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Peugeot 407: os detalhes do sedã que é raridade nas ruas

O Peugeot 407 era um modelo médio que a marca francesa lançou no Brasil em 2005 e que foi vendido até 2010. Ele foi oferecido em versões sedã e perua, pois, o cupê só foi oferecido na Europa.

Aqui, o modelo substituiu o Peugeot 406, que foi oferecido com as três carrocerias. O 407 só não teve a mesma oferta, porque o então 307 chegou também com a versão CC, que tinha teto rígido retrátil e acabou ocupando a vaga do cupê.

Feito na França e também na Malásia, o Peugeot 407 chegou com visual ousado para enfrentar a concorrência local, especialmente liderada pelo Chevrolet Vectra, assim como pelos japoneses Honda Civic e Toyota Corolla.

Bem equipado, foi oferecido por aqui com motores 2.0 16V e V6 3.0 24V, todos com transmissão automática. A dupla que compunha o Peugeot 407 foi uma alternativa necessária para a marca até a regionalização de seu sucessor.

Neste caso, o Peugeot 408, que foi feito na Argentina e que saiu de cena somente em 2019. Apesar da boa reputação como produto, o Peugeot 407 foi envolvido em um caso de denúncia de importação irregular.

Mais de 900 unidades do 407 teriam sido importadas pela PSA como ativos da empresa e não deveriam ser vendidos ao público, pois haviam recebido incentivos tributários por se tratar de veículos de uso da empresa.

O caso gerou enorme repercussão na época e a PSA chegou a ter busca e apreensão na fábrica de Porto Real-RJ e numa concessionária de Londrina, além de uma autuação de R$ 30 milhões.

Peugeot 407

O Peugeot 407 era um belo carro, especialmente na carroceria sedã. O modelo de três volumes tinha linhas sofisticadas e esteticamente elegantes, além de muito fluidas.

Ele tinha faróis grandes e duplos, cuja lente era bem transparente e o acabamento interno cromado. No V6, os faróis eram de xenônio. Esse conjunto ótico se prolongava sobre o capô, que era liso e quase se fundia com o para-choque.

Não havia grade superior, apenas uma moldura com o logotipo do leão parcialmente vazado. O para-choque integrada o desenho, criando apenas uma linha que o separava do capô.

A grade inferior tinha forma de boca e garantia a manutenção da refrigeração num sedã estiloso. As laterais tinha protetores pretos e faróis de neblina.

A placa no Peugeot 407 ia na parte inferior do para-choque dianteiro e dividia os dois spoilers grandes que ficavam nas extremidades do protetor.

O 407 tinha belas rodas de liga leve diamantadas em aros 16 polegadas no 2.0 e 17 polegadas no V6 3.0. Os spoilers pronunciados na frente se harmonizavam com proeminências laterais na base das portas.

Havia também protetores pretos nas portas com frisos cromados, além de repetidores de direção nos para-lamas dianteiros. Os retrovisores grandes eram na cor do carro, assim como as maçanetas.

O Peugeot 407 tinha portas amplas, com quebra-vento falso nas dianteiras. As colunas C eram pequenas e verticalizadas por conta do desenho das portas traseiras.

O porta-malas era bem pronunciado e vincado na parte superior da tampa, moldando-se com as laterais. As lanternas eram escurecidas e ficavam ao lado da tampa, sem invadi-la.

O para-choque traseiro do Peugeot 407 tinha bordas vincadas e protetor preto sobre os sensores de estacionamento. A placa ficava mais abaixo e o escape, mesmo do V6, era virado para baixo.

Visualmente, por incrível que pareça, o 407 era superior em estilo e sofisticação que seu sucessor, o regionalizado 408, que era um projeto feito para a China. Não por acaso, em 2008, o sedã custava em torno de R$ 120 mil.

Bem equipado

Por dentro, o ambiente do Peugeot 407 era bem sofisticado. O painel tinha acabamento preto com detalhes em cinza. O cluster era vistoso com mostradores de aros cromados e fundo branco.

Para completar o visual de “encher os olhos”, os mostradores tinham grafismos em vermelho, junto com a iluminação. O conjunto tinha velocímetro, conta-giros, nível de combustível (ao centro) e temperatura da água.

Estranhamente, tinha também manômetro de óleo. Havia ainda um display com computador de bordo e grafismos em vermelho. Já o volante em couro tinha ajustes em altura e profundidade, além detalhes em cinza.

Piloto automático e limitador de velocidade ficavam em uma haste na coluna, do lado esquerdo. No direito, outra haste reunia controles de mídia e telefonia, padrão da Peugeot na época.

O computador de bordo era acionamento pela haste dos limpadores, enquanto os faróis ficavam na outra. O console central tinha arranjo verticalizado e acabamento cinza.

No topo, difusores de ar pequenos. No espaço que seria de um rádio 2din ou multimídia, havia um display digital para o sistema de som, que no V6 tinha 10 alto-falantes e subwoofer, além de 240 watts.

Opcionalmente, o Peugeot 407 V6 tinha disqueteira com seis discos no porta-malas. O rádio tinha CD player e ficava abaixo do espaço vazio deixando pelo display “1din”.

O dispositivo tinha controles físicos, assim como do ar condicionado dual zone, cujas informações eram observadas no display acima. Logo abaixo, um porta-objetos com fonte 12V e tampa retrátil.

O túnel entre os bancos tinha bom acabamento com detalhes em cinza e cromo, além de alavanca em couro com seletor tipo escada, com opção de trocas manuais. Botões para os modos Sport e Inverno estavam próximos.

No entanto, o freio de estacionamento era manual por alavanca. O Peugeot 407 tinha bom porta-luvas iluminado e refrigerado, assim como porta-copos e objetos.

Os bancos eram bem confortáveis e largos, tendo revestimento em couro preto e formato bem aconchegante, especialmente o traseiro. Este, aliás, tinha apoio de braço central com porta-copos e objeto articulados.

Os assentos dianteiros tinha ajustes elétricos e aquecimento no Peugeot 407 V6. O espaço interno era bem amplo e com boa distância para as pernas atrás, assim como para-brisa avançado que dava amplitude visual.

Havia como opcional o teto solar elétrico, que deixava o sedã ainda mais requintado. O porta-malas tinha bom volume interno, sendo 468 litros com direito a banco traseiro bipartido e rede para amarração de bagagem.

O Peugeot 407 foi um carro bem equipado e luxuoso em sua época. A versão 2.0 litros, por exemplo, trazia ainda sensores de chuva e crepuscular, alarme, rebatimento dos espelhos retrovisores externos e bancos em tecido refinado.

Em segurança, vinha ainda com freios de assistência ABS e EDB, bem como quatro airbags, sendo dois frontais e dois laterais. No V6, o 407 tinha mais coisas interessantes, como controles de tração e estabilidade.

Também estavam disponíveis airbags de cortina que atendiam todas as laterais internas. Medidor de pressão dos pneus eram oferecidos igualmente. Por ser um carro bem mais potente, tinha discos de freio maiores na frente.

Como peculiaridade, a Peugeot produzia os próprios amortecedores e molas da suspensão traseira do 407, sendo que no V6, o conjunto de suspensão era multibraço e feito em alumínio.

Tinha mais, o Peugeot 407 V6 tinha ajuste eletrônico desse conjunto, que dava mais firmeza no modo Sport e ajustava automaticamente as respostas com carga a bordo.

Peugeot 407 SW

O Peugeot 407 tinha uma perua interessante, apesar do design traseiro ser controverso se comparado às familiares tradicionais de estilos americano ou alemão, por exemplo.

Até as colunas B, a 407 SW era semelhante ao sedã, porém, as portas traseiras a seguir tinha formato levemente modificado. A linha de cintura se elevava suavemente até as colunas D.

O design fazia com que a coluna C de fato fosse a única presente, inclinando-se em direção à tampa do bagageiro e deixando espaço para duas vigias laterais.

Uma delas era envolvente e integrada ao desenho da vigia do porta-malas. As lanternas grandes se moldavam às laterais, criando um aspecto visual com três barras nessa parte da carroceria.

A tampa do bagageiro era bem ampla e dotada de barra cromada bem vistosa com logotipo do leão acima e o nome Peugeot em alto revelo. Embaixo, além da placa, ficavam as duas lanternas de neblina.

O para-choque era baixo e tinha sensores de estacionamento na versão V6, além de protetor preto. Nas laterais, mais elevados, mais batentes de mesma cor para proteção.

O acesso ao porta-malas de 489 litros da Peugeot 407 SW tinha uma abertura incomum, cobrindo parte do teto traseiro. Isso facilitava o acesso de objetos enormes no compartimento de bagagens, que ainda tinha rede e banco bipartido.

No interior, a SW era bem espaçosa como no sedã e ainda tinha a primazia de oferecer de série o teto panorâmico com vidro fixo e cortina corta-sol retrátil eletricamente.

Todos os itens eram os mesmos do sedã, exceto a disqueteira no porta-malas e o óbvio teto solar elétrico. Ainda assim, era uma perua vistosa, com banco traseiro semelhante ao do 407 Sedan, sendo bem acolchoado.

Com direção hidráulica, tal como no sedã, a Peugeot 407 SW tinha ainda barras longitudinais no teto e cobertura retrátil no bagageiro. Nos dois modelos, os pneus eram 205/60 R16 no 2.0 e 215/55 R17 no V6.

Em 2008, a Peugeot deu nomes às versões, sendo que a 2.0 passou a ser chamada Allure e a V6 3.0 de Feline. Com coeficiente aerodinâmico de 0,29, o 407 foi um carro realmente apreciável para sua época.

No ano de 2010, a importação foi encerrada e a partir daí, a Peugeot deixou seu lugar para o 408 argentino, porém, não tardou a trazer o novo topo de linha 508 como carro-chefe.

Peugeot 407 Coupé

Na Europa, o Peugeot 407 teve a versão Coupé, que era maior que as demais. Medindo 4,815 m de comprimento, 1,868 m de largura, 1,400 m de altura e o mesmo entre eixos de 2,725 m, o modelo ficaria bem caro por aqui.

Pela lógica, ele sucederia o Peugeot 406 Coupé, que foi vendido anteriormente. Tinha uma carroceria mais larga e, portanto, era marcado com vincos acentuados nas laterais.

Tinha também teto bem curvado e colunas A e C avançadas, sendo que as traseiras deixavam a vigia central mais para dentro, lembrando os clássicos cupês do passado.

As portas eram grandes (com quebra-vento falso) e as janelas laterais também. A traseira era curta e tinha lanternas grandes e com luzes de LED. Os para-choques era lisos, sendo o traseiro com escape duplo cromado.

Assim como os demais 407, a plataforma era a PF3, superior à PF2 do 408 argentino. Essa base era compartilhada pelo Citroën C5 da época, bem como pelo exótico C6. Teve diversos motores na Europa, incluindo versões a diesel.

Motores

O Peugeot 407 foi vendido no Brasil com dois motores, sendo um 2.0 16V e outro V6 3.0 24V. O primeiro tinha 1.997 cm3, duplo comando de válvulas no cabeçote e injeção eletrônica multiponto.

Era alimentado apenas por gasolina e aqui foi oferecido com taxa de compressão de 10,8:1. Assim, ele entregava 138 cavalos a 6.000 rpm e 19,1 kgfm a 4.100 rpm.

O motor 2.0 16V era equipado somente com a “problemática” transmissão automática AL4 de quatro marchas e com conversor de torque.

No caso do Peugeot 407 V6, seu propulsor tinha quatro comandos de válvulas, sendo que os de admissão possuíam abertura e fechamento variável eletronicamente.

Era um propulsor de 2.946 cm3 e funcionava com taxa de compressão de 10,9:1, além de injeção multiponto e gasolina. Montado de lado, como o 2.0 16V, o V6 3.0 24V tinha 211 cavalos a 6.000 rpm e 29 kgfm a 3.750 rpm.

A transmissão automática, nesse caso, era de seis velocidades, o que conferia ao V6 uma performance muito melhor.

Com 4,676 m de comprimento, 1,811 m de largura, 1,447 m de altura e 2,725 m de entre eixos, o Peugeot 407 Sedan 2.0 pesava 1.613 kg, indo assim de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos com final de 206 km/h.

O Peugeot 407 V6 na versão sedã, tinha mais de 100 kg extras e deslocava 1.729 kg. Com isso, ia até 100 km/h em 8,4 segundos e alcançava 235 km/h de máxima.

Já a perua 407 SW 2.0 pesava 1.645 kg e fazia o mesmo em 11,2 segundos com máxima de 201 km/h. Na V6 3.0, a familiar da Peugeot era bem mais rápida, precisando de 8,7 segundos e com final de 229 km/h, respectivamente.

No caso da perua, seu porte era diferente do sedã. A Peugeot 407 SW tinha 4,763 m de comprimento, a mesma largura do 407 Sedan, mas com 1,488 m de altura e entre eixos idêntico ao do três volumes.

No consumo, o 407 só era razoável. O sedã 2.0 fazia 12 km/l na estrada e 8,5 km/l na cidade. Já o V6 3.0 entregava 10,3 km/l no primeiro e 7,9 km/l no segundo.

Na Peugeot 407 SW 2.0, o consumo era de 8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada, enquanto a versão V6 fazia 7,7 km/l no ciclo urbano e 10,1 km/l no rodoviário. Em ambos, o tanque tinha 66 litros, garantindo boa autonomia.

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