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Etiqueta de Banheiro Masculino

O Banheiro masculino - os mictórios, os vasos sanitários, o lavatório; um santuário de alívio e de elevação espiritual. O banheiro masculino do século XXI é a combinação de séculos e séculos de conhecimento, advindo de incontáveis homens, que abriram mão da luxúria e do aconchego dos lares para garantir à raça humana o bem estar social. Tal fato representa a vitória da tecnologia sobre as adversidades fisiológicas do ser humano.


A eficiência do banheiro masculino tem sido preservada, através dos séculos, por uma espécie de contrato social. Um acordo escrito sobre os comportamentos que são lícitos e ilícitos dentro deste mundo encantado, recheado de encanamentos e água corrente. Porém, com o advento da globalização, Internet e uma inevitável superpopulação mundial, podemos mais facilmente perceber que este contrato não é universalmente abraçado. Portanto, em prol da castidade do banheiro masculino e da paz mundial, eu lhes apresento:


ETIQUETA DO BANHEIRO MASCULINO


I - Eficiência

Desde sua criação e existência, o banheiro tem sido o orgulho fálico dos homens em relação ao banheiro feminino, devido a sua alta eficácia e velocidade nos processos de transição. A funcionalidade do banheiro é diretamente proporcional à eficiência dos homens que o utilizam.

a) Não perca tempo. Isto é primordial e vital. Entre, faça o que deve ser feito, lave as mãos, vá embora.

b) Nunca estabeleça contato visual. Isto pode ser considerado com uma proposta passional e resultar em um dragonpunch de direita em seu olho, ou em um convite indesejavelmente sexual que fará com que a cadeira do seu psicólogo seja ocupada por um longo tempo.

c) A conversa é sua inimiga. Nunca, jamais, sob nenhuma circunstância você deve dizer uma única palavra enquanto dentro do banheiro. Nem para um amigo, nem para um amante, nem para o próprio Jesus. Isto não somente desintegra a eficiência do banheiro masculino, como também é uma degradação perante todas as leis da natureza.


II - Mictórios

Ao entrar no banheiro, você deve sempre selecionar o mictório que esteja o mais distante possível dos outros já utilizados. Seguem abaixo algumas ilustrações de vários arranjos geográficos de mictórios e a ação correta a ser tomada.

Situação #1: Todos os mictórios estão vazios
Manobra Correta: Utilize qualquer mictório em cada uma das extremidades.



Isto permite com que outros homens apliquem as regras a seguir mais eficientemente.

Situação #2: Um mictório está em uso.
Manobra Correta: Obviamente, o mictório à direita é a única opção viável.



Isto minimiza as chances de qualquer contato que seja com a pessoa com a qual você está dividindo o banheiro.

Situação #3: Dois mictórios estão em uso.
Manobra Correta: Mictório do meio.



É a opção mais sábia e eficaz, pois assim você estará a uma distância igual e otimizada dentre ambos mictórios ocupados.

Situação #4: Três mictórios estão em uso.
Manobra Correta: NÃO HÁ MANOBRA CORRETA.



O banheiro atingiu massa crítica. Cuidado! Você deve ou voltar em um momento mais seguro, ou usar o vaso sanitário. Sob nenhuma circunstância, NENHUMA, dois mictórios adjacentes devem ser utilizados. Esta é quiçá a regra mais importante a ser lembrada.


III - Vasos Sanitários

a) Vasos sanitários são para se sentar. Nunca urine em pé. Tal regra é perfeitamente descartável em sua casa, mas em público ninguém deseja ouvir quaisquer ruídos que não sejam absolutamente necessários. O som de uma mijada caindo de uma altura de 1 metro pode ser totalmente eliminado se você simplesmente colar sua bunda na privada.

Em algumas vezes, não é possível sentar no vaso sanitário, geralmente por inconvenientes higiênicos. Se este for o caso, NUNCA urine com a tampa abaixada. Isto, além de ser uma heresia contra a castidade do banheiro masculino, pode respingar gotas da própria urina em seus joelhos.

b) Se eventualmente você entrar em uma divisória e o vaso sanitário estiver sob a manifestação infernal de um cocô pandemônico, dê meia volta e vá até o vaso sanitário adjacente.

c) Nunca gemer. Seus intestinos não precisam de ajuda das suas cordas vocais. Se você estiver sentido uma dor brutal, encare-a como homem. Gemer de dor em público é o mesmo que gritar a todos no banheiro, que seu rabo está cuspindo labaredas solares. Por outro lado, se você está aproveitando este momento fatídico, reflita silenciosamente sobre este seu prazer peculiar e conte a respeito para seus netos algum dia.

Nunca expresse sua alegria às pessoas ao seu redor em um banheiro masculino. Quando outros ocupantes ouvem seus feitos e tribulações, eles se sentem desconfortáveis e incapazes de completarem necessidades fisiológicas corretamente, nos remetendo de volta à Regra da Eficiência.

IV - Limite de Tempo

Algumas vezes você chega ao mictório e não consegue urinar - você então experimenta a temível Cascata Tímida. É muito comum isso acontecer quando pessoas à sua volta estão desrespeitando a etiqueta do banheiro. A cascata tímida pode ocorrer quando você está sob pressão, como quando 120 pessoas lhe esperam na entrada do cinema, ou quando uma pessoa no vaso sanitário mais próximo faz muito barulho, como se um cabrito raivoso estivesse atravessando seu duodeno.

Se isto acontecer, há um limite de tempo no qual você deve permanecer em frente ao mictório. Este limite equivale ao tempo mais longo que você já levou para urinar sob as mais normais e confortáveis circunstâncias. Este tempo é mais extendido do que você imagina - todos que já foram a um banheiro de boteco sabem que uma boa mijada pode levar 40 segundos ou mais, incluindo os prés e pós - o fly opening e shakeoff.

Se você exceder esse limite, aja como se houvesse terminado. Você pode perfeitamente voltar em uma hora mais oportuna. Por enquanto, aprenda a conviver com a vergonha e reze para que ninguém tenha notado seu fracasso.


O desrespeito da Etiqueta de Banheiro pode causar o caos universal. Exemplo: Alan entra no banheiro e abaixa seu zíper, em frente ao mictório. Enquanto ele está se aliviando e atingindo o nirvana urinário, seu melhor amigo, Edson, também entra no recinto. Eles começam conversar sobre Linux e, conseqüentemente, perdem a noção do tempo.

Neste momento, eles estão em pé, em frente aos seus mictórios adjacentes, debatendo sobre as vantagens do desenvolvimento open source. Samuel entra no banheiro, desesperado pela mijada da sua vida. No entanto, ele se vê impossibilitado de efetuá-la, pois dois tagarelas do caralho estão acabando com o arranjo otimizado dos mictórios, rindo despreocupadamente como duas prostitutas ucranianas que acabaram de receber o dinheiro do serviço em dólares.

Samuel então decide correr até o único vaso sanitário livre e descobre que alguém esqueceu uma jamanta fecal mal digerida na privada. O choque espásmico faz com que nosso amigo efetue a única ação disponível no momento: ele vomita em todos os quadrantes do vaso sanitário em que ocupa, simultaneamente liberando uma jorrada intermitente de suco renal em suas próprias calças.

Alan e Edson automaticamente se viram, assustados com aquele ruído todo. Até agora, nenhum problema, certo? ERRADO. Acontece que nossos velhos amigos nerds não terminaram de se aliviar e acabam borrifando um spray amarelo de mijo um no outro, no chão e na caixa de sabonetes Vinólia Com Aroma das Montanhas que se encontrava ali por perto.

Eles então caminham até o vaso sanitário que está Samuel, a fim de acertarem as contas na base da porradaria. Eis então que eles se deparam com a situação deplorável em que nosso amigo assustado se encontra, e fazem o que qualquer homem faria: vomitam também.

Em 1943, Abraham Maslow, um psicólogo americano, escreveu um livro chamado "Teoria da Motivação Humana". A premissa básica de seu livro é que nossas necessidades são organizadas através de uma pirâmide.



As necessidades mais altas nessa hierarquia só serão satisfeitas quando todas abaixo dela forem completamente sanadas. Forças de crescimento são criadas à medida em que subimos pela pirâmide e forças regressivas surgem, quanto mais baixo estivermos na hierarquia.

Como podemos notar, Alan, Edson e Samuel estão ambos confrontando a mais básica e vital necessidade: a fisiológica, que inclui respiração, regulação da temperatura corpórea, água, sono, comida, sexo, descarga de dejetos corporais e, acima de tudo, HIGIENE PESSOAL.

Temos aqui então uma receita ímpar: três homens vomitando e urinando por todo o chão de um banheiro público. Quando eles terminam a alegoria demoníaca, simultaneamente fazem uma corrida maluca até a torneira mais próxima. Logicamente, apenas uma pessoa pode usar a pia por vez e isso acaba degenerando a disputa em uma briga mortal. Edson facilmente assassina os dois concorrentes e começa a se limpar. O segurança ouve todo o barulho e resolve verificar o banheiro. O pobre homem de 50 anos, que se aposentaria em 2 semanas, olha de relance aquele cenário decrépto e conclui que é necessário chamar reforços.

Para encurtar a história toda, os policiais são chamados e um atirador de elite dá um novo retoque de tinta na parede com o cérebro de Edson.

Nesse instante, a equipe de proteção biológica é chamada para limpar o local. Eles obviamente precisam fechar o banheiro do prédio, fazendo com que outros homens necessitados tenham que ir a outro local para urinar. Dois rapazes se encontram nesse outro banheiro e começam uma conversa. Tudo se repete. O desencadeamento de eventos provocados devido ao desrespeito do contrato social, citado no início, eventualmente levaria à destruição de nossa sociedade organizada da maneira em que a conhecemos.

Evite o Apocalipse. Siga rigorosamente todas estas regras e sua vida social melhorará em 150% ou mais. Além de estar fazendo um bem para si mesmo, estará também fazendo um bem para a natureza e todos os habitantes do planeta.

Escrito por Cafetão Cubano. Baseado no vídeo Male Restroom Etiquette e nos textos do Everything2.


[Adendo de Última Hora, escrito por Walicek]

Caros leitores crocantes do Frango,

Gostaria de elucidar a todos a real magnitude do poder do CSS (Contrato Social Sanitário), a mim elucidada durante Brainstorming com Cafetão no MSN:

Todos aqui conhecem John Locke*, certo? Todo mundo se cansou de ouvir falar dele nas aulas chatíssimas de História no Ensino Médio com aquela professora velha, caquética, PTista com os peitos tão caídos que precisa da fuselagem do nariz de um Boeing 737 para bojo de sutiã. O que vocês não sabem, cremosos amigos, é que este homenzinho franzino de calvos cabelos...


John Locke, o homem microcéfalo por excelência.


... formulou todas as suas teorias políticas baseadas ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE no CSS!!
Cacete! – Pensa você. Pois é, análise:

“Because there is no divinely ordained monarch over all the world, as was argued in the First Treatise, the natural state of mankind is anarchic.”

A mesma situação pode ser observada nos banheiros masculinos: homens de bem, livres para produzirem seus sucos renais e bolos fecais da forma que melhor os aprouver, sem poder superior que os oprima e podendo gritar “FREEEDOOOOMMM” enquanto soltam aquela feijoada indigesta.

“While no individual in this state may tell another what to do or authoritatively pronounce justice in a given case, men are not free to do whatever they please. ‘The state of nature has a law of nature to govern it, which obliges every one: and reason, which is that law, teaches all mankind’”

Aqui, a influência do CSS sobre os escritos de Locke é especialmente notável: o Homem, embora possa sair mijando por aí nos azulejos e cagando gemendo e sem dar descarga ao seu bel prazer, não o faz. Por quê? Porque o CSS o diz que, para manter uma harmonia universal tão elementar e misteriosa quanto o Feng Shui que aquele picareta chinês metido a decorador cobra pra fazer na tua sala, o Homem deve fazer apenas aquilo que não prejudicará a fluidez sanitária de outrem; Tal comportamento foi adaptado com sucesso por Locke à sociedade como um todo, o que prova sua veracidade.

“If man in the state of nature be so free, why will he part with his freedom? Why will he subject himself to the dominion and control of any other power? To which it is obvious to answer, that though in the state of nature he had such a right, the enjoyment of it is very uncertain, and constantly exposed to the invasion of others”

Okay, porquê o homem aceitaria que alguém controlasse seu direito de urinar e defecar à vontade? Meus caros, basta ler o exemplo do nosso amigo Cuban Coffee†: Locke, observando esta constante à prova de falhas dos banheiros (“Para cada homem que mija como tal, há uns 3 que só querem “CaUUsaáh mUuUuUitooo MIgáh!!”), conclui que, ao encontrarmos nosso futuro reduto intelectual e espiritual, o toilete, profanado pela bosta alheia, adquirimos um desejo de revanche que, ampliado pela nossa paixão, sede de vingança e compulsividade, nos leva à:
1 – Quebrar a cara do fdp que fez aquilo, ou;
2 – Fazer uma bosta ainda maior por cima, afinal, tu não aperta a descarga dos outros nem fudendo!
De qualquer forma, um passante subseqüente provavelmente se enquadraria em um desses dois exemplos, o que nos levaria à situação descrita no texto franguístico: Um efeito dominó, que seria seguido a uma guerra civil, e um hecatombe nuclear de escala nunca dantes vista, capaz de espirrar a merda acumulada no cometa mais próximo da Terra.
ÓHH MEUL DEÚS DO CÉL IÇO É TERRÍVÊU CARA!!, Pensa você. O que fazer então?

“This makes him willing to quit a condition, which, however free, is full of fears and continual dangers: and it is not without reason, that he seeks out, and is willing to join in society with others, who are already united”

Você provavelmente já se deparou com a figura do “ZELADOR DO BANHEIRO”, um homem franzino, de dentes encarquilhados e cara de quem já viu muita gente fazendo merda na vida. Normalmente sua presença é associada à presença de uma nem sempre desejável, vezes odiada, taxa de uso para o dito Toilete. Espero que a essa altura do texto você já saiba o que quero dizer, certo?
Ao acrescentarmos a figura do zelador, que apressa as pessoas e limpa os vestígios de bolo fecal que poderiam impedir o uso de um sanitário desocupado, e causando, portanto, um desequilibro nos sustentáculos espaço-banheiro masculino-tempo, estamos contribuindo para o fim da possibilidade de uma guerra total passional em troca de módicos tributos e uma sutil perda de controle sobre o

tempo, espaço pessoal e liberdade. Aquele homem, que cutuca a porta e reclama de quem faz sujeira, é o guardião da harmonia, e seu tributo, uma mera taxa de subsistência. Pague-o com a sensação de consciência leve e dever cumprido =D

Ass., Leandro Walicek Gaspar, estudante de Rel. Internacionais na PUC-SP, 18 anos, Cor predileta: Cor de Catupiry.

P.S.: Nunca achei que fosse usar essa matéria, que emoção descobrir que ela é a engrenagem motriz da civilização ocidental (visto que chineses cagam em buracos).


* John Locke (Agosto 29, 1632 – Outubro 28, 1704), cientista político e empirista, autor de uma das teorias de defesa do Absolutismo que justificam a monarquia inglesa e capaz de te fuder em provas de ciência política.

† Magnata da prostituição de ilhas socialistas caribenhas exportadoras de bananas, abacaxis e citricos diversos



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