A Audi oficialmente paralisou a produção de veículos no Brasil. Desde dezembro a marca de luxo alemã não vinha mais fabricando automóveis, no caso, o Audi A3 Sedan da geração anterior.

Tendo já feito aqui o Q3 também, a Audi pausa sua atividade industrial no Brasil, mas sem grandes danos para a empresa, uma vez que apenas 40 profissionais estavam envolvidos exclusivamente no processo.

O motivo é que a Audi compartilhava a linha de montagem com os modelos T-Cross e Fox em São José dos Pinhais-PR, fábrica que é da Volkswagen. Agora, não se sabe que destino terá o grupo de funcionários altamente qualificados que a empresa formou no Paraná.

Numa eventual retomada da produção, a Audi não deve focar novamente em fazer o A3 e derivados. Com o mercado seguindo seu curso com SUVs e crossovers, o Novo Q3 surge como opção.

A próxima geração do Q2 também seria outra opção para a Audi, usando a plataforma modular MQB-A1, ele poderia ser feito até com o Q3, que fica num segmento acima. Tudo, no entanto, depende das condições do mercado, mas antes disso, do governo.

Para apenas voltar a investir numa produção brasileira, a Audi busca a retomada dos créditos de IPI devidos pelo governo federal em decorrência do programa Inovar-Auto.

Brasília deve não apenas para a Audi, mas também para BMW, Mercedes-Benz e Jaguar Land Rover, todas com produção de baixo volume, acordadas com o governo da época para realizarem os investimentos na produção nacional.

A Mercedes-Benz jogou a toalha e, pela segunda vez no Brasil, deixou de fabricar automóveis. Na Jaguar Land Rover, a produção do Discovery Sport continua, mas claramente é uma operação inviável dado o baixo volume do produto.

Com a falta de outro, o Evoque, que passou a ser importado do Reino Unido, a JLR só não fecha porque se beneficiou de incentivos fiscais no Rio de Janeiro e teria de ressarcir o estado, assim como no caso da planta da Ford em Camaçari-BA.

Já a BMW não diz nada e continua produzindo normalmente. Não se sabe em que pé anda a rentabilidade da planta catarinense, mas com quatro modelos em produção, não parece ruim o suficiente para seguir a rival de Stuttgart.

De todas, a que está em melhor situação é a própria Audi, uma vez que usa fábrica que produz alto volume para a VW, com o T-Cross vendeu só no mercado brasileiro em 2020, mais de 60 mil unidades. Esta ainda pode receber a picape Tarok ou outro modelo no lugar do Fox.

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