(trilha sonora)
Ando sequestrada pela literatura
Nem as flores da varanda tem mais graça
Nem a música
Nem o café.
Faço uma garrafa, bebo o primeiro gole
E esqueço a xícara para esfriar
Ando com uma urgência de conhecer estas pessoas
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Estas Vidas que não são minhas
A infância que não vivi
Os pais que são outros
A profissão que não tive coragem
O marido que busca o pão pela manhã
Nas vidas da literatura, há sempre beleza
Mesmo quando as páginas são tristes
Há poesia no desespero
Aqui
Eu assisto o café esfriar. E não ligo.
Na minha vida aqui, o desastre que o levou cedo demais não tem beleza
Não tem poesia
É árido
E me seca por dentro
Todo dia