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Mustang antigo: história e fotos das 3 primeiras gerações do bólido

Mustang antigo

A década de 1960 foi marcada por grandes sucessos nos Estados Unidos. No ano de 1964, a Ford apresentava aos consumidores locais o Mustang antigo.

Ele era um carro de concepção robusta e relativamente simples, mas de mecânica “afiada”, que logo cairia no gosto dos aficionados por carros naquele país.

Além disso, no mesmo ano, a banda Os Beatles fazia a sua primeira turnê pelo território norte-americano.

Na realidade, o desenvolvimento do Ford Mustang antigo foi motivado pelo segmento de carros esportivos que ficava cada vez mais acirrado.

A intenção da marca era atender o desejo do público, que buscava cada vez mais por carros mais compactos e baratos, mas com um desempenho interessante e tocada mais afiada.

A única opção da Ford naquela época era o Ford Thunderbird, que não era tão esportivo assim.

Em 1962, a Ford apresentou o primeiro protótipo do Mustang, dono de um desenho futurista e carroceria de alumínio posicionada sob um chassi tubular. Dois anos depois, a marca norte-americana apresentava ao mundo o Mustang de produção.

O Ford Mustang antigo é visto como um objeto de desejo por muitos entusiastas de automóveis. Afinal, ele é dono de características ímpares e capaz de proporcionar uma condução que arranca bons sorrisos.

Vale mencionar que o nome “Mustang” é inspirado no avião de caça norte-americano P-51 Mustang, que por sua vez homenageia o único cavalo de raça selvagem daquele país.

O Ford Mustang é considerado o primeiro muscle-car da história – hoje a categoria é representada também por modelos como Chevrolet Camaro e Dodge Challenger.

Separamos abaixo os principais detalhes da história das três primeiras gerações do Ford Mustang.

Ao todo, são seis gerações do muscle-car – mas consideramos as três primeiras mais especiais quando se trata de um clássico. Confira:

Mustang antigo – primeira geração (1964 a 1973)

A primeira geração do Mustang antigo foi revelada no dia 17 de abril de 1964, anos após ter sido mostrado como conceito para avaliar a recepção do público e da indústria automobilística como um todo.

Ele surgiu na Feira Mundial em Flushing Meadows, Nova York. Sua produção teve início um pouco antes, em 9 de março na unidade de Dearborn, no estado estadunidense de Michigan.

Esta versão do bólido americano foi construída a partir da plataforma do Ford Falcon, compartilhando ainda diversas outras peças com o sedã.

O modelo debutou em duas opções de carroceria: cupê ou conversível, com motor 2.8 litros de seis cilindros em linha, capaz de desenvolver pouco mais de 100 cavalos de potência, atrelado a uma transmissão de três marchas.

Havia também a opção do 4.2 V8 de cerca de 165 cavalos, com um câmbio manual de quatro velocidades ou automática de três relações.

O preço inicial do Ford Mustang de primeira geração era de cerca de US$ 2.320.

Com bons atributos e preço aceitável, o modelo logo se mostrou um sucesso de público: já no dia de sua apresentação, a Ford contabilizou nada mais, nada menos que 22 mil pedidos pelo carro!

Esse número superou as previsões dos executivos da marca em vender 100 mil carros por ano.

Nos primeiros 12 meses, foram 417 mil exemplares do Mustang entregues.

Mais tarde, a Ford anunciou a chegada do Mustang antigo na carroceria Fastback (GT). Além disso, o modelo adotou mudanças mecânicas.

O motor 2.8 de seis cilindros foi aprimorado e passou para 3.2 litros, enquanto o 4.2 V8 foi descontinuado para dar lugar a um 4.8 V8 de 200 cv. Havia também um novo 4.8 V8 “Hi-Po” mais aprimorado, com 230 cv ou 275 cv.

Ainda em 1964, o então piloto automobilístico e empreendedor americano Carroll Shelby abordou Lee Iacocca (considerado pai do Mustang) e propôs a criação de um Mustang de alta performance, que pudesse ser usado tanto nas estradas como nas pistas.

Essa parceria resultou no Mustang Shelby GT350 Street, apresentado em 27 de janeiro de 1965.

Ele chegou com um motor 4.8 V8 modificado, capaz de gerar 310 cv, sistema de escape lateral com silenciadores, listras na carroceria, rodas de 15 polegadas, assento traseiro removido, tomada de ar no capô e carroceria pintada na cor branca.

Um ano depois, em março de 1966, o Mustang comemorava o marco de mais de um milhão de unidades vendidas. Ainda neste ano, ganhou mudanças sutis no visual, com retoques na grade e nas rodas.

Adotou também um novo painel de instrumentos e novas opções de cores para a carroceria e interior.

Já em 1967, o Ford Mustang cupê foi substituído por completo pelo Mustang Fastback. Ganhou também uma dianteira mais pronunciada, com uma grade maior e mais agressiva, além de lanternas traseiras triplas e um chassi mais largo.

Este ano marcou ainda a chegada do Mustang Shelby GT500, com um motor 7.0 V8 de 355 cv.

O Ford Mustang 1968 estreou com um motor 5.0 V8 de 395 cv no lugar do 4.8 V8 Hi-Po. No mesmo ano, chegou o motor 7.0 Cobra Jet para atender os entusiastas de corridas.

No ano de 1969, o Ford Mustang mudava mais uma vez de visual, ganhando traços ainda mais agressivos e uma carroceria mais longas.

A partir daí, ele assumiu a postura de um verdadeiro muscle-car. Gannhou também um novo motor 4.9 litros de mais de 220 cv e um 5.7 V8 “Windsor” de 250 cv com carburador de dois cilindros ou 300 cv com quatro cilindros.

Os anos de 1970, 1971, 1972 e 1973 também marcaram a estreia de retoques visuais para o Ford Mustang.

Além disso, para alavancar as vendas, a marca norte-americana passou a apostar em edições especiais para a linha do muscle-car, como o Mustang Sprint Edition, o Mustang Boss 302 e Boss 429, o Mustang Mach 1, entre outros.

Todavia, daí em diante, o carro passou a sofrer forte influência das leis antipoluição, da preocupação com o consumo elevado de combustível e da resistência das companhias de seguro em aceitar carros esportivos.

Esses pontos influenciaram diretamente nas vendas do Ford Mustang antigo. Os consumidores queriam um carro mais ágil, mas sem um consumo exagerado de combustível.

Mustang antigo – segunda geração (1974 a 1978)

Partindo das exigências do público, a Ford se viu obrigada a desenvolver uma nova geração para a linha do Mustang. A segunda geração do Ford Mustang antigo mudou radicalmente as características principais do carro. Ele passou a ser um carro menor e mais civilizado.

A ideia inicial era desenvolver uma nova geração do Mustang com mudanças sutis em relação à sua primeira versão, mantendo boa parte dos detalhes internos e externos, além das características mecânicas.

O forte declínio nas vendas e ainda a crescente preocupação dos consumidores com o preço da gasolina (saiba o porquê abaixo) fizeram a Ford mudar seus planos, projetando um Mustang II totalmente diferente.

A plataforma do Falcon deu lugar à base usada pelo Ford Pinto, um veículo considerado subcompacto naquela época. Com isso, o carro ficou mais curto e menos espaçoso internamente devido à redução na distância entre-eixos (que foi de 2,74 metros para 2,44 m).

O modelo foi lançado em meio a uma crise de petróleo e de uma escassez de gasolina – o Mustang II foi apresentado em 21 de setembro de 1973, dois meses antes da crise do petróleo.

Por isso, o Mustang de segunda geração abandou os motores V8 e estreou somente nas carrocerias cupê e hatchback (este no lugar do Fastback). A versão conversível também saiu de linha.

Todas essas características foram algumas das exigências de Lee Lacocca, que projetou o primeiro Mustang e se tornou presidente da Ford Motor Company em 1970.

Ele solicitou aos engenheiros da marca que criassem um Mustang menor e mais eficiente.

A Ford foi meio que na contramão de outras fabricantes.

Como exemplo, a Dodge deixava de fabricar os modelos Charger e Challenger, já que não via motivos em fabricar carros com proposta esportiva incapazes de entregar um desempenho suficientemente emocionante.

Logo de cara, o visual do Mustang II demonstrava as mudanças radicais promovidas pela Ford. O muscle-car abandonou parte das formas mais musculosas e passou a se assemelhar bastante com sedãs médios daquela época.

A respeito dos motores, os clientes de Mustang tinham opções de propulsores de quatro cilindros ou seis cilindros em “V” (V6), mas com números de potência não tão impressionantes assim.

O primeiro era um 2.3 litros de quatro cilindros, capaz de gerar 90 cavalos de potência, enquanto o segundo era um 2.8 V6 Windsor de 105 cv.

Uma opção de motorização mais forte veio à tona somente em 1975, quando a Ford relançou o Mustang V8, neste caso com um 4.9 V8 Windsor, só que (muito) mais fraco que o da antiga geração, capaz de desenvolver só 140 cavalos de potência.

Para acomodar o motor maior, o Mustang II teve sua dianteira redesenhada, com novo capô.

Como o desempenho era pífio, o Mustang II tentava chamar a atenção dos consumidores com sua eficiência e conforto. E deu certo: em seu primeiro ano de vendas, conseguiu emplacar 386 mil exemplares, ou quase o triplo do volume de vendas do antigo.

Porém, o sucesso durou pouco e as vendas foram caindo drasticamente de ano a ano. Em seu último ano cheio de vendas, o Ford Mustang II emplacou 192 mil unidades.

O Ford Mustang II não é visto como um objeto de desejo pela maioria dos entusiastas. Porém, ele desempenhou diversos papeis importantes dentro da linha do carro.

Entre eles, a estreia do Mustang Cobra como um modelo independente pela primeira vez. Ele chegou com capô exclusivo, spoiler traseiro funcional, listras na carroceria, emblemas especiais e produção limitada a só 4,3 mil exemplares.

Mustang antigo – terceira geração (1979 a 1993)

Mustang antigo

Com vida curta, o Ford Mustang II logo deu lugar à terceira geração do muscle-car, que recuperaria as boas características da primeira versão do bólido.

O modelo foi totalmente redesenhado e assumiu uma postura mais elegante. Ele evoluiu em praticamente todos os sentidos.

Agora construído a partir da nova plataforma Fox da Ford, herdada do Fairmont lançado um ano antes. Com isso, o muscle-car ficou mais longo que seu antecessor e cresceu também em entre-eixos.

Passou a contar 4,54 metros de comprimento e 2,55 metros de distância entre-eixos. Ainda assim, o carro ficou cerca de 90 kg mais leve.

No visual, o Ford Mustang III ficou menos americano e mais europeu. A dianteira era marcada por um conjunto óptico com quatro faróis retangulares (dois de cada lado), capô bastante longo e formato da parte frontal da carroceria mais pontiagudo.

Outro destaque era a ampla área envidraçada, melhorando a visibilidade interna.

A nova carroceria rendeu uma melhora no coeficiente aerodinâmico do carro, passando para 0,44 no Mustang Fastback e 0,46 no Mustang Coupe.

Estas, inclusive, eram as únicas opções de carroceria disponibilizadas de início.

Pulando para o interior, o Ford Mustang antigo de terceira geração também recebeu uma série de mudanças, com um painel totalmente redesenhado.

O cluster de instrumentos passava a exibir um hodômetro, conta-giros, velocímetro, amperímetro e um medidor da pressão de óleo. Fora isso, a cabine ficou mais espaçosa e agora conseguia acomodar até quatro ocupantes.

Entre os motores, o Mustang III mantinha o 2.3 litros de 90 cv, além do 2.8 V6 Windsor de 110 cv e o 5.0 V8 Windsor de 140 cv.

O destaque, porém, era o inédito 2.3 litros com turbocompressor, sendo o primeiro Mustang turbo de fábrica. Este modelo tinha 130 cavalos de potência e o “desempenho de um Mustang V8 sem prejudicar o consumo”, segundo a Ford.

Tais propulsores estavam associados a um câmbio manual de quatro marchas ou automático de três velocidades.

Nas primeiras mudanças, o Ford Mustang 1980 abandonou o motor 5.0 V8 e adotou um 4.2 V8 de 120 cv, que chegava com a missão de ser esportivo e econômico.

Além disso, o 2.8 V6 deu lugar a um 3.3 de seis cilindros em linha. Já no Mustang 1981, devido às novas leis de emissões, o 2.3 litros turbo saiu de cena e o 4.2 V8 recebeu alterações e passou a entregar 115 cv.

Para muitos, o Ford Mustang 1982 foi um dos mais importantes da linha do modelo de terceira geração. Esta gama marcou o retorno do Mustang GT e também a oferta do motor 5.0 V8 de 160 cv.

No ano seguinte, o Mustang 1983 estreava com a versão conversível, ausente desde 1974. O modelo contava com capota com acionamento elétrico e janela traseira de vidro. Ainda neste ano, o Mustang GT com seu motor 5.0 V8 ficou mais potente, chegando a 180 cv.

Além disso, o Ford Mustang recebeu um motor 3.8 V6 de 105 cv no lugar do 3.3 litros de seis cilindros. A unidade 2.3 litros turbo voltou a ser comercializada, agora com injeção eletrônica em substituição ao carburador e outras mudanças, chegando a 145 cv.

Em 1984, quase 20 anos após o lançamento do primeiro Mustang, a Ford Special Vehicle Operations anunciou a chegada do Mustang SVO, que teve cerca de 4,5 mil unidades produzidas.

O carro chegou com uma versão mais potente do motor 2.3 litros, agora com resfriador de ar, com cerca de 180 cv.

O Mustang SVO tinha também um visual exclusivo, com tomadas de ar no capô, dianteira sem grade e com apenas dois faróis recuados, rodas de 16 polegadas e duplo aerofólio traseiro.

Porém, ele era caro demais (custava algo em torno de US$ 16 mil), o que tornou inacessível para boa parte dos consumidores.

Este modelo voltou a ser oferecido em 1985, mas agora com motor de 210 cv, visual ligeiramente diferente e produção ainda menor, de 1,5 mil carros.

O ano de 1986 marcou o fim do carburador nos motores do Ford Mustang antigo. Na data, a marca anunciou ainda o primeiro motor V8 com injeção sequencial multiponto, com 5.0 litros e 230 cavalos.

Este ano ainda foi um dos mais “gordos” para a Ford no segmento de muscle-cars: o Mustang conseguiu fechar com 224,4 mil exemplares emplacados, sendo um sucesso entre os entusiastas americanos.

Já em 1987, a Ford mudou radicalmente o visual do Mustang III, que adotou faróis trapezoidais e uma dianteira mais limpa do modelo Mustang GT, sem grade, ou com um pequeno vão na parte frontal da carroceria do Mustang LX.

Foi a primeira grande mudança em quase oito anos. O painel no interior também foi redesenhada.

Entre os motores, o Mustang 1987 ofertava um 2.3 litros com injeção de combustível, com 90 cv, ou um 5.0 V8 de 225 cv. Mais tarde, em 1991, o motor menor recebeu mudanças, com duas velas por cilindro, e ficou mais potente, chegando a 105 cavalos.

Outro destaque da linha do Mustang III foi a versão SVT Cobra, um dos primeiros carros projetados pela divisão SVT. O carro contava com um motor V8 de 240 cv.

A marca ofereceu também uma versão Cobra R, dotada do mesmo motor do Cobra convencional, mas com melhor arrefecimento para motor e direção, suspensão com amortecedores Koni, freios mais potentes e peso mais baixo.

A terceira geração durou até novembro de 1993, quando a Ford anunciou o Mustang IV. Este modelo manteve a plataforma Fox, mas em uma versão atualizada da mesma, e contou com motores capazes de gerar até 390 cavalos de potência.

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