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A situação que o país atravessa/atravessava (riscar o que não interessa)


A "situação que o país atravessa" e essas coisas. Na ressaca laranja, pouco depois de sabermos que o anterior Governo vendia como definitivos em Bruxelas os cortes salariais na função pública que porcá andava a vender como transitórios,  ficamos a saber que, por decisão do mesmo Governo poucos dias antes de deixar de o ser, a remuneração mensal do presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) subiu de 6030 euros para 16075, a do vice-presidente de 5499 euros para 14468 e a da vogal de 5141 euros para 12860. Atrás lê-se "a situação que o país atravessa". Tal como a reversão do negócio ruinoso da venda da TAP, nulo por força da legitimidade que um Governo que deu asas ao nosso dinheiro, então já em gestão, não tinha para assinar, caberá ao actual Governo corrigir o tempo verbal para "a situação que o país atravessava". De nada serve andar eternamente a compilar os podres de um Governo que, mesmo sem esse espólio, seria sempre o pior Governo da nossa História recente. A obrigação de um Governo – deste ou de outro qualquer – que queira realmente fazer diferente é fazer aterrar o dinheiro que os malfeitores que o antecederam puseram a voar. O poder para decidi-lo tem-no todo. Que tenha também a vontade.

Vagamente relacionado: As dívidas do empresário José Guilherme ao Novo Banco foram reestruturadas. O empresário, que “ofereceu” um presente de €14 milhões a Ricardo Salgado quando este liderava o então BES, chegou a ter empréstimos superiores a €200 milhões junto daquela instituição. José Guilherme terá pago uma parte destes créditos e nas respostas que enviou, no início do ano passado, à Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES admitiu que devia cerca de €121 milhões. O Expressoapurou que as dívidas do empresário foram agora reestruturadas num processo de resolução dos problemas que a herança da anterior gestão deixou no banco. Este é apenas um dos processos muito complicados que Eduardo Stock da Cunha tem para resolver no Novo Banco. Quase todos com as mesmas características. Uma fonte da instituição disse ao Expresso que são vários os casos de créditos avultados que estão em incumprimento e que não têm qualquer garantia. Em alguns, inclusive, existem apenas avais pessoais que são extremamente difíceis de cobrar. Seja pela lentidão do sistema judicial, seja pelo simples facto de os devedores não terem bens em seu nome que possam responder pela dívida.


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