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E finalmente, fotógrafa


Sabe aquele dia que você acorda e diz: "Tem algo de errado hoje"? Então: passei por eles.

Dias terríveis de acordar às 6h30 da manhã para trabalhar em um lugar que te deixou doente, e te rendeu alguns comprimidos tarja preta. Acordar e saber que você vai ter que tomar 3 horas de transporte público para chegar no horário em seu local de trabalho. E o pior: Quando chegar lá, você vai fazer algo que te deixa infeliz, e de quebra, vai chegar atrasado na faculdade.

Eu passei por isso, e achei que era super normal: Afinal, quem não é filho de pais bons de grana, tem que se virar da maneira que pode. Atravessar duas cidades para chegar no trabalho não é fácil, mas era o que tinha para aqueles dias. Até que minha alma resolveu falar mais alto.

Depressão, também conhecida como doença infecciosa da alma, se tornou parte do meu cotidiano. Síndrome do pânico, crises de ansiedade... Tudo de uma vez só. Houveram até algumas vezes que eu não me lembro do que aconteceu: só lembro de ter tomado um calmante e de ter ouvido um belo "logo passa, fica calma".

Eu precisei ficar doente para aprender a ouvir a voz que vinha de dentro de mim. Não era uma simples consciência, mas sim, a minha alma; eu dizendo "chega!" para algo que me fazia mal. E no fim das contas, não pude mais voltar mesmo, porque meu físico rejeitou a ideia.

"O que fazer então?" eu pensei. Formada em Design de Interiores, mas na crise, ninguém contrata. Trabalhar com tradução bilíngue? Pode ser! Freela de design, para criar logotipos, sites, etc? Pode ser! Mas o que aqueceu meu coração foi a ideia de ser fotógrafa.

Meu hobby mais precioso, que eu dediquei mais tempo do que pra qualquer outra coisa, se tornando meu trabalho fulltime: que sonho encantador! Eu aceito, eu quero, eu vou. Quando começo?

E aqui estou. Viva, com duas novas tatuagens, uma cicatriz no coração, vestígios de remédios nas veias, com uma aliança de ouro na mão direita, mas o mais importante: Feliz. Com a alma cheia de vigor e pronta para novos desafios. Pronta para fazer uma sessão de fotos de newborn, ou fotografar um velório, se for o caso.

Mas ser feliz: É o que mais importa nessa vida!


(Texto de desabafo. Ou crônica. Chame como quiser. Mas não faz sentido ter um blog se não para me expressar dentro dele!)
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