Era para ser um local seguro. Afinal, pelo preço cobrado por uma diária, a segurança do veículo estacionado deveria ser de primeira linha. Estamos falando do estacionamento do Aeroporto Internacional André Franco Montoro, mais conhecido como Cumbica, localizado em Guarulhos, Grande São Paulo.

Pelo menos sete Carros Tiveram Suas Rodas roubadas quando estavam estacionados nos Terminais de Carga e 1 do complexo aeroportuário paulista, conhecido também como GRU. Nos terminais 1, 2 e 3, por exemplo, uma diária “Standard” custa nada menos que R$ 50,00. Já a tarifa “Premium” e o Edifício Garagem tem diária de R$ 60,00. No terminal de Cargas, alvo principal das ocorrências, a diária é de R$ 15,00.

Com os valores cobrados, especialmente nos terminais de passageiros, era de se esperar que casos de roubo de rodas não existissem. No entanto, só em setembro, sete carros Tiveram Suas Rodas furtadas em pleno estacionamento. Os casos ocorreram entre os dias 6 e 24 deste mês, chamando a atenção da polícia. Blocos de concreto e macacos foram usados pelos ladrões para a prática do crime, mas também teve carro encontrado apoiado no próprio chão.

Nas ocorrências, algo que chamou a atenção da 3ª Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), é o fato dos carros não serem de luxo, embora todos tivessem rodas de liga leve. O motivo é que os bandidos preferem rodas comuns, que são mais fáceis de serem repassadas no mercado clandestino, chamando assim menos atenção.

De acordo com Luiz Guerra, delegado titular da Deatur, essas ocorrências são “completamente novidade” e declara: “Em breve a gente deve prender. Vão voltar a furtar e vão ser flagrados pelas nossas equipes aqui”. A Deatur está investigando através de imagens dos circuitos fechados dos locais e também de suspeitos antigos da região. A polícia está tentando traçar um mapa com o padrão de ação dos ladrões no GRU.

No mês de agosto, duas quadrilhas estavam agindo no aeroporto de Guarulhos e três elementos foram presos. Mas, em apenas um mês, 30 casos de furtos de rodas foram registrados no complexo. Os estacionamentos são terceirizados e estão nas mãos da empresa Estapar, que atua nesse mercado.

A empresa diz que a segurança é de responsabilidade de outra companhia. A gerenciadora dos estacionamentos diz que preza pela segurança do patrimônio dos clientes. A empresa relata também que atendeu todos os clientes vitimados pelos bandidos. Recentemente, falamos sobre o grande número de roubo de rodas em São Paulo, onde alguns bairros apresentam dezenas de casos anualmente.

[Fonte: Estadão]

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