no momento em que estabilizou o seu 3-2-4-1 / 3-2-2-3 que Guardiola encontrou as respostas para tudo - um onze seguro na retaguarda, ocasionalmente com 4 centrais de origem ao mesmo tempo em campo, John Stones adaptado ao lado de Rodri (jogador mais insubstituível deste City?), largura dada por Grealish (que salto qualitativo no tradicional 2.º ano com Pep) e Bernardo/ Mahrez, e muita liberdade para KDB e Gündogan estarem perto de Haaland, que também aprimorou o seu jogo em função dos colegas.
    Em 2024 o City quer o tetracampeonato (desde que a Premier League é Premier League, ou seja desde 1992, nunca ninguém o conseguiu) e Haaland quererá chegar aos 40. Há sempre fome para um pouco mais.

Destaques: Erling Haaland, Kevin De Bruyne, Rodri, John Stones, Jack Grealish


 ARSENAL (2)

   Jamais aceitaremos olhar para esta época do Arsenal como um falhanço, como a época em que os gunners deixaram o título escapar para o City. 2022/ 23 foi uma época de rendimento brutal e surpreendente por parte do Arsenal de Mikel Arteta, uma época em que uma equipa de jovens ousou acreditar e excedeu expetativas fim-de-semana atrás de fim-de-semana. No fim, ganhou a melhor equipa do futebol mundial na atualidade, experimentada e com "estofo" diferente na fase em que os pontos custam mais a conquistar. Mas este Arsenal fez suar o genial Manchester City, o City do triplete.
    Com muito dedo de Arteta (o 4-3-3 desta época contou, desde cedo, com Ben White adaptado a lateral direito, Zinchenko a jogar por dentro, e Xhaka a incorporar-se mais no ataque), o Arsenal fez os seus adeptos sonhar. Martin Odegaard, Gabriel Martinelli e Bukayo Saka têm personalidade e futebol que nunca mais acaba, e ficará para sempre o "e se..." relativamente às lesões contraídas por Gabriel Jesus, que o afastou durante largo período sem que os resultados caíssem sobremaneira, e Saliba, numa reta final em que a ausência do central francês coincidiu com a morte na praia dos londrinos.
    Acima de tudo, os jogos do Arsenal esta época foram sempre entretenimento. Vitórias ao cair do pano com "estrelinha", superioridade nos quatro derbies contra Tottenham e Chelsea, embates abertos e imprevisíveis com o Liverpool, e duas voltas bem distintas contra Brighton e United. Contra o líder Manchester City, não houve margem para discussão: duas derrotas, por 3-1 e 4-1.
    Ficam as memórias, a aprendizagem, a ousadia e a evolução.

Destaques: Martin Odegaard, Gabriel Martinelli, Bukayo Saka, Thomas Partey, Granit Xhaka


 MANCHESTER UNITED (3)

    A luta foi sempre entre Manchester City e Arsenal, mas não se deve desmerecer a fantástica época de estreia do neerlandês Erik ten Hag no Manchester United. Os red devils venceram a Taça da Liga, foram finalistas derrotados na FA Cup e na Liga Europa só um bizarro final de partida em Old Trafford com o Sevilha (duas lesões graves e dois auto-golos) impediu a equipa de sonhar com um percurso europeu mais duradouro.
    ten Hag não tinha missão fácil, mas soube gerir da melhor maneira, tanto quanto foi possível, a retirada de Cristiano Ronaldo e Harry Maguire do onze, uma tomada de posição corajosa mas essencial para que o clube mais titulado de Manchester crescesse.
    Fortíssimos em casa (15 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota, na jornada inaugural contra o Brighton, em 19 partidas) mas irreconhecíveis fora (12 equipas somaram mais pontos que os red devils fora), estes diabos tudo farão por esquecer 3 capítulos (6-3 em casa do City, 7-0 em Anfield e 4-0 no reduto do Brentford) e tentarão lembrar-se de 22/ 23 como a época em que Marcus Rashford se fartou de jogar à bola, em que Bruno Fernandes (mais de 5.000 minutos) evoluiu muito no capítulo da decisão, em que Casemiro melhorou todos à sua volta e em que Lisandro Martínez provou que a altura é totalmente secundária na avaliação de um defesa central.

Destaques: Marcus Rashford, Bruno Fernandes, Casemiro, Lisandro Martínez, Luke Shaw


 NEWCASTLE (4)

    Mais cedo do que certamente os donos sauditas e a equipa técnica chefiada por Eddie Howe previam, o Newcastle está na Liga dos Campeões. Com cabecinha na hora de aplicar o muito dinheiro (Bruno Guimarães, Botman e Isak são 3 contratações que mostram a sapiência no ataque ao mercado), o Newcastle queimou num ano etapas que se esperava que queimasse em 2 ou 3, e para isso muito contribuiu a solidez defensiva da equipa de St. James' Park.
    Com 33 golos sofridos, os magpies foram a melhor defesa do campeonato a par do campeão Manchester City. Pope, Trippier (extraordinária regularidade), Schar, Botman e Burn formaram um quinteto à prova de bala, e a equipa de Howe soube fazer valer o fator casa (apenas o Manchester United conseguiu um melhor registo caseiro), recuperando um futebol por vezes "duro", desconfortável para os adversários, com o qual os locais se identificam.
    Finalista vencido na Carabao Cup, o Newcastle não conseguiu encontrar o antídoto para Liverpool, Manchester City (que jogão aquele 3-3!) e Arsenal, aplicando porém chapa 4 e chapa 5 a várias equipas, sem esquecer aquele vendaval de futebol (6-1) contra o Tottenham, em que aos 21 minutos já tinham sido marcados 5 golos.
    Com Trippier, Botman, Pope, Bruno Guimarães e o goleador Callum Wilson em destaque, sem esquecer aquele inolvidável ziguezague de Isak em Goodison Park, a assistir Jacob Murphy, o Newcastle está forte e promete continuar a sua evolução. Temos muita curiosidade para acompanhar o defeso dos magpies este Verão...

Destaques: Kieran Trippier, Sven Botman, Nick Pope, Bruno Guimarães, Callum Wilson

 LIVERPOOL (5)

    No duelo de teimosia entre o génio Guardiola e o quase-génio Klopp, o alemão mostrou-se mais casmurro, e o Liverpool perdeu-se na insistência de tentar replicar um modelo do passado para o qual esta época não havia dignos intérpretes.
    O Liverpool terminou a época em quinto lugar, a 4 pontos do Top-4 (objetivo mínimo), mas durante grande parte do campeonato os reds estiveram bem mais perto do meio da tabela, convivendo de perto com o horrendo Chelsea. Numa época em que Anfield assistiu a um 9-0 frente ao Bournemouth e a um chocante 7-0 frente ao Manchester United, a irregularidade foi o denominador comum a quase todos os meses de competição dos reds. Jürgen Klopp contou com Alisson num nível soberbo, mas a linha defensiva esteve regularmente atroz, demorando o clube a encontrar uma fórmula satisfatória para o meio-campo (setor que, logicamente, será bastante reforçado neste Verão) e faltando estabilidade no ataque - as lesões de Luis Díaz e Diogo Jota dificultaram, obrigando Darwin (que nesta 1.ª época precisava de ser mais vezes suplente do que titular) a ter um estatuto que o uruguaio precisava de conquistar aos poucos.
    Com muitos erros individuais atrás e demora a construir harmonia e uma boa simbiose ofensiva na frente, o Liverpool ficou sem Champions. Mo Salah (19 golos e 12 assistências) só esteve verdadeiramente ao seu nível na 2.ª volta, Alexander-Arnold passou a pisar o meio-campo com maior frequência, Bajcetic apareceu, Curtis Jones evoluiu, e só o tempo dirá, entre Gakpo, Jota, Díaz e Darwin qual a melhor dupla para suceder a Mané e Firmino na companhia ao egípcio preferido da cidade dos Beatles.

Destaques: Alisson, Mohamed Salah, Trent Alexander-Arnold, Diogo Jota

 BRIGHTON (6)

    A equipa sensação da Premier League 2022/ 23. No primeiro escalão do futebol inglês desde 2017, o Brighton & Hove Albion tem mostrado como se deve gerir um clube de futebol - as gaivotas têm uma tremenda rede de olheiros, descobrindo talento e adquirindo jovens promessas por valores modestos, têm sabido vender os jogadores apenas no momento certo e em 22/23 evoluíram em 3 aspetos determinantes, numa mudança de homem do leme que não se antevia simples.
    Ora, o Brighton perdeu Graham Potter, então treinador da moda em Inglaterra, para o Chelsea, o menino rico do recreio que quer os brinquedos de todos os outros. Com a saída de Potter, chegou um feiticeiro ao clube - o italiano Roberto De Zerbi, elogiadíssimo por Pep Guardiola, fez o clube crescer, tornando a equipa muito mais eficaz (o Brighton de Potter ficava sempre a milhas do seu xG), com uma saída de bola fértil em soluções, enchendo o olho e cativando os adeptos neutros.
    A qualificação para a Liga Europa foi, assim, uma consequência natural. O Falmer Stadium deliciou-se pela última vez com Mac Allister e Caicedo, trocou os olhos com os dribles imaginativos do nipónico Mitoma, impressionando ainda a regularidade de Estupiñán (quem é o Cucurella?) e Gross, e ficando óbvio que jovens como Evan Ferguson e Enciso têm muito para dar ao clube nos próximos anos.

Destaques: Moisés Caicedo, Alexis Mac Allister, Kaoru Mitoma, Pervis Estupiñán, Pascal Gross

 ASTON VILLA (7)

    Em Agosto passado, escrevíamos que o Aston Villa, com o seu plantel, tinha obrigação de discutir a primeira posição pós Top-6 (assumindo que os favoritos cumpriam, coisa que esteve bem longe de acontecer). Efetivamente, o Aston Villa acabou em 7.º, mas Unai Emery despertou uma equipa que estava a roçar a banalidade, desaproveitada e descrente, com Steven Gerrard.
    Quando o espanhol ex-Villarreal pegou na equipa, os villans estavam em 13.º a seis pontos da descida. Resultado final: 7.º lugar, com qualificação europeia, a 10 pontos dos lugares de Champions.
    Birmingham rendeu-se a Emery, e não é para menos. Desde que assumiu a equipa em Novembro, apenas Liverpool, Arsenal e os rivais de Manchester somaram mais pontos.
    A boa reta final fez esquecer o gigante flop que foi Coutinho, e o peso que poderiam ter tido as lesões de Boubacar Kamara e Diego Carlos. Emi Martínez realizou uma boa segunda volta, motivado depois de se sagrar campeão do mundo, no miolo Ramsey, Douglas Luiz e McGinn subiram todos um degrau, e Ollie Watkins esteve intratável (entre Janeiro e Abril teve uma sequência de 11 golos apontados em 12 jogos).

Destaques: Ollie Watkins, Jacob Ramsey, John McGinn, Douglas Luiz, Emi Martínez

 TOTTENHAM (8)

    Para uma equipa que ficou no Top-4 em 5 das 7 épocas anteriores a esta, este oitavo lugar do Tottenham é uma queda abrupta. O momento é difícil e delicado no Norte de Londres: os spurs viram Newcastle, Brighton e Aston Villa instalarem-se entre a elite da Premier League e o grande rival Arsenal quase foi campeão. Além de tudo isto, Harry Kane termina contrato em 2024 e Ange Postecoglou (muito boa aposta, se houver tempo e paciência para as dores de crescimento) não estava em princípio entre os treinadores prioritários para Daniel Levy.
    Pensámos que no Ano 2 de Antonio Conte, os spurs poderiam incomodar o City nos lugares cimeiros. Mas o que se viu foi um desastre. O italiano pareceu sempre farto, porventura desagradado com a falta de ambição e de capacidade para garantir reforços fundamentais, e o seu Adeus (é quase irrelevante falar do período posterior, com o Tottenham entregue a Stellini e a Mason) deverá significar, esperamos, o fim do sistema de 3 centrais e a tentativa de imprimir à força uma mentalidade vencedora à custa da identidade e futebol vistoso que sempre foi, romanticamente, a imagem do melhor Tottenham.
    Lloris pôs fim a 11 anos no clube, Son Heung-Min caiu a pique depois de ter sido um dos 3 melhores jogadores da Premier League anterior, Richarlison apresentou-se como sério candidato a flop da época, e Kulusevski não explodiu como imaginávamos que fosse acontecer.
    Num mar de desilusões e jogadores em subrendimento, emergiu como sempre o brilho teimoso de Harry Kane. O camisola 10 do Tottenham marcou 30 golos, sendo responsável por 43% dos golos da equipa e marcando inclusive num maior número diferente de jornadas do que Erling Haaland. Focado em perseguir o recorde mítico de Alan Shearer, Kane não deve sair terras de Sua Majestade: fica no clube e sai livre em 2024 ou faz as malas este Verão? É o principal dilema dum clube a virar a página e a mudar o paradigma.

Destaques: Harry Kane, Rodrigo Bentancur, Pierre-Emile Hojbjerg

 BRENTFORD (9)

    Pé ante pé, o Brentford instala-se entre os melhores de Inglaterra (13.º na época de regresso à Premier, 4 posições acima este ano). Comecemos pela principal curiosidade das abelhas em 2022/ 23: numa época inesquecível para o Manchester City, vencedor do triplete, a equipa de Thomas Frank poderá gabar-se para sempre de ter derrotado os cityzens nas duas voltas deste campeonato (2-1, com bis de Ivan Toney, no Etihad, e um 1-0 na derradeira jornada).
    Ao contrário de outras equipas, a subida de patamar competitivo do Brentford não se fez pelo impacto dos seus reforços. Lewis-Potter esteve lesionado quase toda a época, Hickey e Damsgaard não se afirmaram como indiscutíveis, e Strakosha não teve hipóteses com Raya. Ben Mee, central ex-Burnley adquirido a custo zero, foi o único reforço digno desse nome.
    As soluções já estavam todas em casa. David Raya foi um dos guardiões desta Premier, apresentando uma % de remates defendidos superior a todos os colegas de posição, Pinnock entendeu-se às mil maravilhas com Mee, Mbeumo fechou a temporada com números muito interessantes (9 golos e 8 assistências), Wissa chegou aos 7 e foi mais vezes suplente utilizado do que titular, e os fiáveis Jensen, Norgaard e Henry acrescentaram sempre qualidade e critério.
    Mas falar deste Brentford 22/ 23 é, invariavelmente, falar de Ivan Toney. O ponta de lança inglês chegou aos 20 golos, foi um autêntico talismã da equipa e seguramente um dos 12-15 melhores jogadores desta edição. Suspenso até Janeiro, devido ao escândalo de apostas desportivas, será uma baixa tremenda para Thomas Frank.

Destaques: Ivan Toney, David Raya, Bryan Mbeumo, Ben Mee, Ethan Pinnock

 FULHAM (10)
    

    Os campeões do Championship, com 90 pontos e mais de 100 golos marcados (43 deles por Mitrovic), regressaram à Premier League, não cometeram as gaffes recentes (contratar um camião de jogadores, destruindo em absoluto o ADN do elenco promovido) e conseguiram assim uma época super tranquila, em que mais vezes se falou de assalto aos lugares europeus do que risco de cair em zona de aflitos.
    Marco Silva passou a ser o único treinador português na Liga mais mediática da atualidade, e é inequívoca a valia do seu trabalho (não gostámos de muita coisa no Watford e no Everton, mas este Fulham é um match perfeito para as suas ideias, tal como o Hull era em parte há uns anos atrás), afinando ligeira e sabiamente a equipa na subida de escalão. Impressionou neste Fulham, entre outras coisas, o excelente registo fora de portas - 6.ª equipa com melhor aproveitamento, apenas atrás de Arsenal, Man City, Newcastle, Brighton e Man United.
    Aleksandar Mitrovic passou de 43 golos no Championship para 14 golos na Premier League, embora deva ser referido que esteve suspenso 8 jogos, na sequência do seu episódio com o árbitro Chris Kavanagh em Old Trafford (ponto mais baixo da época dos cottagers, nos quartos-de-final da FA Cup, com vários elementos a perderem a cabeça sem justificação). Bernd Leno (custou menos de 4 milhões) dotou a equipa de muita segurança, Andreas Pereira foi uma boa opção de casting para interpretar, à sua maneira, o que Fábio Carvalho dava, e João Palhinha surpreendeu tudo e todos. Em Portugal já conhecíamos a qualidade do ex-Sporting, mas o médio defensivo luso cresceu muito, justificando novo salto para um emblema com outras aspirações, e perdendo em Inglaterra esta época nos médios defensivos apenas para Rodri e Thomas Partey. 

Destaques: João Palhinha, Aleksandar Mitrovic, Bernd Leno, Andreas Pereira, Willian

 CRYSTAL PALACE (11)

    Quando em Agosto de 2022 fizemos a Antevisão desta Premier League, apontámos o Crystal Palace precisamente ao 11.º lugar. Foi, diga-se de resto, a única equipa que acertámos além do primeiro classificado Manchester City.
    Para os eagles, esta época foi uma espécie de penso rápido, saindo a Direção premiada depois de uma das decisões mais cobardes da temporada (Patrick Vieira foi despedido antes do clube iniciar uma sequência de jogos contra Leicester, Leeds, Southampton, Everton, Wolves e West Ham, período em que era expectável que a equipa "desse a volta").
    Roy Hodgson (75 anos) interrompeu a reforma para mudar o destino do clube, que orientara entre 2017 e 2021. E assim foi, com ajuda do calendário acessível.
    A equipa londrina não brilhou no seu todo, mas sobressaíram Michael Olise (o francês de 21 anos somou 11 assistências) e, acima de todos, Eberechi Eze, já internacional A por Inglaterra e que parece estar "no ponto" para partir a loiça toda na próxima edição.

Destaques: Eberechi Eze, Michael Olise, Cheick Doucouré

 CHELSEA (12)

    A época de 2022/ 23 do Chelsea, a maior desilusão desta Premier League, foi um compêndio de como não se deve gerir um clube. Os blues gastaram 611 (!) milhões - para efeitos de comparação, o clube mais gastador a seguir foi o Manchester United com 243 milhões de euros - e tudo para acabar num vergonhoso 12.º lugar, a pior classificação do clube desde 1994.
    É certo que o Chelsea tem fama de alternar entre o céu e o inferno (entre 2015 e 2017, por exemplo, foi 1.º, depois 10.º e depois novamente 1.º) mas há novos ares em Stamford Bridge e Todd Boehly não é Abramovich. O Chelsea viu um oligarca frequentemente impaciente com os seus treinadores dar lugar a um norte-americano que, até ver, não parece entender a modalidade, não resistindo a comprar tudo o que mexe.
    Mauricio Pochettino será o técnico em 2023/ 24, mas nesta temporada aquilo a que assistimos foi uma regressão constante, começando com o ótimo Thomas Tuchel, passando para Graham Potter (era o treinador da moda, na altura, e temos curiosidade para perceber que clubes da Premier o abordarão, e quando, depois de ver a sua cotação cair significativamente) e acabando com Frank Lampard a enterrar ainda mais o seu clube do coração.
    A derrota por 4-1 frente ao Brighton, num De Zerbi vs Potter, e as derrotas contundentes em Old Trafford (4-1) e no Emirates (3-1) foram alguns dos pregos num caminho onde, de normal ou comum nos últimos anos, só mesmo os dois empates a zeros com o Liverpool.
    Enzo Fernández, Fofana, Mudryk, Cucurella, Sterling, Badiashile, Koulibaly, Madueke, Chukwuemeka e João Félix (emprestado) foram alguns dos reforços dum Chelsea que tem matéria-prima para render muito mais, haja no futuro menos deslumbramento e mais estabilidade/ sustentabilidade.
    Thiago Silva foi incrível no meio da tempestade, Kepa deve ter sido o único ativo a subir de rendimento da época transata para esta, e caso se oficializem as aquisições de Nkunku e Nicolas Jackson, o Chelsea poderá finalmente ver corrigido o seu desacerto com as balizas adversárias.

Destaques: Thiago Silva, Enzo Fernández, Kepa

 WOLVES (13)

    O pior ataque da Premier League, com 31 golos em 38 jogos. Num 13.º lugar um pouco mentiroso, o Wolves realizou uma época aborrecida, correndo o risco de daqui a um ano estar-se a fazer o balanço de uma classificação bem mais desagradável para os adeptos.
    O ex-treinador do Benfica, Bruno Lage, durou 16 jornadas, e coube ao ex-treinador do Porto, Julen Lopetegui, coordenar a "Operação Manutenção". No Molineux, voltaram a cair Liverpool (3-0), Tottenham (1-0) e Chelsea (1-0), mas o projeto Wolves está bem longe de apresentar a saúde e fulgor de outros tempos.
    Rúben Neves e Daniel Podence foram os melhores marcadores da equipa com 6 golos, Max Kilman melhorou quando passou a ter ao seu lado Dawson em vez de Collins, Toti Gomes soube agarrar a oportunidade e José Sá apareceu quando foi preciso, embora não tão exuberante como em 21/22.
    Os Lobos precisam de reforços, precisam (claramente) de golos, e caso se confirme a provável e por-várias-vezes-adiada saída de Neves, a dupla João Gomes e Matheus Nunes terá que assumir renovado protagonismo.

Destaques: Rúben Neves, Max Kilman, José Sá

 WEST HAM (14)

    Na época de despedida de Declan Rice, o West Ham esteve a anos-luz do rendimento que se exigia a este plantel na Premier League, mas a excelente campanha europeia (conquista da UEFA Conference League, qualificando-se assim para a Liga Europa 23/24) salvou o ano.
    Os hammers foram altamente irregulares - nunca conseguiram mais do que duas vitórias consecutivas ou mais do que 3 jogos sem conhecer o sabor da derrota - valendo sobretudo o fator casa na segunda volta, com as bolhas de sabão a inspirarem os jogadores no Olímpico de Londres.
    Declan Rice carregou a equipa, Jarrod Bowen esteve bem, embora francamente abaixo do nível que apresentara em 21/22, e o dado de maior relevo foi mesmo o defraudar de expectativas por parte dos super-reforços Gianluca Scamacca e Lucas Paquetá, 2 jogadores que pareciam destinados a voos mais altos mas que, ao aterrar em Londres, estiveram muito aquém do que sabem. Paquetá, craque brasileiro, encontrou-se na reta final da época, e é natural que arranque forte em 23/24, mas para Scamacca a aventura em Inglaterra deve conhecer um ponto final. 

Destaques: Declan Rice, Jarrod Bowen, Lucas Paquetá


 BOURNEMOUTH (15)
    No começo da época, poucos se atreveriam a não colocar o Bournemouth entre os 3 mais prováveis candidatos à descida. No entanto, tal como Fulham e Nottingham Forest (equipas que subiram com o Bournemouth), os cherries sobreviveram, com uma história para contar.
    Quando à quarta jornada o Liverpool goleou o Bournemouth em Anfield por 9-0 pensámos que a época seria penosa e sôfrega para a equipa de Scott Parker. No entanto, Parker não passou desse jogo, e o seu sucessor, o adjunto tornado manager definitivo Gary O'Neil, realizou um dos trabalhos mais injustamente subvalorizados do ano em Inglaterra.
    A época do Bournemouth fez-se em Fevereiro, Março e Abril, num período bem positivo em que a equipa venceu 7 jogos em 12, vencendo fora o Tottenham num frenético 3-2 jogado até ao apito final, e impondo um seco 1-0 na receção a um Liverpool que dias antes goleara o Manchester United por 7-0.
    Sem ter um destaque superlativo, o melhor Bournemouth viu-se quando o dinamarquês Philip Billing e Dominic Solanke apareceram; Marcus Tavernier marcou uns quantos golaços e Dango Ouattara (reforço de Janeiro) deixou apenas boas indicações a espaços mas pode explodir a médio-prazo.

Destaques: Philip Billing, Dominic Solanke, Marcus Tavernier, Jefferson Lerma


 NOTTINGHAM FOREST (16)


    Neste regresso à Premier League, o Nottingham Forest terá (esperamos) aprendido algumas lições. O excêntrico Evangelos Marinakis adquiriu um verdadeiro batalhão de jogadores (quase 30!) mas, entre tanta loucura e despesa desnecessárias, revelou a sensatez de segurar Steve Cooper toda a época.
    O técnico britânico fartou-se de experimentar. Arrancou a época com o seu favorito 3-4-2-1, chegou a trabalhar a passagem para uma defesa a quatro num 4-2-3-1 e num 4-3-3, mas na reta final o regresso às origens contribuiu para conquistar pontos preciosos para continuar entre os grandes do futebol inglês.
    Ao longo de 2022/ 23 foram utilizados 33 jogadores pelo Nottingham Forest, acabando Morgan Gibbs-White e Brennan Johnson (tanto potencial!) como as duas principais figuras do clube, presenças assíduas no onze e de produção assinalável. O final de campeonato do nigeriano Taiwo Awoniyi (6 golos nas últimas 4 jornadas) impressionou, marcando nesse período o golo com que o Forest derrotou o Arsenal, entregando o título ao Manchester City; e cremos que a passagem de testemunho das luvas de Dean Henderson para Keylor Navas muito contribuiu para esta classificação final, em zona segura.

Destaques: Morgan Gibbs-White, Taiwo Awoniyi, Brennan Johnson, Keylor Navas

 EVERTON (17)

   Goodison Park está, perigosamente, a habituar-se a viver no limite. Tal como Arsenal, Liverpool, Manchester United, Tottenham e Chelsea, os toffees são uma das 6 equipas que desde 1992 jamais conheceu o sabor da despromoção. Mas terminar duas temporadas seguidas em 16.º e 17.º é um sério aviso à navegação.
    Frank Lampard transitou da época passada, fracassou e estamos convictos que terá esgotado o plafond de oportunidades na primeira divisão inglesa. O ex-Burnley Sean Dyche foi o escolhido pela direção e a sua tendência para privilegiar uma defesa capaz e aguerrida acabou por se revelar suficiente para escapar in extremis ao desfecho que nenhum clube quer. O Everton marcou apenas 34 golos (2.º pior ataque) mas houve 7 equipas a sofrer mais golos.
    Sem ter um verdadeiro goleador (Calvert-Lewin marcou apenas 2 golos em mais de mil minutos) nem tão pouco um habilidoso desequilibrador (Anthony Gordon teria esse papel mas esteve apagado e depois transferiu-se para o Newcastle), o Everton sobreviveu graças a Pickford e à dupla Tarkowski-Keane. Iwobi prosseguiu a sua transformação num médio total, e McNeil realizou a melhor época em termos de números (7 golos) mas parece poder dar muito, muito mais. A sua super-exibição naquele Brighton 1-5 Everton, um dos resultados mais difíceis de explicar do ano, ficou-nos na retina.

Destaques: Dwight McNeil, Alex Iwobi, James Tarkowski, Jordan Pickford

 LEICESTER CITY (18)

    As épocas desapontantes de Liverpool, Tottenham e sobretudo Chelsea roubaram atenções àquela que foi, matematicamente, a maior queda desta Premier League. O Leicester City, última equipa sem ser o Manchester City, Liverpool ou Chelsea a vencer (2016) a competição, namorou com o Top-4 em 2020 e 2021, épocas em que fechou a prova no quinto lugar, e de repente cai com estrondo do 8.º lugar de 21/22 para este tenebroso 18.º.
    Em defesa do Leicester, a magra fatia de gastos com transferências. Com uma despesa de 48 milhões de euros, o Leicester foi a segunda equipa da Premier a gastar menos dinheiro, apenas batido pelo Crystal Palace (46 milhões). Em Inglaterra, quem não gasta muito arrisca-se a descer sim, mas, primeiro, as extraordinárias épocas de Brighton (55 milhões gastos) e Brentford (51 milhões) mostram que essa ideia não é assim tão linear, e depois um plantel com Maddison, Barnes, Tielemans e Ndidi está proibido de descer.
    Brendan Rodgers e Dean Smith orientaram a equipa esta temporada - o sucessor no Championship será o adjunto de Guardiola, o italiano Enzo Maresca - e bem se podem queixar de dossiers que nunca foram resolvidos ou perdas que nunca foram colmatadas. Quando se passa de Kasper Schmeichel (o capitão tinha muita importância no balneário e costumava dizer presente na Hora H) para Ward ou Iversen, e quando se substitui Wesley Fofana com Faes e Souttar... é isto que acontece, pelos vistos.
    Os foxes ainda nos enganaram quando em Fevereiro, de forma consecutiva, venceram fora o Aston Villa por 4-2 e em casa o Tottenham por 4-1, e é realmente bizarro o 11.º melhor ataque (51 golos marcados) acabar despromovido.
    O Leicester vai fazer falta mas os restantes emblemas da Premier agradecem. Youri Tielemans já rumou ao Aston Villa, e figurões como James Maddison ou Harvey Barnes acabarão igualmente transferidos, quiçá com desconto, nas próximas semanas.

Destaques: James Maddison, Harvey Barnes, Youri Tielemans

 LEEDS UNITED (19)

    Depois do 17.º lugar na temporada passada, com a salvação a ser garantida apenas na jornada 38 dessa edição, eis o 19.º para uma equipa que gastou 145 milhões de euros em novos jogadores.
    De clube com personalidade e identidade reconhecidas, características evidentes quando El Loco Marcelo Bielsa era o timoneiro dos whites, o Leeds perdeu-se no caminho, ficando a sensação que o clube acabou por pagar a fatura de despedir Jesse Marsch de forma precipitada. Quando o norte-americano abandonou Elland Road (20.ª jornada), o Leeds ocupava a 13.ª posição. Demitir Marsch foi à data particularmente incompreensível dado o poder que lhe tinha sido conferido na política de transferências, e jogadores como Aaronson, Tyler Adams ou McKennie assinaram pelo Leeds em grande medida pelo fator Marsch.
    Bem longe está a confiança e motivação que o clube irradiava à 3.ª jornada, após destruir o Chelsea num assertivo 3-0, uma altura em que o Leeds só perdia para Manchester City e Arsenal na tabela. Com 4 treinadores ao longo da jornada (seguiram-se a Marsch, Javi Gracia, o interino Michael Skubala e, no desespero da irracionalidade, Sam Allardyce), o Leeds pode gabar-se de ter vencido em Anfield, e de ter "sacado" o diamante Wilfried Gnonto por apenas 4,5 milhões.
    Foram muitas as desilusões (esperávamos muito mais de Brenden Aaronson, Rasmus Kristensen e Sinisterra), salvando-se a consistência de Jack Harrison, um bom período de Rodrigo e bons apontamentos do neerlandês Summerville, que pedia mais minutos.

Destaques: Jack Harrison, Rodrigo, Wilfried Gnonto, Crysencio Summerville

 SOUTHAMPTON (20)

    Se a descida do Leicester foi um desfecho chocante, a despromoção do Southampton ao Championship não surpreendeu se forem tidos em consideração os sinais claros de declínio dados pelos saints na tabela ao longo das últimas temporadas. Aquele clube com prospeção de luxo (boas memórias de van Dijk, Mané ou Tadic) que, com Pochettino e Koeman, vivia confortável e era sucessivamente equipa-sensação com qualificações europeias, deu lugar a uma equipa moribunda em St. Mary's - o Southampton foi 17.º em 17/18, 16.º em 18/19 e 15.º nas duas temporadas anteriores, não resistindo desta vez à força gravítica que, entre más decisões, instabilidade no banco e incapacidade em repetir a fórmula do passado, atraía ano após o ano o clube do Sul de Inglaterra para o segundo escalão.
    Com miseráveis 25 pontos (menos 6 e 9 que Leeds e Leicester respetivamente), a inevitável descida ao hiper-competitivo Championship começou com Hasenhüttl no comando, que não conseguiu esculpir um onze coeso pontuado com muita juventude promissora (Romeo Lavia à cabeça, mas também Bella-Kotchap ou Bazunu, tudo jogadores contratados no Verão).
    O técnico austríaco falhou, Nathan Jones abandonou o seu Luton Town para gerar memes e citações invulgares enquanto somou 7 derrotas em 8 jogos, e a aposta continuada em Rubén Sellés sempre soou a resignação perante o terrível destino.
    Numa temporada com pouquíssimas razões para festejar ou sorrir, recordamos que foi este Southampton que afastou o Manchester City da Carabao Cup (quarto-de-final) e mesmo a vitória em Stamford Bridge, ponto alto da campanha na Premier, soube a pouco mediante quão banal se tornou as equipas tirarem pontos ao Chelsea. No epicentro do desnorte, os reforços Romeo Lavia e Alcaraz marcaram pontos, ao contrário de Sulemana e Orsic, tremendas desilusões.
    James Ward-Prowse (o melhor cobrador de bolas paradas na Premier League fez o que pôde, somando 9 golos), Lavia, Walker-Peters ou Bella-Kotchap muito dificilmente continuarão no clube, que tudo indica irá ter Russell Martin, ex-técnico do Swansea, como novo treinador.

Destaques: James Ward-Prowse, Romeo Lavia, Armel Bella-Kotchap




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Balanço Final - Premier League 22/ 23

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