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Tempos de Speed Stick


Um aroma característico ou uma música que não parava de tocar na rádio em determinada época são memoráveis. Marcam para sempre as nossas vidas. Disso ninguém tem dúvida. Há pouco, passou um cara exalando um cheiro muito característico. Impossível não reconhecer aquele, que foi o odor que senti diariamente, em mim mesmo, por um bom período da minha vida.

Estou falando do magnífico Speed Stick, o desodorante que marcou a minha adolescência e infelizmente não é mais encontrado no Brasil. Agora, somente adquirido por importação. Marco aqui alguns amigos ex-usuários , que podem não se pronunciar, mas certamente são testemunhas do que relato.

Aplicávamos generosas camadas daquele desodorante em barra nas axilas e estávamos protegidos por um bom tempo contra o mau odor da transpiração. É claro que tinha um efeito colateral: Quando usado em excesso, após a transpiração e certo atrito Das Axilas com a camisa, o material começava a espumar. Era como passar sabonete no sovaco. Outro ponto é que o cheiro era marcante e fortíssimo. Alguns aromas lembravam perfume barato, ou num termo que somente os baianos reconheceriam: O famoso perfume "espanta-nigrinha". Enfim, o usuário do Speed Stick chamava a atenção por onde passava!!

Para a nossa classe social, o aroma tinha boa aceitação no bairro de Brotas, Nazaré, Tororó, centro da cidade e Praça da Piedade e Avenida Joana Angélica, por onde circulávamos com maior frequência. Por lá, fazíamos sucesso absoluto, quer nos pontos de ônibus da estação da Lapa ou no Rei do Hot Dog, na Ladeira dos Galés. Porém, se ousássemos uma escalada um pouco maior no padrão social e fôssemos parar no shopping Barra, não seríamos tão bem recepcionados pelas pessoas. Não sei se foi este o motivo por já termos sido expulsos de uma loja de discos daquele shopping (finada aki discos), provavelmente julgados pela aparência ou pelo nosso odor “barato”.

Saudosos tempos onde o Speed Stick foi responsável por combater a catinga, cumprindo a sua função com excelência e sem as firulas dos desodorantes de hoje, que abusam de tecnologias duvidosas que só servem como boas ferramentas de marketing. No fundo, a única coisa que proporcionam é um emborrachamento gradativo das axilas e das camisas e pouca eficácia contra a catinga. Fica aqui o meu protesto. Queremos dignidade!


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