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Fluence GT: a aposta esportiva 2.0 turbo do sedã da Renault

Importado da Argentina, o Fluence GT foi sensação de 2012 a 2014 no mercado brasileiro, trazendo uma proposta esportiva ao sedã médio da Renault.

O modelo foi criado regionalmente para ser o topo de linha do sedã francês na região, sendo um carro que trouxe motor turbo e uma pegada mais agressiva, embora visualmente fosse até certo ponto, conservador.

O Fluence GT também garantiu o acesso da filial brasileira (e argentina) à engenharia da Renaultsport em Dieppe, França. Por ela, o Renault Sandero R.S. 2.0 fora criado posteriormente para manter uma opção esportiva na gama de produtos.

Tendo durado muito pouco no Brasil, o GT veio até com uma campanha de marketing boa, que trouxe ao Brasil o falecido  ator americano Paul Walker, a franquia Velozes e Furiosos.

Fluence GT

Desde 2009, o Renault Fluence Tinha uma gama até certo ponto consistente com sua proposta de sedã médio comportado, mas em novembro de 2012, o Fluence GT chegou para apimentar a gama.

Com estreia colaboração da engenharia brasileira com a argentina, além do suporte técnico da Renaultsport, o GT cumpriria exatamente o que o portfólio Renault na Europa dispõe.

Nesse caso, além das versões comuns, o Fluence teria ainda a versão GT Line para ser a intermediária com a GT, trazendo um pouco do visual do esportivo, mas sem sua motorização.

Como era uma medida regionalizada, o motor 2.0 recebeu turbocompressor com intercooler, mas a injeção de combustível continuou a ser indireta, do mesmo modo que no 2.0 Flex, mas abastecido apenas com gasolina.

Fluence GT – Estilo

O Fluence GT apareceu ainda no estilo anterior do sedã francês. O modelo chegou com visual ligeiramente alterado, dando assim um ar mais esportivo ao carro.

Por fora, o GT ganhou para-choque dianteiro com spoilers bem pronunciados, que chamavam atenção nas ruas. Eles ainda vinham com um difusor de ar frontal e deixavam o Fluence com uma cara bem agressiva.

A grade vinha com acabamento cromado, enquanto os faróis possuíam lentes duplas num fundo claro. O protetor frontal tinha ainda faróis de neblina circulares em molduras pretas.

Nos retrovisores e maçanetas, a Renault introduziu uma cor cinza como destaque, sendo num diferencial interessante em relação à versão Privilége, por exemplo.

O Fluence GT tinha belas rodas de liga leve de cinco raios duplos com aro 17 polegadas e pneus 205/55 R17. As medidas são as mesmas de aro 16 de um sedã médio comum da época, mas a diferença era que tinha um tamanho maior.

Na traseira, o Fluence esportivo tinha um pequeno e discreto defletor de ar sobre a tampa do porta-malas, além de um para-choque exclusivo, que tinha pequenas saídas de ar nas laterais numa moldura que recobria o protetor original.

Esta capa também sustentava o difusor de ar e o escape com apenas uma saída cromada. A cobertura traseira se estendia também à base das portas, criando uma moldura diferenciada e esteticamente atraente.

Por dentro, o Fluence GT tinha alguns diferenciais em relação às demais versões. Com um painel bem moderno, o sedã médio da Renault vinha com conta-giros analógico com faixa amarela de alerta de rotação excessiva.

Já o display digital central tinha fundo branco em cristal líquido e um visual bem atraente. O volante era em couro com detalhes prateados e uma pegada esportiva.

Do outro lado do painel havia um aplique cinza com a sigla GT em laranja. A alavanca de câmbio manual tinha pomo metalizado com capa de couro e costura vermelha. Os pedais também eram esportivos.

Mesmo com um pequeno display digital para o sistema de entretenimento, o Fluence GT apresentava um navegador GPS integrado, assim como reprodução de dados de mídia e telefonia.

O ar condicionado era dual zone e comandos físicos para áudio, incluindo CD player mais abaixo. Os bancos eram esportivos em couro com costuras vermelhas e faixas de tecido especial.

Seu sistema de som era “3D Sound by Arkamys” e vinha acompanhado de quatro alto falantes e número igual de tweeters. A alavanca de câmbio tinha sistema de trocas manuais, mas sem paddle shifts no volante, algo realmente ruim.

Assim como em outras versões do Fluence, a GT sofria com o ajuste dos retrovisores em local ruim, assim como o controle de cruzeiro com três comandos, sendo dois no volante.

O teto solar elétrico era também outro item de importância dentro do pacote do Fluence GT, que trazia ainda uma série de equipamentos de conforto e segurança para o cliente.

Entre os itens, destaque para soleiras Renault Sport, que realçavam a entrada do carro. Direção era elétrica progressiva, enquanto a partida era feita por botão, sendo que o Fluence GT dispunha de cartão eletrônico como chave.

Assim, era possível entrar sem necessidade de usa-lo, bem como dar partida. Para recarrega-lo, bastava mante-lo no slot exclusivo. O Fluence esportivo trazia ainda a comodidade dos apoios de braços para os bancos dianteiros e traseiros.

Já os retrovisores externos tinham ajuste elétrico, assim como desembaçamento e basculamento automático. Todos os vidros tinham sistema antiesmagamento, assim como o teto solar elétrico.

A direção tinha ajustes em altura e profundidade, enquanto os cintos dianteiros podiam ser ajustados. Com seis airbags, o Fluence GT trazia um pacote de segurança completo, que incluía Isofix para cadeiras infantis atrás.

Controles de tração e estabilidade também faziam parte do pacote do GT, que tinha freios a disco nas quatro rodas, sendo de 280 mm na frente e 260 mm atrás. Apenas o dianteiro era ventilado.

O Fluence GT trazia igualmente faróis de xenônio, além de sensor de chuva e de faróis automáticos, sendo que estes ainda tinham ajuste em altura e lavador.

Além do sensor de estacionamento, havia também o piloto automático com limitador, assim como faróis e lanterna de neblina. O modelo era disponibilizado apenas nas cores Branco Glacier, Vermelho Fogo e Preto Nacré.

Com carroceria monobloco de aço estampado, o Fluence GT tinha 4,620 m de comprimento, 1,810 m de largura, 1,470 m de altura e 2,700 m de entre eixos, que garantia um bom espaço para as pernas de quem ia atrás.

Tendo todo esse tamanho, o Fluence tinha bons 530 litros no porta-malas e mais 60 disponíveis para combustíveis no tanque. O espaço para bagagens podia ser ampliado com o rebatimento de um (ou os dois) encostos traseiros.

Atualização argentina

Em 2015, o Fluence GT recebeu o mesmo facelift da gama de versões do sedã da Renault, ficando visualmente mais atraente. As mudanças na frente foram bem profundas, mas feitas apenas na Argentina, onde ficou conhecido como GT2.

A frente ganhou um novo capô com corte para o enorme losango da Renault, que adorna a grade com padrão global de estilo da marca, vigente até recentemente em todo o mundo.

Os faróis são os mesmos, embora pareçam diferentes num primeiro olhar. O para-choque também foi renovado, trazendo a parte inferior preenchida com uma enorme grade com molduras cinzas envolvente as luzes diurnas em LED.

Os spoilers ficaram menos pronunciados e os novos vincos do capô deram uma cara nova ao Fluence GT. As rodas de liga leve aro 17 ganharam um desenho mais fluido. Atrás, as lanternas se mantiveram, assim como o escape único e o difusor.

Por dentro, o Fluence GT ganhou acabamento diferenciado no painel com detalhes em preto brilhante e vermelho, enquanto os bancos receberam padronagem diferenciada, ficando mais esportivos.

Os principais atributos do interior do sedã esportivo continuaram, como volante em couro com boa empunhadura, painel com cluster digital de fundo branco e sistema de navegação GPS da TomTom, além de ar dual zone, teto solar e outros.

A atualização do Fluence GT serviu para mante-lo por mais dois anos no mercado nacional. Por conta das vendas em baixa, o esportivo acabou sendo excluído do portfólio nacional, mantendo-se apenas no país vizinho.

Ainda que tenha tido vida curta, o GT foi uma versão que demandou investimentos por parte da Renault, especialmente em relação à engenharia de produto e abriu caminho para o Sandero R.S. 2.0.

Fluence GT – Motor

O Fluence GT foi equipado com o motor F4R da Renault, que passou por modificações para mover o esportivo. Este propulsor não teve injeção direta de combustível, o que certamente teria dado a ele mais eficiência energética.

Com injeção sequencial multiponto e cabeçote de 16 válvulas, tendo dois comandos acionados por correia dentada, o F4R recebeu um turbocompressor Mitsubishi TD04-10T, que dispunha de wastegate twin-scroll.

Isso permitia reduzir o tempo de atraso do turbo lag, uma fraqueza dos motores turbinados, onde o torque é muito pouco até que o compressor tenha rotação suficiente para encher a câmara com pressão normal.

Nisso, a taxa de compressão do F4R era de 9,5:1 e os 1.998 cm3 conseguiam produzir 180 cavalos a 5.500 rpm com 30,6 kgfm a 2.250 rpm. O bloco recebeu pistões e bielas reforçados, assim como o virabrequim.

Ele também recebeu junta de cabeçote tripla para resistir melhor às grandes pressões nas câmaras de combustão, assim como bronzinas mais fortes nas junções móveis de pistões, bielas e virabrequim.

Os dutos dos coletores de admissão foram modificados para aumentar o fluxo de mistura ar-combustível na câmara.

As válvulas de escape nitretadas e, com essas modificações, o F4R ficou mais forte e durável. Mas, para trabalhar com esse motor, a Renault introduziu a caixa de mudanças PK04-17 de seis marchas e embreagem hidráulica.

Pesando 1.341 kg, sendo 164 kg apenas do motor, o Fluence GT ia de 0 a 100 km/h em 8 segundos com máxima de 220  km/h. No consumo, ele faz 8,1 km/l na cidade e 12 km/l. Ele era abastecido apenas por gasolina.

Além do motor e câmbio, a Renault fez modificações na suspensão, que é do tipo McPherson na frente e “H” atrás com eixo de torção. Molas, amortecedores e batentes foram reforçados e ganharam nova calibração.

A direção ficou mais direta para dar uma sensação maior de controle, além de respostas mais rápidas nas curvas e mudanças de trajetória em velocidade baixa. A dirigibilidade do Fluence GT foi um dos destaques do modelo.

Com relações de câmbio longas, o Fluence GT podia imprimir um ritmo bom em condução esportiva, graças ao alto torque em baixa, tanto que o diferencial do sedã era mais longo que das versões comuns. A embreagem foi alterada.

Mercado

Custando a partir de R$ 79.370 em 2012, o Fluence GT era tido como um carro esporte com preço competitivo. Fredéric Posez, que era diretor de Marketing da Renault do Brasil, disse:

“Um preço extremamente competitivo, considerando-se as qualidades e os equipamentos de série oferecidos nesta versão”. Ainda assim, o GT não empolgou tanto os consumidores e acabou saindo de cena bem antes do esperado.

Nem mesmo a campanha com Paul Walker parece ter ajudado. Por conta de sua posição no mercado e ainda pela desvalorização relacionada com carros franceses e importados, hoje é um usado barato e pouco rodado.

Na internet é possível encontrar unidades com preços a partir de R$ 38 mil e com quilometragem não muito alta, o que é bom para quem quer um sedã de boa performance e com um bom nível de equipamento, além de ter transmissão manual.

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