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Dieselgate é parte de uma guerra industrial entre EUA e Europa, segundo franceses

De acordo com a EGE – École de Guerre Economique – ligada ao ministério da Defesa da França, o Caso Dieselgate é uma parte da guerra industrial continuamente travada entre EUA e Europa.

Um estudo feito pelos especialistas em guerra econômica, avaliaram que a questão é mais um capítulo nessa batalha, que ocorre às vésperas de um “grande acordo comercial transatlântico”.

O documento formulado pela EGE e chamado de “As Interioridades do Assunto Volkswagen” diz que o Dieselgate foi um ataque feito pelos EUA para melhorar seu prestígio econômico diante da União Europeia.

O estudo fala que a dimensão estratégica do assunto foi ignorada pela mídia em favor da situação financeira da empresa e dos mecanismos criados para executar a fraude nas emissões. Toda a atenção da investigação foi dispensada ao problema nos carros diesel, excluindo-se qualquer menção aos veículos a gasolina.

O motivo seria que o diesel é responsável por 53,6% das vendas na Europa e que o caso atrapalharia as vendas das marcas europeias nos EUA, onde o mercado de automóveis com esse combustível é de apenas 5%. A ação atacaria diretamente a vantagem tecnológica dos competidores europeus em favorecimento aos fabricantes americanos.

A EGE diz também que as agências não governamentais ICCT (International Council on Clean Transportation) e CAFEE (Center for Alternative Fuels Engines and Emissions da Universidade de West Virginia), que descobriram a fraude que gerou o Dieselgate, são instrumentos em benefício da indústria automotiva americana.

A ICCT, por exemplo, teve 90% de seus recursos oriundos da Fundação Ford entre 2012 e 2013. Já a CAFEE tem como clientes Ford e GM, mas a menção sobre estas duas empresas teria sido apagada do site da universidade no dia 8 de fevereiro.

Além disso, quando as duas agências divulgaram a fraude da Volkswagen, a informação foi divulgada como a luta entre “um pequeno Davi contra um poderoso Golias”, alegando que um homem e quatro colegas da universidade desafiaram uma das mais poderosas empresas do mundo, a maior do setor automotivo.

No entanto, o maior impacto midiático foi o anúncio, feito no segundo dia do salão automotivo mais importante da Europa, o Salão de Frankfurt. A EGE descreve como “perfeita” a sincronização da informação com o evento alemão.

Fora a mídia, a EGE acusa o uso da Justiça dos EUA a favor do interesse econômico de suas empresas. Nesse Caso, o documento menciona que metade dos casos de corrupção transnacional foram iniciados pelo judiciário americano. As ações em geral são feitas de forma a castigar a concorrência. Nesse caso, as 10 maiores multas já aplicadas nesses casos, sete são contra empresas estrangeiras que atuavam nos EUA.

A Volkswagen deverá pagar um montante enorme por conta do Dieselgate. Segundo cálculo mais recente, pode chegar a US$ 15 bilhões, embora a montadora já tenha se preparado para uma conta de até US$ 18,3 bilhões. O valor é bem mais alto que aquele pago pela Toyota em 2014, que foi de US$ 1,2 bilhão. A GM também pagou, mas bem menos, US$ 900 milhões.

Por que a Volkswagen? A empresa alemã vinha de um crescimento que representou 33% de market share no segmento de carros diesel em 2013. A empresa também executou grandes investimentos no país. A EGE cita duas vantagens do escândalo para os EUA. Uma é acerca das normas ambientais e sanitárias da UE, que seriam mais elevadas que as americanas. Nesse caso, a fraude revela que são s europeus os mais “relaxados” quanto às emissões.

Além disso, o Dieselgate é um duro golpe no processo de incentivos para a indústria automotiva europeia, que se beneficiaria de US$ 18 bilhões anualmente. Para a EGE, Volkswagen, Alemanha e União Europeia não discutirão, objetarão e muito menos denunciariam o golpe, pois estão comprometidas e preferirão manter uma postura discreta.

Por fim, a EGE afirma que a manobra utilizada pelos EUA foi muito “astuta” ao obrigar a Volkswagen a confessar. O objetivo era fazer com que a montadora fosse obrigada a reconhecer que mentiu. Casos semelhantes já teriam ocorrido com empresas francesas presentes nos EUA. Com a saída do Reino Unido, um acordo de livre comércio entre EUA e União Europeia pode ficar comprometido.

[Fonte: Auto Data]

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