A Dodge considerou o uso da plataforma Giorgio da Fiat Chrysler para sucessão de modelos esportivos como Challenger e Charger, segundo o CEO da marca americana.

Tim Kuniskis, CEO da Dodge, revelou que em 2013, já havia a determinação de que a plataforma italiana serviria para substituir as bases dos muscle cars, o que também seria um indicativo de que o Durango seguiria o mesmo caminho.

Com investimento de bilhões de euros, a plataforma Giorgio acabou sendo subutilizada no antigo grupo ítalo-americano, o que certamente contribuiu para perdas incrivelmente altas e oportunidades de vendas maiores.

A explicação de Kuniskis pode surpreender alguns e isso mostra o quão subestimados podem ser os produtos de uma marca concorrente.

Kuniskis revelou que o uso da Giorgio acarretaria um carro menor e, se considerarmos alguns elementos do mercado americano, até se justificaria no caso do Charger.

Contudo, o CEO da Dodge se referiu ao Challenger e alegou que o muscle car acabaria ficando na mesma categoria de Chevrolet Camaro e Ford Mustang.

Kuniskis os descreveu como “grandes carros” e “carros fantásticos”, com a Dodge considerando não enfrentá-los “em sua caixa de areia”.

Bom, como você sabe, é claro, o Dodge Challenger mede 5,02 m de comprimento, enquanto os pony cars Ford Mustang e Chevrolet Camaro medem 4,78 m.

Provavelmente, um novo Challenger teria no máximo 4,80 m com a Giorgio e o embate seria realmente muito interessante, porém, nesse caso o produto seria um novo Barracuda, que era menor que o Challenger no passado.

Seja como for, a Fiat Chrysler não quis comprar briga com Ford e GM, preferindo manter-se em um segmento onde já dominava, evitando assim também investimento em algo que poderia dar errado.

Basta lembrar que, quem capitaneava a FCA na época ainda era Sérgio Marchionne e ele não era dado a riscos que considerasse tão grandes.

[Fonte: Auto Evolution]