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Cuidado Ao Dar NIF nos Supermercados: Identidade Exposta


By Lenny Hannah

Hoje aconteceu-me algo insólito: fui ao Mini mercado do bairro, fiz as minhas compras e dei o meu número de contribuinte; como sou cliente habitual, o cashier sorrindo, virou-se para mim e disse “ ai, você chama-se …….”  estupefacta, indaguei como sabia o meu nome completo e ele respondeu que quando se insere o NIF aparece o nome do contribuinte. Confesso ter ficado abalada. Bom, este indivíduo parece-me ser uma pessoa correcta, mas sabe-se lá o que poderá vir a acontecer se esta informação for obtida com intenção dúbia.


Pronto, já sei (sem margem para dúvidas) que:


  • Vivo num país que não respeita o direito à privacidade nem tão pouco acredita na protecção de dados do indivíduo

  • Vivo num país de bufos e delatores

  • Vivo num país de intrometidos na vida alheia

  • Vivo num país de gente invejosa e pobre de espírito. 


Mas mesmo assim, o bom senso deve prevalecer, por isso quero saber, quem conferiu o direito à Administração Tributária e Aduaneira de espalhar o Nome dos cidadãos por todo e qualquer "bordel'' deste país? Por acaso, o Ministério das Finanças pode ser a salvaguarda contra todo e qualquer ignóbil que esteja por detrás dum balcão? 


Como se pode confiar num governo que pega em dados confidenciais e partilha-os com os comerciantes?

Afinal para que serve a exposição do nome do cliente? 


Já que hoje em dia tudo é uma questão algorítmica; vai o Ministério das Finanças contratar engenheiros informáticos para alterar o algoritmo que anda a esparramar os nomes completos dos cidadãos por essas esquinas afora?


Eu certamente, devido ao número de contribuinte, não quero que o meu nome seja espalhado pelas lojecas do Ali baba, do Mussa Tchipati, do Xiang frutas, do Cheng Jewellery, do Papa Kumar, do Badrudine Modas, do Patel Lyca etc etc.


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On a different note:


Venho por este meio rogar ao governo português que ordene ao AT e ao SNS que sejam diligentes na atribuição dos números aos imigrantes porque sem os ditos, eles obtêm os cuidados hospitalares acrescidos de uma conta de €100 e, sem o NIF não podem candidatar-se a uma Autorização de Permanência nem a obtenção de um contrato de trabalho. 


Ademais, faço notar que as mães solteiras sentem-se contristadas porque as crianças não podem ser inscritas em nenhuma escola por falta do NIF e do NISS, o que as coloca numa situação de ilegalidade. 


É imperativo ter esta gente legalizada ou re-encaminhada para os seus países, porque a ilegalidade combinada com a ansiedade e com o senso de injustiça não são bons conselheiros. A sabedoria popular diz que “ vale mais prevenir que remediar” ou ainda “better safe than sorry”...


Pelo acima exposto, recomenda-se aos respectivos serviços para que diligenciem a exequibilidade do artigo 88º, para a Segurança Nacional no seu todo.


Peço deferimento.


Até para a semana


[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society™ (Grupo ao qual o Etnias pertence). © 2009-2021 Autor/a(es/as) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS]


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