Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Avaliação: Fiat Toro Ranch é um bom meio-termo em picape diesel

A Fiat Chrysler tem um bom portfólio de picapes, mais por conta da RAM, contudo, aqui no Brasil temos a Toro, que conquistou seu espaço e virou referência.

Ainda assim, a FCA não dispõe de uma picape média de chassi de longarinas, um produto mais tradicionalista, onde os clientes rurais são mais fiéis.

De qualquer forma, a Toro quer um pouco disso e de carro de passeio, então, com visual incrementado e leve influência americana, apresenta a Ranch como um bom meio-termo em picape diesel e SUV.

Obrigatoriamente com motor 2.0 diesel de 170 cavalos e câmbio de 9 marchas, não poderia deixar de ser 4×4 e ainda oferece conteúdo condizente com a proposta.

Preço? Aí é que está o “x” da questão, fica em R$ 165.990 na Ranch, que fica em faixa das irmãzonas old school e ainda nem é a mais cara da gama. Vale?

Por fora…

Em estilo, a Toro vem agradando desde seu lançamento em 2016. Na Ranch, a marca italiana focou em personalização mais elaborada, visando mais luxo que visual.

Mesmo com alguns acessórios Mopar de série, como engate para reboque e estribos laterais, a Toro Ranch ainda parece um carro leve, tendo santantônio exclusivo e belas rodas aro 18.

Também chama atenção pelo cromado dos retrovisores e maçanetas, assim como por mais frisos brilhantes na base e detalhes em preto.

A Toro Ranch destaca ainda mais seu conjunto ótico com luzes diurnas em LED, assim como suas lanternas devidamente iluminadas por feixes de luz.

Por dentro…

No interior, a Toro Ranch mantém a preocupação em agradar com a mescla de preto e marrom, principalmente no bom acabamento dos bancos em couro com costuras exclusivas.

Apliques em bronze no volante, difusores de ar e moldura da multimídia também agradam. Por seu nome “Ranch” e orientação “americana”, a Toro que não é a top de linha traz mais.

O banco do motorista, por exemplo, tem ajustes elétricos, inclusive lombar. O mesmo acabamento dos assentos também é reproduzido nas portas, mas apenas nas dianteiras.

Assim como vários modelos de carros vendidos no mercado, a Toro Ranch também peca e tirar o foco dos passageiros que vão atrás, eliminando o revestimento das portas.

Pelo menos o banco traseiro vem com apoio de braço central com porta-copos retrátil. Na frente, o apoio também é em couro.

Faltando atenção nas portas de trás, não se esqueceram de adicionar uma soleira cromado com um touro do rancho em alto revelo.

Um badge vistoso no console inferior do painel, também não deixa esquecer-se de qual versão estamos falando. O mesmo se apresenta também nas portas, mas do lado de fora.

O volante de boa empunhadura tem couro costurado e todos os comandos agregados, incluindo paddle shifts.

Já o cluster analógico é vistoso e seu display de 7 polegadas tem boa apresentação. No caso da multimídia, ela é da última geração que a FCA dispõe em seus carros por aqui.

Intuitiva, traz em sua tela de 7 polegadas um navegador GPS para aquelas áreas sem cobertura de internet do celular, que se aproveita bem dos sistemas Android Auto e Car Play.

Para conectá-los, uma única porta USB na frente, sendo que existe ainda outra atrás. É pouco, mas pelo menos existem duas fontes de 12V no habitáculo para adaptadores.

A Uconnect adiciona ainda câmera de ré, que ajuda bem nas manobras. É um sistema de entretenimento que não surpreende, mas também não faz feio. Tem o necessário para o dia a dia.

Com ar condicionado dual zone, mais que suficiente, a Toro Ranch vem devidamente equipada com seletor de tração, além da alavanca de câmbio em couro, tal como a do freio de mão.

Para sua proposta, a Toro Ranch bem que poderia oferecer um teto solar elétrico (existiu, mas quase ninguém viu…) e saídas de ar para o banco traseiro.

Tendo colunas e teto pretos, a Ranch vem ainda com retrovisor eletrocrômico, espelhos iluminados nos para-sóis e retrovisores com rebatimento automático e tilt down.

Apresentando um porta-luvas pequeno, a picape da Fiat tem espaço razoável para objetos no interior, incluindo sob o assento do passageiro da frente.

Para quem vai atrás, o espaço para as pernas, não é dos melhores, mas atende.

Mesmo nesse ambiente, que parece (e realmente é) menor que das picapes médias maiores, a Toro Ranch ainda consegue oferecer conforto para quatro pessoas em viagem longa.

Na caçamba, seus 820 litros são suficientes para pretensões pouco rurais, vindo com proteção no piso e laterais, assim como capota marítima, que não retém 100% da água.

Aliás, nem a Ultra com seu “porta-malas” de fibra não é estanque. Então, ao viajar com a Ranch, é importante ter um baú fechado, preso dentro do compartimento de carga.

A dupla abertura da tampa é bem conveniente também.  Já o reboque de série, vem com a bola de engate guardada sob o banco do motorista.

Por ruas e estradas…

A Fiat Toro Ranch é uma picape com desempenho mediano, mas o melhor que o modelo possui, afinal, o 1.8 é manco e o 2.4 bebe demais.

Então, outro meio-termo se aplica bem aqui. O propulsor diesel 2.0 Multijet II é um motor de carro de passeio, mas isso não significa que faça feio, pelo contrário.

Como na VW Amarok, a origem do motor não afeta seu desempenho, sendo que os 170 cavalos a 3.750 rpm e 35,7 kgfm a 1.750 rpm, nos faz esquecer rapidamente dos 1.8 e 2.4.

Ainda que o peso do conjunto deponha contra e se perceba giros altos para buscar mais força, o Multijet II 2.0 ainda é a melhor escolha que a FCA tem para a Toro, sem elevar seu preço.

Equipado com câmbio automático ZF 9HP de nove marchas, com direito a “tranquinho” para parecer mais picape (no Jeep Compass, por exemplo, é mais suave), ela deslancha bem.

Nas saídas, a Toro Ranch é ágil e dá ao condutor uma resposta agradável. Na estrada, a oferta de força se renova com ultrapassagens sem pedir água.

Subidas íngremes ainda requerem reduções automáticas, visto que são nove marchas e muitas delas são curtas. A busca é sempre manter um regime na casa de 2.000 rpm.

Não faz feio se exigir mais força dela, mas isso significará rotações na casa dos 4.000 rpm e um consumo maior de diesel.

Chamando no manual, tanto pela alavanca quanto pelas borboletas, dá para andar com mais desenvoltura e sem elevar o tom.

Rodando a 110 km/h, o ponteiro marca bons 1.600 rpm, o que agrada pelo nível de ruído e disposição para beber menos. Nisso, fizemos em uma viagem longa 13,2 km/l de média.

Com caçamba cheia e quatro pessoas (na ida foram três), a média caiu para 13 km/l, pouca coisa de alteração, apesar de a carga ser mais volumosa que pesada.

No piloto automático, a Toro Ranch dá um bom descanso para as pernas e mesmo com mais de 800 km num trecho direto, com inúmeras paradas de pedágio e almoço, ela agradou.

Rodando na cidade, a picape é bem confortável e apta a enfrentar nossa buraqueira. Com consumo mais alto que esperávamos (8,5 km/l), ela roda com desenvoltura.

O desempenho no anda-e-para é bom, mas as rodas aro 18 com pneus 225/60 e uma frente mais “sentada” deixam-na mais firme do que o esperado por alguns, reproduzindo mais o que passa por baixo.

Na estrada, essa característica é boa, já que a picape fica mais na mão, sem oscilações laterais e melhor para fazer curvas fechadas.

Com direção elétrica bem ajustada, ela fica boa para rodar no asfalto e até mesmo em terra, porém, com ressalvas, já que a altura baixa na frente faz o protetor raspar facilmente.

Parece estranho em uma picape, algo que geralmente vemos em automóveis de passeio, mas até alguns ditos SUVs acabam fazendo o mesmo.

Então, no fora de estrada, cautela com a Toro Ranch em valas profundas ou depressões que, a princípio, parecem fáceis para uma picape.

Acionando o 4×4 permanente, ela sai facilmente de qualquer situação ruim na forma de lama ou barro, tendo ainda a reduzida para quando a coisa fica um pouco mais interessante.

Devido a seu peso e capacidade de carga (uma tonelada por lei), a Toro Ranch tem freios traseiros com tambores bem avantajados, mas que param bem a picape.

Sua suspensão independente na traseira ajuda muito na dirigibilidade, eliminando a tendência de sair de traseira, comuns às irmãs maiores (exceto Frontier).

Oferecendo um pacote com o necessário em segurança, ela traz controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e o útil controle de descida.

Mesmo sendo uma picape cabine dupla, diesel e 4×4, a Ranch tem um desempenho mais para quem vive na cidade e eventualmente vai ao sítio ou rancho, como na região do MS, onde fomos com esta Toro.

Por você…

Depois de rodarmos mais de 1.800 km com a Toro Ranch, confirmamos que o já sabíamos: a melhor opção da picape da Fiat é mesmo com motor diesel.

Ela é forte o suficiente para pretensões menos rurais, é econômica e ainda tem um desempenho geral que não decepciona quem procura um carro para uso misto.

Apesar de mais dedicada ao asfalto, ela enfrenta bem o duro chão batido do Brasil e mesmo locais onde os carros comuns não se atrevem a ir.

Com um conjunto de visual e conteúdo bom, a Toro Ranch é um vislumbre positivo do que a marca poderia oferecer acima dela. Enquanto isso não acontece, ela faz o que pode, e bem.

Medidas e números…

Ficha Técnica da Fiat Toro Ranch 2.0 Diesel 2020

Motor/Transmissão

Número de cilindros – 4 em linha, turbo

Cilindrada – 1.956 cm³

Potência – 170 cv a 3.750 rpm (diesel)

Torque – 35,7 kgfm a 1.750 rpm (diesel)

Transmissão – Automática de 9 marchas com mudanças na alavanca e volante

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h – 10 segundos

Velocidade máxima – 188 km/h

Rotação a 110 km/h – 1.600 rpm

Consumo urbano – 8,5 km/l

Consumo rodoviário – 13,2 km/l

Suspensão/Direção

Dianteira – McPherson/Traseira – Multibraço

Elétrica

Freios

Discos dianteiros e tambores traseiros com ABS e EDB

Rodas/Pneus

Liga leve aro 18 com pneus 225/60 R18

Dimensões/Pesos/Capacidades

Comprimento – 4.915 mm

Largura – 1.844 mm (sem retrovisores)

Altura – 1.735 mm

Entre eixos – 2.990 mm

Peso em ordem de marcha – 1.871 kg

Tanque – 60 litros

Caçamba – 820 litros

Capacidade de carga – 1.000 kg

Preço: R$ 165.990

Fiat Toro Ranch 2020 – Galeria de fotos

© Noticias Automotivas. A notícia Avaliação: Fiat Toro Ranch é um bom meio-termo em picape diesel é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.



This post first appeared on Notícias Automotivas - Noticias De Carros, please read the originial post: here

Share the post

Avaliação: Fiat Toro Ranch é um bom meio-termo em picape diesel

×

Subscribe to Notícias Automotivas - Noticias De Carros

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×