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Renault Scenic: tudo sobre as quatro gerações da minivan francesa

Renault Scenic

Embora tenham sido desbancadas pelos SUVs e com uma posição cada vez menor no mercado brasileiro, as minivans já tiveram seus momentos de glória por aqui. A Renault Scenic foi uma das representantes do segmento e chegou por aqui em meados de 1999, sendo o primeiro carro da marca francesa produzido localmente em São José dos Pinhais (PR).

No mercado europeu, a Renault Scenic chegou anos antes, em 1996. A minivan foi praticamente uma divisora de águas na categoria. Antes dela, as minivans de mesmo porte tinham o visual pacato demais, marcado pela carroceria com formas mais retas.

Tanto é que modelos como Citroen Xsara Picasso e Chevrolet Zafira, lançadas tempos depois, seguiram o mesmo conceito aplicado pela Renault na nova minivan.

Renault Scenic – primeira geração

Minivan ou monovolume. A Renault Scenic se encaixa em ambas as categorias. Mas o fato é que a primeira geração do modelo familiar da marca francês promoveu uma revolução na categoria, tanto em termos de estilo como de funcionalidade.

Construída a partir da mesma plataforma do Megane, a nova Scenic surgiu após a marca constatar a demanda por monovolumes de dimensões menores. Até então, o único monovolume existente na gama da marca era o Renault Espace.

Neste caso, os proprietários raramente utilizavam toda a capacidade desse tipo de modelo, tendo que arcar com o maior consumo de combustível e a dificuldade de estacionar o veículo em grandes centros.

De início, a própria Renault não acreditou muito no potencial do seu novo modelo: estimou a produção de só 450 unidades por dia. Porém, a fábrica da empresa em Douai, na França, já chegou a entregar quase 2.500 exemplares diários da minivan.

A primeira Scenic foi considerada uma versão familiar do Megane hatch de quatro portas, mas com teto cerca de 20 centímetros mais baixo, cinco assentos individuais com uma variedade de opções e uma cabine com diversos porta-objetos para acomodar as tralhas de toda a família, além de mesas dobráveis nos encostos dos bancos dianteiros para os ocupantes dos assentos de trás.

O modelo mede 4,17 metros de comprimento, 1,71 m de largura e 1,61 m de altura, com distância entre-eixos de 2,58 m. Seu porta-malas tem capacidade para 410 litros de bagagens.

No mercado europeu, a Scenic estreou em novembro de 1996, com a mesma gama de motores do Megane. Podia ser encontrada com os propulsores 1.4, 1.6 Energy e 1.8, os três a gasolina, ou o 1.9 turbodiesel. O curioso é que a marca lançou o modelo como “Megane Scenic” para deixar explicita a familiaridade com o hatch.

Em setembro de 1999, a Scenic acompanhou o Megane hatch e passou por suas primeiras mudanças visuais. O modelo familiar adotou uma aparência mais encorpada, com faróis mais angulosos, grade mais discreta e para-choques mais envolventes. Nesta versão, perdeu o nome Megane, passando a se chamar só Renault Scenic.

Ainda nesta geração, a Renault vendeu o modelo aventureiro Scenic RX4, lançado no ano 2000. Este modelo tinha para-choques e laterais em plástico preto, suspensão mais robusta e elevada, sistema de tração nas quatro rodas e motores 2.0 a gasolina ou 1.9 turbodiesel.

Outra configuração da Renault Scenic foi a Grand Scenic, um modelo mais longo e espaçoso com uma terceira fileira de bancos, aumentando sua capacidade para até sete pessoas. Ela chegou a ser vendida no Brasil como um modelo importado.

Confira abaixo a trajetória da Scenic no Brasil:

Renault Scenic no Brasil em 1999

A primeira geração da Renault Scenic foi a única versão da minivan comercializada no mercado brasileiro. Ela estreou em março de 1999 como o primeiro modelo da Renault fabricado no País, com produção na planta de São José dos Pinhais (PR) que havia sido inaugurada em dezembro de 1998.

E o lançamento do modelo por aqui prova mesmo que as minivans já tiveram seus dias de glória: logo em seu primeiro ano cheio de vendas, a Scenic somou mais de 33 mil exemplares comercializados, representando 47% do total de vendas da marca francesa.

De início, a Scenic foi comercializada com o motor 2.0 litros de quatro cilindros a gasolina e oito válvulas, capaz de desenvolver 115 cavalos de potência, a 5.400 rpm, e 17,5 kgfm de torque, a 4.250 rpm, acoplado ao câmbio manual de cinco marchas.

Meses depois, em julho de 1999, a Renault anunciou a chegada da Scenic com motor 1.6 16V, se posicionando como a opção de entrada na gama da minivan. Produzido no Brasil, este propulsor rende 110 cv de potência, a 5.750 rpm, e 15,1 kgfm de torque, a 3.750 rpm, também com câmbio manual de cinco marchas.

Scenic reestilizada em 2001

Dois anos após a sua estreia no mercado nacional, a Renault Scenic recebeu suas primeiras mudanças visuais, seguindo as mesmas alterações aplicadas no modelo europeu. O modelo passou a contar com uma dianteira redesenhada, com capô menos inclinado, faróis maiores e mais angulosos com luzes indicadoras de posição e direção, grade frontal com dupla entrada de ar, para-choques redesenhados e novos para-lamas.

Além disso, a minivan adotou um novo suporte de placa na traseira e lanternas de neblina reposicionadas. O interior passou a exibir novas opções de acabamento, comandos dos vidros elétricos traseiros reposicionados do console central para o lado esquerdo do painel, entre outros.

A versão de entrada da Scenic, a RT 1.6 16V, seguiu sendo oferecida pelo mesmo preço da gama anterior. Equipada de série com airbag duplo, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, ajuste elétrico de altura dos faróis, entre outros. Custava R$ 32.490, podendo chegar a R$ 35.520 com ar-condicionado e pintura metálica.

Já o intermediário Scenic RXE 1.6 16V tinha preço de R$ 38.190 e se diferenciava por itens de série como freios ABS, ar-condicionado, banco do motorista e volante ajustáveis em altura, retrovisores e vidros traseiros elétricos, rodas de liga-leve, indicador de temperatura externa, faróis de neblina, sistema de som com comando satélite na coluna de direção, freio a disco nas quatro rodas e computador de bordo.

No Scenic RXE 2.0 16V, os equipamentos são os mesmos. Custava a partir de R$ 41.980 ou R$ 44.610 com pintura metálica e bancos em couro.

No fim de 2001, a Scenic passou a oferecer a opção de câmbio automático de quatro marchas para o modelo 2.0 16V. Tal opção de transmissão foi estendida também para a Scenic 1.6 16V em meados de 2003.

Em março de 2005, o motor 1.6 virou flex e passou a entregar 110 cv com gasolina e 115 cv com etanol e torque de 15,1 e 16 kgfm, respectivamente.

Scenic Sportway com visual aventureiro em 2006

Em outubro de 2006, a Renault Scenic vestiu um traje aventureiro para estrear a nova versão Sportway. O modelo tinha como base a versão de acabamento Expression e se diferenciava pelos faróis com máscara negra e novo para-choque de impulsão com ressaltos na cor preta.

Ele oferecia também faróis de neblina diferenciados, protetor frontal, protetor traseiro na cor cinza, novas rodas de liga-leve aro 15, frisos de proteção laterais na cor preta, logotipos Sportway, rack de teto, estribo de aço com detalhes em plástico, entre outros.

O motor era sempre o 1.6 Hi-Flex de 115 cv com câmbio manual. A versão aventureira foi comercializada por R$ 60.990.

Grand Scenic com sete lugares em 2008

Uma das versões mais interessantes da Renault Scenic comercializadas no mercado brasileiro foi a Grand Scenic. Como o próprio nome já sugere, esta foi uma configuração maior da minivan oferecida por aqui, que teve como base a segunda geração vendida na Europa. O principal diferencial da variante era a possibilidade de acomodar até sete pessoas em seu interior, graças à terceira fileira extra de assentos instalada no porta-malas.

O modelo trazia algumas boas características, como o acesso ao porta-malas sem a abertura da tampa, com a opção de abrir o vidro traseiro ao toque de um botão, e também a modularidade dos assentos, com uma configuração para cinco, seis ou sete pessoas.

Na configuração de sete lugares, a Grand Scenic tem porta-malas com capacidade para 200 litros. Com os dois assentos da terceira fileira recolhidos, a capacidade salta para 550 litros.

Além disso, a minivan era bem equipada, com direito a itens inéditos como retrovisores externos rebatíveis eletricamente, sensores de luz e chuva, chave por cartão eletrônico, ar-condicionado digital, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, freio de estacionamento automático por um botão no painel, teto panorâmico de vidro, bancos em couro, controle de estabilidade, entre outros.

O motor era o 2.0 16V a gasolina, com até 138 cv e 19,1 kgfm, sempre com câmbio automático de quatro marchas.

Fim de linha da Scenic no Brasil em 2010

Foi em julho de 2010 que a Renault anunciou o fim de linha da Scenic no mercado brasileiro. O modelo deixou a linha de produção após 11 anos de seu lançamento e mais de 142 mil unidades comercializadas.

A Renault Scenic deixou de ser vendida no mercado brasileiro após perder terreno para outras minivans do mesmo segmento, como Chevrolet Meriva e Zafira e Citroen Xsara Picasso. Fora isso, a minivan não acompanhou a evolução do modelo vendido lá fora, que em 2010 já estava em sua terceira geração.

Renault Scenic – segunda geração

Com a chegada de novos modelos na categoria, como Chevrolet/Opel Zafira e Citroen Xsara Picasso, a Renault tratou logo de se mexer e anunciou a segunda geração da Scenic em junho de 2003 no mercado europeu. Assim como o modelo anterior, a nova geração da Renault Scenic foi construída sob a plataforma do Megane, mas na segunda geração do hatch.

Além do visual mais moderno e o interior mais aconchegante, a nova Scenic de segunda geração passou a oferecer uma nova gama de motores e novos recursos de conforto e segurança.

A respeito da estética, a Renault Scenic seguiu o mesmo conceito aplicado no Megane convencional. Ela perdeu um pouco o aspecto de monovolume, passando a contar com dois-volumes mais bem definidos. O destaque ficava por conta dos faróis em formato de gota interligados à grade bipartida, além da ampla área envidraçada nas laterais e na traseira.

Fora isso, a linha do teto ficou mais reta que da antiga geração, mas ainda assim com certa curvatura. A minivan ostentava também um amplo para-brisa e a opção de teto solar panorâmico.

Partindo para o interior, o Scenic II exibe um painel de instrumentos posicionado ao centro com informações digitais, além de superfícies de acabamento emborrachadas, novos porta-objetos totalizando 91 litros de capacidade, bancos traseiros deslizantes e banco do passageiro dianteiro com encosto dobrável.

Nas dimensões, a minivan ficou maior. Passou a ostentar 4,26 metros de comprimento, 1,81 m de largura e 1,62 m de altura, com distância entre-eixos de 2,68 m. No caso do modelo Grand Scenic, que dispõe de espaço interno para até sete ocupantes, as medidas são as seguintes: 4,49 m, 1,81 m, 1,64 m e 2,73 m, respectivamente.

Lá fora, a Scenic de segunda geração estreou com três opções de motorização a gasolina: 1.4 de 98 cv, 1.6 de 115 cv e 2.0 de 136 cv. Havia também outras três configurações de motores turbodiesel: 1.5 de 80 cv, 1.5 de 100 cv e 1.9 de 120 cv. Em todos os casos, a transmissão era uma manual ou automática de cinco ou seis marchas.

O facelift de meia-vida da Scenic de segunda geração foi um tanto quanto discreto. A minivan ganhou apenas uma nova grade frontal com o logotipo da marca ainda maior, para-choques mais envolventes e novas rodas de liga-leve.

Renault Scenic – terceira geração

A terceira geração da Renault Scenic deu o ar da graça em julho de 2009, acompanhando a geração mais recente do Megane. O modelo ficou mais moderno, com visual alinhado com os últimos lançamentos da marca francesa naquela época, além de dimensões maiores, novos recursos de conforto, tecnologia e auxilio ao motorista e motores mais eficientes.

A começar pelo visual, o novo Scenic de terceira geração recebeu formas mais arredondadas, em especial na dianteira da carroceria. Abandonou a característica grade entre os faróis, agora posicionada junto da tomada de ar numa posição mais inferior.

As laterais adotaram uma linha de cintura mais baixa e mantiveram a ampla área envidraçada. Já a traseira passou a exibir lanternas em posição vertical, com formato em “L” invadindo a tampa do porta-malas.

No interior, o painel assumiu uma postura mais “clean”, com uma menor quantidade de botões. O painel de instrumentos totalmente digital seguiu ocupando a posição central do painel geral, bem como a tela da central multimídia. O volante, comandos e portas lembram bastante os do Fluence vendido aqui no Brasil.

Ele seguiu também apostando na modularidade interna, com banco do passageiro dianteiro rebatível, encostos da segunda fileira reclináveis e assentos dobráveis ou removíveis e bancos da segunda fileira deslizáveis para frente e para trás.

Além disso, as dimensões ficaram maiores, o carro ganhou 8 cm no comprimento, passando para 4,34 m, enquanto o entre-eixos foi ampliado em 2 cm, agora com 2,7 m. De acordo com a Renault, a Scenic III passou a entregar o melhor espaço na segunda fileira entre os modelos da mesma categoria.

Outra opção da linha era a Renault Grand Scenic, disponível com cinco ou sete lugares.

A minivan também chegou bem equipada, com painel de instrumentos com tela TFT colorida personalizável, sistema multimídia com tela de 5,8 polegadas e navegador GPS, sistema de som Arkamys de alta fidelidade, novo sistema de direção elétrica, entre outros.

Já na gama de motores, o Scenic ofertou o 1.6 16V de 110 cv, 2.0 16V de 140 cv e 1.4 turbo TCe de 130 cv, todos a gasolina, além das unidades a diesel 1.5 dCi de 85 cv, 105 cv ou 110 cv, 1.9 dCi de 140 cv e 2.0 dCi de 150 cv ou 160 cv, com câmbio manual ou automático.

O facelift da minivan ocorreu em 2013 e fez bem ao modelo. A dianteira adotou uma nova grade entre os faróis, destacando o logotipo de losango ao centro, e um para-choque frontal com formato mais limpo. No interior, o modelo da Renault ganhou o sistema multimídia R-Link com tela sensível ao toque.

Renault Scenic – quarta geração

A quarta geração é também a atual versão da Renault Scenic à venda no mercado europeu. O modelo foi revelado no Salão de Genebra de 2016 e teve como inspiração o conceito R-Space. Como nas gerações anteriores, ficou ainda maior que sua antecessora.

Além disso, a nova Scenic ganhou alguns elementos visuais inspirados em crossovers e SUVs, na tentativa de acompanhar a nova onda do mercado, o que inclui uma suspensão mais elevada, linha de cintura mais alta e carroceria com formas mais musculosas. Porém, ainda de acordo com a Renault, o modelo segue sendo uma minivan.

Vale lembrar que esta nova geração é construída sobre a nova e moderna plataforma modular CMF (Common Module Family) da Renault.

O modelo pode ser equipado com rodas de liga-leve de até 20 polegadas e para-brisa panorâmico. No interior, o novo Renault Scenic também ficou mais moderno e agora tem a central multimídia R-Link 2 com tela touchscreen de 8,7 polegadas, bancos dianteiros com aquecimento e massagem, sistema de som Bose, entre outros.

Ainda entre os equipamentos, há controle de cruzeiro adaptativo, aviso de saída de faixa, detector de fadiga do motorista, frenagem automática de emergência, Park Assist, reconhecimento de sinais de trânsito com prevenção de excesso de velocidade, alerta de ponto cego, aviso de distância segura, entre outros.

A gama de motores é basta, com o TCe turbo a gasolina de 115 ou 140 cv e o Energy dCi turbodiesel com 95, 110, 130 ou 160 cv de potência, com câmbio manual ou automático de seis marchas. O dCi 110 tem a opção do sistema elétrico Hybrid Assist, com uma bateria de 48V que permite que o pequeno motor elétrico dê suporte ao motor a combustão.

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