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Portugal: O Puzzle Marroquino, Cobradores de Dívidas e Desvairio de Costa


Esta semana três pontos intrigaram-me porque não tenho explicação para os mesmos: a invasão de marroquinos (oriundos da Bélgica) a Portugal, a frivolidade dos cobradores de dívidas e a opinião pessoal furada de António Costa.

De que a boca é uma arma destrutiva, não restam dúvidas

Num encontro entre amigas estávamos a discutir a problemática do aproveitamento das nossas leis pelos ditos migrantes, quando uma delas nos disse que achara bizarro o facto de em certas áreas do Porto, Alentejo e Algarve cidadãos belgas de origem marroquina se deslocarem, invariavelmente da região, em carrinhas e em BMWs. Quando instei acerca da curiosa observação, ela respondeu-nos que quando cá chegou fora visitar esses tais amigos, com o seu namorado francês marroquino. O nosso comentário foi uma troca de olhares, e como nos faltava um condimento para confeccionarmos um prato típico moçambicano, duas de nós metemo-nos no carro e fomos a uma lojeca dum asiático não oriental, comprar tamarindo.

A pessoa de quem eu me fazia acompanhar disse “Já reparaste que nas cantinas dos monhés, nunca são os mesmos e além disso o seu português é reles, o seu inglês é duvidoso e dirigem-se uns aos outros no seu dialecto?” Encolhi os ombros em sinal de indiferença, mas ela não se manteve calada e argumentou apontando a deslealdade do seu negócio “Não têm despesas com empregados, não respeitam os domingos nem feriados, só 10% dos seus produtos é que são étnicos, ofuscam a mercearia do 'sr. Zé' porque estão em cada esquina dos bairros.” Retorqui dizendo que estávamos num país de economia de mercado e de concorrência livre; mas repisava na rotatividade do pessoal e chegadas a casa, uma outra amiga corroborou a mesma teoria acrescentando que o fenómeno era generalizado, fosse em Moscavide, Mouraria, Odivelas ou Loures que, segundo elas, são os locais onde há mais concentração de asiáticos por metro quadrado.

Perante a apreensão das minhas amigas, sugeri – como quem não quer a coisa – que fizéssemos directamente uma prospecção. De imediato descobrimos que apesar da cor parecer ser a mesma, não se tratava da mesma etnia; uns são paquistaneses, outros são indianos não hindus, outros ainda são do Bangladesh, aqueles outros são do Sri Lanka e alguns muito poucos são turcos e nepalenses; porém todos partilham em comum o minúsculo mini-mercado. Para amenizar o receio das meninas, relembrei-lhes que em Moçambique, os indianos quando nubentes mandavam vir as noivas da Índia, e que estas se faziam acompanhar de familiares masculinos. Portanto seria bem possível que estivéssemos perante o regresso dos ditos acompanhantes; ou talvez fossem formadores do manuseamento dos tuk-tuk; ou ainda, se calhar fossem cidadãos estrangeiros expulsos pelos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

O meu argumento não aplacou a incompreensão das minhas amigas, primeiro porque não estava munida de dados estatísticos que apoiassem a teoria dos casamentos dos asiáticos em Portugal, depois não soube dizer porque razão permitiria o SEF que os estrangeiros ilegais circulassem pelo país, em vez de os deter no aeroporto e recambiá-los sem delongas para os seus países de origem e por último não foi suficiente a invocação da inquietude da comunidade muçulmana na Bélgica; elas são de opinião que esses cidadãos belgas marroquinos que estão a invadir o Porto e o sul de Portugal deveriam dirigir-se para França, sua ex-potência colonizadora; pois desconfiam que esta malta está a vir para cá com segundas intenções: iniciar a montagem dum puzzle.

Estou intrigada, será?


Que fazem os cobradores de dívidas em Portugal?

Toda a gente em algum período da vida contrai uma dívida que vai amortizando conforme o contratado. Porém, bastas vezes o devedor, por uma razão ou outra, engasga-se e o débito cresce a olhos vistos.

Normalmente, os credores entregam a cobrança da dívida a empresas especializadas no ramo e em troca pagam pelo serviço prestado. Contudo estas empresas empregam pessoas do tipo do cobrador de fraque, uns tipos que começam por lembrar o valor em dívida em questão ao credor X, após o lembrete, anunciam o valor acrescido de um determinado montante, chegando alguns a tentar uma espécie de negociação.

Quando enfrentam uma frustração, os cobradores enchem a boca para chamar a pessoa de desonesta e, a coisa mais perturbante é quando coercivamente (i.e. ameaças com o recurso à justiça e com a penhora dos bens) tentam obter uma data fixa para a liquidação da dívida. Se a pessoa diz que não sabe quando terá possibilidades para pagar por aquela ou qualquer outra razão, os coagentes entram num debate infrutífero com o devedor encetando pela resenha da dívida, o tempo da mesma etc; se a pessoa diz que não quer enganá-los com datas, que simplesmente prefere esperar até ter o dinheiro e pagar, cai o Carmo e a Trindade: os cobradores deixam-se possuir primeiramente por um espécie de paternalismo barato, seguido de uma moralidade amoral e quando menos se espera acrescentam mais um gasto ao passivo da sua empresa porque em vez de apresentarem soluções consentâneas com a realidade do devedor, os recalcadores administrativos inexplicavelmente impõem um debate filosófico da dívida... Quão intrigante é esta frivolidade?

O desvairio de António Costa, mascarado de opinião pessoal

António Costa arrogou-se no direito de emitir a sua opinião pessoal acerca das pensões mínimas. Implicitamente afirmou que pessoas que auferem pensões no valor de €269 e €297 merecem ver a sua pensão reduzida em €10 porque em toda a sua vida foram uns preguiçosos e caloteiros. António Costa, os valores acima mencionados são auferidos por duas bravas e corajosas mulheres (da minha família), que em África, trabalharam uma nos Correios (no departamento de Estatística) e a outra no Sindicato dos trabalhadores do Comércio. Retornadas de África, com idade de não empregabilidade, elas tiveram que agarrar-se ao que viesse à rede. Uma trabalhou em vários sítios através da Manpower, a outra trabalhou numas freiras que tratavam de amblíopes, numa veterinária e ultimamente guardou a casa de uma amiga que estava emigrada em França e posso assegurar e garantir-lhe que todos os meses a Segurança Social recebia as suas contribuições.

António Costa, vou agora emitir a minha opinião pessoal, acerca da sua persona: você é um parasita, porque esperou que António José Seguro voltasse a credibilizar o PS para que você aparecesse e como um qualquer ladrão, sonegasse a oportunidade de José Seguro chegar a primeiro-ministro. Você além de não ter ganho as eleições, por portas e travessas roubou o lugar que agora ocupa; você como governante é um descalabro; você é desvairado; você é um descompensado e mestre em afirmações gratuitas. Em suma, você é um coitado!  

Até para a semana


[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]


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