Recentemente, apresentei uma peça teatral na faculdade com meu grupo sobre o Patriarcado, que nada mais é que o machismo enrustido na nossa sociedade.

"Patriarca"

Hoje, tive a triste notícia de que uma garota carioca foi estuprada não por um, mas por trinta homens na mesma noite, e como boa feminista, não pude deixar de expressar minha opinião sobre isso.

O brasileiro é um ser humano que realmente deveria ser estudado, sinceramente. Me deparei com comentários como "se ela não usasse roupas curtas nada teria acontecido" e "se ela estivesse com a família estava tudo certo". Não. Não estaria tudo certo de qualquer maneira.

A mulher é livre para se portar da maneira que ela achar adequado a si mesma. Quer usar roupas curtas hoje? Go ahead! Quer usar um batom vermelho? Go ahead! Quer usar os dois juntos e se cobrir com uma burca e uma máscara de gás? Go ahead! E no fim das contas, Keep Moving Forward, porque a vida não para.

Agora, desculpe se não curtiu o post, mas chega de mimimi e post publicitário nessa blogosfera, AONDE JÁ SE VIU o camarada postar no próprio mural do Facebook "A culpa é 50% dela"? Por acaso ela desejou ser estuprada por 30 homens, ter seu sexo ferido, e um trauma para carregar pelo resto da vida?

Chega de julgar a pessoa pela roupa que ela veste. Ela é mulher, e quer ter os cabelos roxos? Ela é livre para isso. Ela é livre para o que quiser ser. Agora, já deu por hoje de culpar a mulher pelo estupro, né? Isso é algo completamente machista e patriarcal. A mulher foi vítima sim, e ainda somos, todos os dias.

Pode não ser tão grave quanto um estupro consumado, mas é um estupro verbal todas as vezes que passamos em frente a um homem, e eles se referem a nós como "aquela gostosa", "olha aquela bunda", "me perderia naqueles peitos" e afins. Chega desse absurdo!

O site Think Olga criou uma campanha chamada "Chega de Fiu Fiu". O objetivo é propagar para as mulheres que nós, irmãs, não estamos sozinhas nessa sociedade podre e machista. Nós podemos nos defender, e o mais importante, defender umas as outras e colocar voz ativa para o símbolo do banheiro que usa vestido.

Se bem que, começo a pensar se o vestido não simboliza uma capa de super-heroína.