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A insustentável leveza do ser, by João Vítor

Sonhei que começava a escrever-vos um post com um sorriso estúpido nos lábios.

Volvidos escassos segundos, eis que brota uma gargalhada incontrolável, diria mesmo estúpida.

Quando, finalmente, a gargalhada deixa de se fazer ouvir, o que acontece após 6 voltas completas ao planeta, recupero o sorriso estúpido.

Tipo dinâmico como sou, levanto-me para falar com alguém sobre coisas realmente importantes, como o sejam a dificuldade que tive em introduzir a chave do carro na ranhura da porta hoje de manhã, ou na ligeira sensação de cócega que sinto no lado esquerdo da cabeça quando, e isto é que é estranho, coço o lado direito da mesma.

Sou ou não sou um portento de inteligência? Se calhar sou.

No sonho, dou por mim a reparar que, de facto, se calhar nem sou nada inteligente.

Se calhar sou o que o Miguel Sousa Tavares define de forma impecável, na sua última crónica do Expresso. Leve.

E o Sousa Tavares define a insuportável leveza de alguns seres da seguinte forma:

Ser "leve" é o contrário de ser "pesado", é, parece, a capacidade de levar as coisas sempre de uma forma ligeira, de não se preocupar demasiadamente com nada nem dar demasiada importância a coisa alguma.

Aconteça o que acontecer, façam o que fizerem, as pessoas "leves" levam tudo na despreocupada: nada deve ser suficientemente grave ou importante para que deixem de rir e de sorrir todo o tempo e em todas as circunstâncias.

Mas lembro-me de a minha mãe dizer que os que vivem eternamente felizes e despreocupados, sempre a rir ou a sorrir, ou são parvos ou são inconscientes. Sim, porque é difícil distinguir onde acabam as virtudes de ser "leve" e começa a estupidez de ser leviano. A fronteira não é clara e há-de ser estreita".


Sousa Tavares acerta na mouche.

De repente, bato com a cabeça no prato com a sandes de atum com queijo e pickles que ladeia o meu colchão. A cerveja, felizmente, não é atingida. Acordo e desato a chorar, num pranto do estilo, vá, Maria Madalena.

Estou a brincar. Eu estive na 2ª grande guerra. Na 1ª não estive porque a minha mãe me obrigou a ficar em casa a fazer o TPC, antes do almoço. De maneiras que só espetei laranjadas na tromba do Márcio da parte da tarde. Mas foi a melhor, porque ganhámos de 7 negras e 4 arranhões a apenas 3 inchaços ligeiros e um dente esgalhado.

Daí que não chore.

P.S - Haverá sensação mais triste do que sentir que ninguém confia no nosso trabalho? Ou que ninguém nos dá crédito (não me refiro, obviamente, à CGD nem ao BCP)?

P.P.S - Milan Quem????



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