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Ford Ranger 2020: Impressões ao dirigir

A Ford Ranger 2020 chega ao mercado nacional apostando no visual atualizado, nível de segurança ampliado e conforto ao dirigir melhorado, trazendo toda a gama com motores diesel. De acordo com a marca, eles representam 92% das vendas, assim não justificando mais o uso de propulsor flex.

Além disso, a Ford manteve os preços como forma de preservar o produto competitivo, num segmento onde a escalada de preços já fez concorrentes passarem fácil dos R$ 200.000. Nesse caso, a Ranger 2020 vai de R$ 128.250 a R$ 188.990, usando os dois motores diesel que já compunham a gama do modelo.

A Ford decidiu manter a dupla por conta da confiabilidade já comprovada. O mesmo em relação ao câmbio automático de seis marchas. Assim, o motor EcoBlue 2.0 e a transmissão de 10 marchas do Mustang, ficam para a próxima geração da picape, que será feita junto com a Amarok seguinte, em General Pacheco (lado Ford).

Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, disse: “A Ford é líder mundial em picapes. Vendeu mais de 1 milhão de unidades em 2018 e há 42 anos é líder de mercado nos Estados Unidos. É uma marca que traz o DNA de excelência em tecnologia e engenharia em picapes. A Ranger é legítima herdeira dessa tradição na América do Sul”.

Ele completa, justificando os preços sem alteração: “A nova Ranger faz parte da transformação da linha de produtos da Ford na América do Sul e no mundo, para se tornar mais competitiva com foco centrado no cliente”. Então, na gama 2020, a picape trouxe algumas soluções para melhorar seus atributos e manter essa responsabilidade de ser a picape global da marca, na região.

Com 400 mil vendidas desde seu lançamento na região, em 1994, quando ainda era importada dos EUA, a Ranger tem na geração atual, nada menos que 285 mil unidades vendidas, sendo a segunda mais vendida de seu segmento na América do Sul.

Rogelio Golfarb, vice-presidente de Assuntos Corporativos, Comunicação e Estratégia da Ford América do Sul, diz: “A nova Ranger traz um profundo refinamento, um impacto grande no design, do ponto de vista técnico e de equação de valor para o consumidor, no qual dá um salto enorme, oferecendo mais por menos. É um ganho considerável no custo-benefício, não só na hora da compra mas também na manutenção, para esse consumidor exigente que conhece o mercado e o produto. Por isso dizemos que ela está três anos à frente da concorrência”.

De mudanças técnicas, a Ford decidiu modificar em torno de 600 itens, em especial na suspensão dianteira com barra estabilizadora nova e calibração mais suave de molas e amortecedores, bem como batentes e coxins para filtrar melhor as vibrações. O objetivo é maior conforto ao dirigir, mas nada mudou no eixo traseiro.

Falando da traseira, a tampa de carga agora tem um feixe de mola que amortece suavemente o movimento inicial de abrir a tampa, que reduziu o peso de deslocamento de 12 kg para 3 kg, podendo ser aberta ou fechada com apenas uma mão. A Ford alterou a antena do GPS para melhor precisão, assim como adicionou faróis renovados com facho alto mais potente e baixo em xênon, além dos LEDs diurnos. Até os faróis de neblina foram atualizados.

Na segurança, a Ranger 2020 melhorou o que já era bom. Tendo o conteúdo de segurança mais completo do segmento, tendo piloto automático adaptativo como principal diferencial, a picape média adicionou um novo radar frontal e uma câmera inteligente de melhor resolução, detectando agora pedestres e ciclistas, freando assim automaticamente em caso de necessidade.

Isso, em parceria com o novo radar, faz com que a Ranger 2020 até indique a distância para o carro da frente. A câmera nova também permite identificar placas de trânsito, que são indicadas na tela digital direita do cluster e emitindo alerta de ultrapassagem desse limite para atenção do condutor. Este, por sinal, ainda mantém o alerta de fadiga. O monitoramento de pressão dos pneus é outro item de destaque.

A Ford Ranger 2020 na versão Limited, tem um pacote de equipamentos vasto, que agora incluem entrada e partida sem uso de chave, tendo um botão para isso. Não houve mudanças no interior, que continua tendo instrumentação análogo-digital, multimídia SYNC 3, câmera de ré, iluminação interna em sete cores, sete airbags, controle de estabilidade de reboque e de carga, direção elétrica, ar condicionado dual zone, bancos em couro e do motorista com ajustes elétricos.

Impressões ao dirigir

Mendoza, Argentina – A Ford Ranger 2020 visualmente passa a estar em dia com as variantes feitas na Tailândia e nos EUA, além da África do Sul. A frente com faróis mais complexos, dispõe de uma grade mais horizontal, que não tirou da picape sua forma parruda. O mesmo em relação ao para-choque, cujas linhas acompanham o mesmo raciocínio. O protetor inferior central ajuda a passar a impressão de dureza estética.

Nas laterais, as novas rodas de liga leve aro 18 polegadas da Limited chamam atenção pelo design equilibrado, sendo as mesmas das equivalentes estrangeiras. Detalhes de estética, como estribos largos, são exclusivos do Brasil, em relação ao que se vê nas fotos. Retrovisores grandes e cromados possuem luzes repetidoras de direção, enquanto o rack no teto aumenta a versatilidade do modelo.

O santantônio envolvente e incorporado ao acabamento das bordas da caçamba, realçam a Limited, sendo inexistentes na XLT, que também tem rodas de liga leve aro 17 polegadas. Na traseira, as lanternas grandes e verticais não mudaram, mas na tampa nova, o logotipo da Ford tem base cromada e proeminente para abrigar a câmera de ré. O degrau de acesso no para-choque é de grade utilidade. O volume para cargas e a capacidade geral não mudam.

Por dentro, a Ranger 2020 mantém o mesmo ambiente, mas com painel agora em cor única, bem escura, mas oferece detalhes em tonalidade cinza brilhante de bom aspecto visual. Se alterações em volante e assentos, a picape da Ford ficou devendo mais mudanças no habitáculo, embora tenha conseguido manter o cluster moderno e a multimídia SYNC 3, quando outros passaram a ter a 2.5, mais simples.

O espaço interno é apenas bom na frente e apertado atrás, evidenciando um problema de todas as picapes, quem vai atrás tem limitação especialmente no encosto, mesmo com apoio de cabeça e de braço central, não é muito confortável para viagens longas. Existe apenas uma tomada de 12V, enquanto na frente existem duas entradas USB e mais duas de 12V.

Na estrada, a Ranger 2020 manteve o bom conjunto mecânico, cujo principal motor, o 3.2 de cinco cilindros, esbanja força e disposição logo de início, facilmente destracionando as rodas traseiras em estrada de terra. Mesmo no asfalto, isso não é difícil, dado a potência de 200 cavalos e seus 47 kgfm. Não é o maior torque do mercado, mas para as pretensões da Ford, estão de bom tamanho.

Sempre sobrando, mesmo com quatro pessoas a bordo, a Ford Ranger 2020 tem maior maciez ao rodar, graças às modificações feitas na suspensão dianteira, que absorve melhor as irregularidades e confere mais estabilidade na estrada, ainda mais com a boa direção elétrica, progressiva e bem eficiente.

Embora tenha opção manual, o câmbio automático de seis marchas responde bem quando exigido, garantindo trocas em bons momentos de aproveitamento do enorme 3.2 e mantendo o giro baixo, tanto na cidade quanto na estrada, onde a Ford Ranger se mantém a 2.000 rpm aos 110 km/h. Com nível de ruído aceitável, ela garante boas retomadas e reduções na hora certa.

Quando exigida, raramente precisa ir além dos 4.000 rpm. Os freios seguram bem seu enorme volume e peso, enquanto as curvas mais exigentes ainda fazem notar uma tendência de saída de traseira, normal em picapes de chassi de longarinas e com feixe de molas. Mesmo assim, ele garante um bom controle com seus sistemas de segurança ativa.

Sem problemas para enfrentar buracos, lombadas e outras irregularidades do pavimento urbano e rodoviário, a Ranger 2020 mostra que também tem valentia de sobra no off road, vencendo obstáculos como rampas de elevada inclinação, valas sequenciadas, grandes declives e inclinação lateral de ângulo alto.

Para isso, a Ford Ranger lança mão de sua tração 4×4 com reduzida, desbloqueio do diferencial traseiro e controle eletrônico de descida, que evita o acionamento dos freios por parte do condutor. Sempre buscando a força em cada eixo e roda, bem como utilizando a faixa ideal de torque, o produto cumpre o prometido.

Em testes, a picape chegou a ter pesos jogados na caçamba com o veículo em movimento, chegando mesmo a ter ainda um quadriciclo lançado sobre a Ranger já com os pesos adicionais, mostrando a eficiência de seu controle de estabilidade de carga. No test drive, deu para sentir bem a atuação dos sistemas da picape, podendo mesmo até abusar um pouco mais, sem preocupação.

Com um conjunto bem montado e disponível numa gama de versões mais coesa, a Ford Ranger 2020 se mostra uma picape ainda raiz, quando se fala em dinâmica de condução, apesar de que seu pacote tecnológico a coloque mesmo num patamar de SUV de luxo. Isso ela não é e nem quer ser, afinal, seu foco é atender aqueles que querem realmente uma picape, mesmo que ela não seja sempre assim tão “durona”.

Ford Ranger 2020 – Galeria de fotos

Viagem a convite da Ford. 

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