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Gurgel SuperCross, um brasileiro bem antes dos aventureiros

Gurgel SuperCross

No início dos anos 90, a Gurgel despontava no cenário automotivo nacional com proposta de carros nacionais, baratos e econômicos. No entanto, o novo governo Collor mudou as regras do jogo no setor, abrindo as exportações e concedendo isenção de IPI para carros com motor até 1.0 litro.

Apesar da virada de mesa que acabou por prejudicar sua posição no mercado, a Gurgel continuava a evoluir seus produtos derivados do BR-800 (leia a história da Gurgel). Depois do Motomachine, a empresa lançou o Supermini, tido como uma evolução do primeiro modelo 100% nacional.

Gurgel Supermini, modelo que deu origem ao SuperCross

Logo depois surgiu uma variante aventureira, em uma época que as montadoras ainda não se preocupavam com uma proposta off-road para carros comuns. Mas a Gurgel por tradição tinha as quatro rodas na lama, fruto de gerações do X-12. Assim nasceu o Supercross.

Gurgel SuperCross

SuperCross

O protótipo do SuperCross foi apresentado no Salão do Automóvel de 1992, sendo exposto em versões civil (pintura amarela) e militar (pintura verde). A carroceria era mais longa que a do Supermini e tinha vigias laterais também maiores. A traseira era mais truncada, enquanto a suspensão era elevada.

A Gurgel ainda dotou o SuperCross com pneus de uso off-road 175 SR13 e rodas de aço exclusivas. Protetores laterais pretos e frisos decorativos se destacavam, assim como o estepe na traseira. Havia também um rack de aço no teto. Medindo 3,19 m de comprimento, 1,52 de largura, 1,50 de altura e 2,00 de entre-eixos, o aventureiro nacional pesava somente 738 kg.

Gurgel SuperCross

Com carroceria feita de plásticos especiais e estrutura de aço tubular, o Gurgel Supercross tinha suspensão independente na dianteira e eixo rígido na traseira. O motor boxer era o Enertron com 792 cm3, que entregava 36 cv e 5.500 rpm e 6,6 kgfm a 2.500 rpm.

O câmbio manual tinha quatro marchas e a tração era traseira, mas havia a opção da caixa de mudanças “Dual Track”, que permitia duas marchas reduzidas para uso no fora de estrada. O Gurgel SuperCross tinha 40 litros no tanque e altura livre do solo de 175 mm. A capacidade de carga alcançava 350 kg, podendo levar quatro pessoas e pouca bagagem.

Gurgel SuperCross

Fim

Com a grave crise que se instalou na Gurgel, que não obteve empréstimos junto ao governo e teve o Projeto Delta ignorado pelos governos estaduais de São Paulo e Ceará, a empresa não pôde colocar o SuperCross em produção seriada, tendo seu fim declarado com a falência do fabricante em 1994.

A carroceria do SuperCross, no entanto, chegou a ser usada no modelo Supermini SLX. O modelo era considerado uma perua, assim como o aventureiro. Esta também não sobreviveu ao fim da Gurgel.

Gurgel Supermini SLX

Pouco tempo depois, outra perua feita no país ganharia destaque no fora de estrada, a Fiat Palio Adventure. Daí em diante, os fabricantes instalados no país buscaram investir no segmento, que existe até hoje. Mas, antes de toda essa onda de carros enfeitados, o Gurgel SuperCross já apontava o futuro.

Agradecimentos ao Lucas Farias.

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