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Biomas do Brasil - Pampa

Pampas são como as pradarias são chamadas na América do Sul, constando em áreas de clima subtropical. No Brasil, esse Bioma ocorre no Rio Grande do Sul.

Pampa é um bioma que se estende pelo sul da América do Sul, compreendendo áreas de clima subtropical úmido. No Brasil, os Pampas (ou campos sulinos) ocorrem somente no estado do Rio Grande do Sul, em uma área que equivale a 2% do território nacional.

Assim como nas pradarias, os Pampas são formados por extensos terrenos planos ou suavemente ondulados, recobertos por gramíneas e arbustos. Sua grande biodiversidade inclui várias espécies endêmicas, como o sapinho-de-barriga-vermelha, na fauna, e o nhavandaí, representante da flora. Os problemas ambientais observados hoje nesse bioma, como a arenização e compactação do solo, são derivados do avanço de atividades como a agropecuária.

O que é Pampa?

Pampa é um bioma caracterizado pela vegetação de pequeno e médio porte que recobre terrenos planos e suavemente ondulados na porção meridional da América do Sul, compreendendo uma parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. A própria palavra pampa, que vem da língua indígena quíchua, designa as áreas de ocorrência do bioma, uma vez que significa “plano” ou “planície”. Chamado também de campos sulinos ou campos do sul, o bioma Pampa dispõe uma grande biodiversidade, especialmente no que diz respeito ao número de espécies que constitui a sua flora.

Características do Pampa

O Pampa pode ser descrito como um tipo de pradaria da América do Sul, e por isso apresenta características semelhantes aos campos de outras regiões de clima temperado do planeta. Apresentamos abaixo os principais aspectos desse importante bioma.

→ Localização do Pampa

O Pampa é um bioma que ocorre exclusivamente no sul do subcontinente da América do Sul. Ele se estende pela parcela mais meridional do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No território brasileiro, a área ocupada pelo Pampa é de 2% da superfície total do país, o equivalente a 176.496 km². A cobertura do Pampa corresponde a 63% de toda a área do Rio Grande do Sul, único estado brasileiro que abriga uma parte do bioma.

→ Clima do Pampa

Nas áreas de ocorrência do Pampa, o clima predominante é o subtropical, que dispõe das mesmas características do temperado úmido.

As temperaturas médias nessas regiões, como no Sul do Brasil, ficam entre 18 ºC e 20 ºC, mas há uma amplitude térmica acentuada durante o ano. Os verões são muito quentes e os invernos tendem a ser muito frios devido ao avanço da massa polar atlântica. Ainda na estação fria, pode haver a ocorrência de geada e até mesmo neve em algumas localidades.

Outro aspecto importante do clima subtropical é o volume considerável de precipitação, uma vez que as chuvas ocorrem de maneira uniforme durante todos os meses do ano.

→ Hidrografia do Pampa

Existe uma grande disponibilidade hídrica na região por onde o Pampa se estende, o que se deve à presença de uma densa rede de drenagem, diversos lagos e reservas subterrâneas de água. As águas compreendidas no bioma fazem parte de duas importantes bacias hidrográficas: a bacia do Uruguai e a bacia do Atlântico Sul.

Entre os principais cursos d’água que banham o Pampa, estão os rios Uruguai — que recebe o nome de rio da Prata quando encontra com o rio Paraguai na região de sua foz —, Ibicuí, Santa Maria, Jacaí e Vacuí. Além disso, uma grande extensão do aquífero Guarani está localizada no subsolo das áreas caracterizadas por esse bioma.

→ Relevo do Pampa

O Pampa recobre terrenos, em sua maioria, planos ou suavemente ondulados que caracterizam, ao menos, quatro domínios geomorfológicos distintos do relevo sul-rio-grandense. São eles:

Planalto da campanha;

Depressão central;

Planalto sul-rio-grandense;

Planície costeira.

As altitudes variam do nível do mar até pouco mais de 400 metros, encontrando terrenos de maior elevação no interior da unidade do planalto sul-rio-grandense.

→ Vegetação do Pampa

Assim como as pradarias, a vegetação dos Pampas é predominantemente campestre, formada por plantas herbáceas, o que inclui as gramíneas, e espécies arbustivas. Em algumas áreas desse bioma, é possível identificar a presença de matas ciliares, algumas árvores decíduas e formações pioneiras, embora em menor quantidade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a flora do Pampa apresenta 1623 espécies diferentes de plantas, incluindo aquelas endêmicas, ou seja, típicas do bioma, como o nhavandaí e o algarrobo. Assim, podemos encontrar no Pampa as seguintes plantas:

Babosa-do-campo

Trevo-nativo

Barbas-de-bode

Capim-forquilha

Amendoim-nativo

Flechilhas

Grama-tapete

Angico-vermelho

Cabelos-de-porco

Fauna do Pampa

O Pampa apresenta uma fauna bastante diversa composta por 120 espécies de aves, 97 espécies de répteis, 74 espécies de mamíferos, 50 espécies de anfíbios e 18 espécies de peixes, de acordo com dados do IBGE. Encontram-se entre os animais dos Pampas espécies endêmicas como o sapinho-de-barriga-vermelha, o tuco-tuco e o beija-flor-de-barba-azul. Além desses, compõem também a fauna do bioma:

Furão

Quero-quero

Pica-pau-do-campo

Veado-campeiro

Sabiá-do-campo

Tatu-mulita

João-de-barro

Preá

Graxaim-do-campo

Degradação do Pampa

A degradação do Pampa está diretamente relacionada com a substituição da vegetação natural desse bioma por monoculturas e pastagens. Em outras palavras, o avanço da atividade agropecuária é um dos principais causadores dos problemas ambientais na região do Pampa, especialmente quando se leva em consideração que parte dessa prática se desenvolve de maneira extensiva e também com a utilização de fertilizantes e outros defensivos agrícolas empregados nos cultivos.

O solo presente nessas áreas apresenta baixo desenvolvimento, o que indica que é raso. A textura desses substratos é, no geral, arenosa. Esse conjunto de características nos indica a presença de solos muito propensos à desestruturação física, que causa a erosão.

Apesar disso, o monocultivo de grãos (como a soja) principalmente e espécies como o eucalipto tem avançado por sobre os Pampas, e o manejo inadequado do solo resulta na aceleração dos impactos negativos sobre ele, a vegetação nativa e os mananciais, além de remover o habitat de muitas espécies animais.

A pecuária extensiva, por sua vez, gera o aumento da pressão sobre o solo com o pisoteio do gado. Isso acaba levando à sua compactação, o que gera a diminuição da infiltração de água e consequências para a vegetação e a fauna, além de transformar a estrutura do substrato e torná-lo sujeito aos processos de erosão.

Uma consequência da degradação do Pampa observada atualmente é a arenização, a formação de depósitos ou bancos de areia na paisagem outrora recoberta por vegetação. Esse fenômeno é decorrente justamente da remoção da cobertura vegetal e do longo tempo de exposição do solo aos agentes intempéricos."

Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/

https://www.todamateria.com.br/

https://www.embrapa.br/

https://www.ibge.gov.br/






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