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Montana 2012: versões, fotos, detalhes, motor, consumo, revisão

A Chevrolet Montana 2012 foi o segundo ano/modelo da picape da General Motors, que foi lançada em sua segunda (e controversa) geração em 2011. O modelo é produzido até hoje em São Caetano do Sul.

A Montana foi lançada originalmente em 2003 como uma picape leve derivada do Corsa C (Opel), chamando muita atenção pelo design, mas assim como o restante da linha Chevrolet de base alemã, durou somente uma geração.

O lançamento da Montana em sua segunda geração é um dos raros casos de “involução” na indústria automobilística mundial, já que o produto tecnicamente retrocedeu uma geração em relação à anterior.

Essa história complexa teria abalado até as estruturas administrativas da GM no Brasil, sendo pivô de uma demissão importante, a de Denise Johnson, presidente da montadora na época e primeira mulher a assumir o cargo por aqui.

Com 25 anos de carreira na engenharia da GM nos EUA, Johnson teria desaprovado a Montana de segunda geração, exigindo modificações que atrasaram o lançamento em dois anos, causando prejuízos para a filial brasileira.

Diante de forças mais poderosas que ela, Denise se retirou da presidência “por motivos pessoais”, de acordo com a empresa. Assim, a Chevrolet Montana “venceu” o embate e chegou ao mercado, mas claramente inferior à antiga.

A Montana 2012 é uma picape que não se apoia na geração anterior como em alguns outros projetos automotivos. No caso dela, a plataforma do Corsa C (lançado aqui em 2002) foi trocada pela do Corsa B, o modelo de 1994.

Para piorar, essa base do Corsa B já havia sido simplificada e transformada para sustentar o Chevrolet Celta. Rival de Fiat Strada, VW Saveiro, Ford Courier e Peugeot Hoggar, a Montana de primeira geração era invejável em design.

Contudo, a segunda Montana se apoiava no estranho Agile, que se aproveitou do Celta para surgir como um hatch maior e mais espaçoso, com estilo de gosto duvidoso e claramente atrasado tecnicamente.

Herdando tudo do Agile, a Montana seguinte parecia tão estranha quanto o hatch, sendo claramente criticada por seu visual, qualidade, dirigibilidade e conforto. A GM precisava economizar para manter os lucros em dia para a matriz falida.

Nessa época, a GMB estava abandonando o portfólio da Opel para tristeza e crítica de muitos, que viam as mudanças como ruins para a marca. A mudança para a linha Gamma II foi demorada e a dupla de compactos só piorou a situação.

Com linhas desproporcionais, como seus enormes faróis monoparábola, grade avantajada e para-choque com “chifres” pronunciados, não ajudavam esteticamente, nem mesmo na versão Sport (havia a LS para trabalho).

O para-brisa quase reto fica próximo demais de condutor e passageiro, embora a caçamba tivesse bons 1.100 litros de volume. A GM criou uma cabine estendida de série com vigias laterais para passar mais impressão de espaço interno.

A traseira tinha um conjunto até que aceitável, mas por dentro do habitáculo, o ambiente era estranho. As portas tinham maçanetas fora de suas caixas, o que é natural em portas de carro.

O painel tinha um aspecto simples demais e antiquado, mas tinha display digital para o ar-condicionado. O cluster era igualmente diferente com seus ponteiros nas extremidades, lembrando carros antigos. Um display central atraía atenção.

Para deixar o motorista mais alto, assim como o passageiro, havia um truque. Os bancos tinham plataformas de espuma e saltavam do acabamento como rampas. Entretanto, o projeto esticou a base do Celta para os lados.

Isso fez com que os pedais continuassem no mesmo lugar, enquanto coluna de direção e assentos eram movidos para as extremidades da carroceria, gerando desalinhamento das pedaleiras e desconforto ao dirigir.

Essa solução já havia sido adotada pela Volkswagen no Gol G2 e derivados, causando desalinhamento de pedais e direção, ainda apoiados no projeto BX do final dos anos 70. Isso tudo em plenos anos 90.

Já em 2011, a GM repetia o que havia feito no Agile, que tem as mesmas características. Por sorte, apenas estes dois projetos foram feitos com base no hatch popular de 2001.

O painel tinha ainda a iluminação Ice Blue, padrão da GM na época e muito bonita. O volante com ou sem airbag era exclusivo da família Agile. Sob o capô, somente o GM Família I 1.4 Econo.Flex oriundo do Corsa A.

Ele entregava 97 cavalos na gasolina e 102 cavalos no álcool, sendo obtidos com o quatro cilindros, dotado de cabeçote de oito válvulas. O câmbio F15-5 era bom e atendia a proposta, sendo usado ainda hoje.

A capacidade de carga da Montana 2012 era de bons 758 kg, mas a suspensão traseira por eixo de torção não inspirava robustez, assim como na Saveiro. Já a Strada tinha eixo rígido e feixes de molas, mais adequados para carga.

Na Sport, tinha faróis e lanternas com máscara negra, rodas de liga leve, capota marítima, faróis de neblina, santantônio personalizado e saias laterais, bem como degraus laterais e traseiro sobre o para-choque, itens também da LS.

O modelo dispunha de sistema de som 1din com CD player, MP3 e USB. Vidros, travas e retrovisores elétricos também estavam presentes na oferta da Montana 2012 .

Montana 2012 – detalhes

A Chevrolet Montana 2012 tinha um visual inspirado no hatch Agile, que fora projetado anteriormente e fabricado na Argentina. Embora seja feita no Brasil, a picape herdou todos os elementos estéticos do compacto, exceto a caçamba.

Mesmo após 10 anos de mercado, a Montana mantém o visual do lançamento, tendo frente alta com grade dupla com barra na cor do carro e logotipo da Chevrolet, os faróis com lentes grandes e puxadas.

Elas apresentam parábolas únicas e máscara preta na versão Sport, enquanto o para-choque possui bumper laterais para reforçar a robustez do modelo, tendo ainda grade inferior e faróis de neblina, nesse caso na versão Sport.

Com para-brisa reto e próximo do habitáculo, a Montana 2012 vinha ainda com retrovisores e maçanetas pretas, bem como barras de proteção das portas. Nas laterais, degraus para facilitar o acesso à caçamba.

No teto, a Montana 2012 tinha um pequeno rack, enquanto a vigia traseira vinha com protetor metálico. Nas bordas da caçamba, há um trilho para movimentação dos ganchos para amarração de carga.

A caçamba de 1.100 litros ainda tem revestimentos laterais e de piso em plástico reforçado, tendo ainda capota marítima na versão Sport. A tampa da caçamba é sustentada por cabos de aço e possui revestimento protetor interno.

Na traseira, as lanternas verticais possuem lentes claras, enquanto a tampa da caçamba ostenta a placa do veículo, necessitando assim de uma terceira placa em caso de uso de extensor de carga.

O para-choque tem laterais pronunciadas que sustentam um degrau na parte central, ajudando a dar acesso à caçamba fechada. As rodas de liga leve eram opcionais e tinham aro 15 polegadas, com pneus 185/60 R15. As de aço eram aro 14.

No interior, o painel da Montana 2012 tinha o mesmo aspecto do Agile, mas o volante diferia, tendo um miolo mais estreito, embora ainda com três raios. Com airbag, o centro do volante era em estilo meia-lua.

No painel, o cluster analógico tinha mostradores com ponteiros nas extremidades, assim como o nível de combustível. Ao centro, um display digital em tonalidade Ice Blue tinha temperatura da água, hodômetros e consumo médio.

Já no topo do painel havia um porta-objetos com tampa, enquanto os difusores de ar eram circulares e com aletas para fechamento completo. Ao centro, o ar-condicionado manual tinha um display digital em Ice Blue.

Na parte inferior do conjunto, havia ainda um sistema de áudio 1din com CD player e MP3, da Positron. Apliques metalizados envolviam os difusores de ar laterais. O porta-luvas tinha tamanho mediano e sem iluminação.

As portas apresentavam maçanetas sem molduras envolventes, tendo ainda comando dos vidros elétricos nos apoios dos puxadores. Os retrovisores elétricos tinham comando na coluna A do motorista.

A alavanca de câmbio era levemente inclinada e os bancos – com padronagem diferente na versão Sport – traziam assentos com espuma avançada como uma rampa, de modo a manter as pernas apoiadas no banco em uma posição elevada.

Havia um pequeno espaço atrás dos bancos da cabine, que ainda era iluminada exteriormente por duas vigias nas colunas C. O console central tinha porta-copos e mais porta-objetos com uma pequena rede para objetos ou bagagem leve.

O estepe da Montana 2012 vai sob a caçamba de carga, o que livra a cabine de ter um pneu sobressalente roubando espaço. Atrás do encosto do passageiro, há uma base que serve como apoio para refeição ou documentos.

Montana 2012 – versões

  • Chevrolet Montana LS 1.4 MT
  • Chevrolet Montana Sport 1.4 MT

Equipamentos

Chevrolet Montana LS 1.4 MT – motor 1.4, transmissão manual de cinco marchas, mais rodas de aço aro 14 polegadas, pneus 175/70 R14, calotas integrais, protetor de carter, protetor de caçamba, banco do motorista com ajuste de altura, preparação para receber sistema de som com fiação completa, para-choques dianteiro e traseiro na cor do veículo, aquecedor com display digital, retrovisores e maçanetas pretas, protetores laterais e degraus pretos, entre outros.

Opcionais – direção hidráulica, banco do motorista com ajuste de altura, coluna de direção com regulagem de altura, rodas de aço aro 15 polegadas, com pneus 185/60 R15, calotas integrais, brake light, para-choques dianteiro e traseiro na cor do veículo, sistema de advertência sonoro de faróis ligados, sistema de luzes “follow me home”, preparação para receber sistema de som com fiação completa, direção hidráulica, computador de bordo, barra de proteção no vidro traseiro e antena no teto, ar-condicionado, rádio com USB/Bluetooth, vidros elétricos, retrovisores elétricos, travas elétricas, banco do passageiro rebatível, barra de proteção no vidro traseiro, alarme, freios ABS, airbag duplo, janela traseira corrediça, e antena no teto.

Chevrolet Montana Sport 1.4 MT – Itens de série e opcionais acima, mais faróis com máscara negra, faróis de neblina, barra de proteção no teto, maçanetas e retrovisores na cor do carro, CD player/MP3/Bluetooth/Aux, molduras laterais e spoiler lateral na cor do veículo, rodas de liga leve aro 15 polegadas, pneus 185/60 R15, lanternas traseiras fumê, sensor crepuscular, alto-falantes com tweeters, capota marítima e piloto automático.

Preços

  • Chevrolet Montana LS 1.4 MT – R$ 32.546
  • Chevrolet Montana Sport 1.4 MT – R$ 45.341

Montana 2012 – motor

A Montana 2012 usa o motor 1.4 Econo.Flex, um nome comercial para uma das evoluções do GM Família I, um tipo de motor desenvolvido pela Opel e lançado em 1982, para equipar a primeira geração do Corsa e versões do Kadett.

Criada junto com a Família II, a Família I tinha como característica unidades com volumes menores que os do segundo grupo, começando em 1.0 e indo até 1.8 litro. Por ser menor, essa linha de propulsores se adequou melhor aos pequenos.

Aqui, como a GM já tinha o Chevette desde 1973, foi decidido que somente o Monza seria lançado por aqui e, como era um modelo médio da linha Opel, o investimento feito localmente envolveu apenas o Família II 1.6 e 1.8, com o 2.0 depois.

Então, sem Corsa e muito antes do Kadett nacional, a GMB não trouxe o Família I nos anos 80, mas foi obrigada a fazê-lo em 1994, quando passou a produzir aqui a segunda geração do compacto alemão, que passou a ser global.

Iniciando com 1.0 8V, o Corsa também ganhou logo de cara o 1.6 8V, passando ainda pelo 1.0 16V e o 1.6 16V, todos lançados ainda nos anos 90. Na década de 2000, surgiu o 1.4 8V no Celta e o 1.8 8V veio a aparecer no Corsa C.

Idêntico ao Família II em arquitetura, o Família I tem bloco em ferro fundido e cabeçote de alumínio com duas válvulas por cilindro e comando único do tipo roletado, sendo essa uma das várias modificações que a engenharia da GMB fez.

Com comando acionado por correia dentada, o 1.4 8V Econo.Flex tinha bobinas interligadas e distribuidor eletrônico, bem como tuchos hidráulicos nas válvulas, o motor da Montana 2012 tinha ainda correia em V para os periféricos.

Dotado de injeção eletrônica multiponto com tecnologia flex por injeção de gasolina na partida a freio, usando para isso um reservatório de combustível dentro do cofre do motor. Com 1.389 cm3, ele tinha 12,4:1 de taxa de compressão.

A Montana 2012 entregava 97 cavalos na gasolina e 102 cavalos no etanol, ambos a 6.000 rpm. Os torques eram de 13,2 kgfm no primeiro e 13,5 kgfm no segundo, obtidos a 3.200 rpm.

Além disso, a caixa manual era a F17 de cinco marchas e embreagem de acionamento hidráulico. Essa picape nunca teve opção de câmbio automático e nem automatizado, sendo que este último foi usado no Agile.

Desempenho

No desempenho, a Montana 2012 tinha um desempenho mediano com o 1.4 Econo.Flex, indo de 0 a 100 km/h em pouco mais de 12 segundos, mas esperado para uma picape com um motor pequeno e o foco no trabalho.

Já na velocidade final, a Montana se aproveitava da aerodinâmica e de uma boa relação de marchas para alcançar 170 km/h, o que não era nada ruim. Assim, a proposta era de um modelo com desempenho apenas aceitável.

  • Chevrolet Montana 1.4 MT – 0 a 100 km/h – 12,1 segundos
  • Chevrolet Montana 1.4 MT – Velocidade máxima – 170 km/h

Consumo

No consumo, a Montana 2012 ficava dentro da proposta do segmento, fazendo com álcool menos de 7 km/l na cidade e pouco mais de 8 km/l na estrada. Já com gasolina, a média era melhor, especialmente no ciclo urbano.

Na cidade, a picape da Chevrolet tinha uma boa média de 9,5 km/l, algo bom para um veículo comercial, embora vazio. Na estrada, a Montana fazia razoáveis 11,4 km/l, o que daria uma média de 615 km de autonomia.

  • Chevrolet Montana 1.4 MT – Consumo etanol – 6,8/8,2 km/l
  • Chevrolet Montana 1.4 MT – Consumo gasolina – 9,5/11,4 km/l

Montana 2012 – manutenção e revisão

A Chevrolet Montana 2012 tem plano de manutenção com preços pré-fixados ainda no site da marca americana, sendo que as revisões são feitas a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.

Nas revisões até 60.000 km, a picape leve da GM tem custo total de R$ 4.012 para seis paradas programadas, o que é um custo aceitável para um veículo de trabalho, embora ela seja bem simples em sua mecânica.

Na rede Chevrolet, são feitas inspeções em motor, câmbio, suspensão, direção, freios, elétrica e itens de segurança. Além disso, são efetuados ainda substituição de itens de desgaste natural, sempre mediante custo adicional após autorização.

Assim, são trocadas pastilhas de freio, lonas de freio, discos de freio, pivôs de direção, bucha de balança, batente das torres, amortecedores, molas, coxins, rolamentos, pneus, etc. Alinhamento, balanceamento e cambagem são feitos.

Nas revisões, são trocados óleo do motor, filtro de óleo, filtro de ar do motor, filtro de ar da cabine, filtro de combustível, velas, líquido de refrigeração, correia em V, correia dentada, fluido de freio, fluido de direção hidráulica, entre outros.

A GM tem ainda uma rede autorizada com suporte para recall, assim como instalação de acessórios, pintura, funilaria e outros reparos que vierem a ser necessários.

Revisão 10.000 km 20.000 km 30.000 km 40.000 km 50.000 km 60.000 km Total
1.4 R$ 300,00 R$ 652,00 R$ 760,00 R$ 544,00 R$ 952,00 R$ 804,00 R$ 4.012,00

Montana 2012 – ficha técnica

Motor 1.4
Tipo
Número de cilindros 4 em linha
Cilindrada em cm3 1389
Válvulas 8
Taxa de compressão 12,4:1
Injeção eletrônica Indireta
Potência máxima 97/102 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol)
Torque máximo 13,2/13,5 kgfm a 3.200 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão
Tipo Manual de 5 marchas
Tração
Tipo Dianteira
Direção
Tipo Mecânica ou hidráulica
Freios
Tipo Discos dianteiros e tambores traseiros
Suspensão
Dianteira McPherson
Traseira Eixo de torção
Rodas e Pneus
Rodas Aço ou liga leve aro 14 ou 15 polegadas
Pneus 175/70 R14 ou 185/60 R15
Dimensões
Comprimento (mm) 4.514
Largura (mm) 1.700
Altura (mm) 1.579
Entre eixos (mm) 2.669
Capacidades
Caçamba (L) 1.100
Tanque de combustível (L) 54
Carga (Kg) 758
Peso em ordem de marcha (Kg)  1.152
Coeficiente aerodinâmico (cx) ND

Montana 2012 – fotos

https://www.youtube.com/watch?v=FU1s5eFcjFU

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