O despertar para uma nova era. Esse foi o tema principal do Amcham Talks – Trends Innovation Festival, que chegou a sua 5ª edição em São Paulo, reunindo grandes representantes do ecossistema de inovação no país. Com a apresentação de talks simultâneos organizados em quatro palcos, o evento abordou tópicos como inteligência artificial e NFT’s, trazendo um futuro que já se constrói na realidade atual. Também foram citadas experiências de compra como a Shein e a roupa digital (também conhecida como skin) vendida no metaverso e se esgota em segundos. 

Para Beatriz Zogaib, Head de Comunicação da JustForYou que apresentou o talk sobre cocriação com o consumidor, toda inovação precisa vir acompanhada de uma aprendizagem geracional reversa, onde é preciso olhar constantemente para os mais novos e, acima de tudo, para as pessoas. “Se antes o que ditava as regras do mercado era o controlo dos processos e ferramentas, hoje está claro que é preciso deixar o ser humano no centro de tudo. Estamos numa sociedade da imaginação, da ética e da humanização como pilares centrais: a sociedade 5.0”. 

Durante o encontro, o público foi exposto à grande necessidade também de alfabetização emocional; se por um lado temos tanta tecnologia, por outro, existem números exorbitantes referentes à ansiedade, por exemplo – talvez devido a modelos de trabalho mais ágeis e ao grande acesso à informação a todo instante. Por isso que, diante da necessidade humana atual de processar grandes quantidades de informação, as experiências que conectam saem na frente: a emoção é a moeda da experiência. 

Segundo os palestrantes, os velhos modelos já não servem mais e a potência das pessoas passa a ser medida pela capacidade de suportar dúvidas e também de exercer a curiosidade. “Afinal, curiosos questionam, buscam novas formas de fazer, inovam! É a era do triunfo da leveza, numa conexão entre ciência, sociedade, computação, novas dimensões, e até mesmo a espiritualidade”, destaca Beatriz.

Foi a partir dessa ideia que o talk da JustForYou apresentou a importância da personalização em escala, através da cocriação, processo que coloca o cliente no centro. “O que é tendência hoje, amanhã já pode ser realidade. Foi o que aconteceu com a JustForYou. Em 2018, vimos que a personalização era o futuro e em menos de um ano já havíamos criado um algoritmo capaz de identificar os melhores ingredientes para cada pessoa, sendo a primeira marca a trabalhar com hiper personalização de cosméticos capilares no Brasil. Tudo é possível quando você olha para o que as pessoas desejam, para as dores que elas sentem e usa a tecnologia para deixar tudo mais humano, inclusive o consumo”, diz Beatriz Zogaib, que também trouxe para a palestra a importância de se olhar para os dados. 

“Somos uma empresa de tecnologia e isso nos permite trabalhar com o que chamamos handmade do futuro, criando produtos únicos com escalabilidade. Somos movidos a dados, e ele chega de todas as formas possíveis – pelas redes sociais, pelos nossos canais de atendimento, pelo quiz que a pessoa preenche para personalizar o seu shampoo e muito mais. E são esses dados que nos trazem a informação certa para criarmos e construímos a nossa marca em uma cocriação constante com a consumidora, manipulando fórmulas únicas de forma rápida e com resultados incríveis”.

Beatriz Zogaib, Head de Comunicação da JustForYou

Um novo espaço para a mudança 

Outros talks reforçaram a importância de olhar para a diversidade e promover uma cultura aberta para as mudanças. A análise preditiva foi um dos temas abordados, bem como os modelos de trabalho (remoto e híbrido) e design criado por Inteligência Artificial – temática que movimentou discussões nas redes sociais recentemente diante de uma obra de arte criada através de um programa online chamado Midjourney (capaz de gerar fotografias e desenhos somente com um texto descritivo), que ganhou um prêmio nos Estados Unidos e revoltou artistas do mundo inteiro. 

A verdade é que o futuro está aqui e é preciso pensar em inovação conectando tecnologia, negócios e seres humanos, avalia Beatriz. E para isso, é necessário que as pessoas exercitem a humildade e o aprendizado constantemente, principalmente ao considerar que boa parte das lideranças são de outras gerações que não são a geração Z e criam para a geração atual e as que ainda estão por vir.

O mundo está cada vez mais rápido, descentralizado, flexível, híbrido, seja em termos de espaço ou de experiências diferenciadas e love based (baseado em propósito e amor). Para se diferenciar no mercado, é preciso ter habilidades digitais e agilidade não apenas nas áreas de tech, mas sobretudo em marketing, vendas e finanças – que são as que mais crescem.

Para Sérgio Bolla, COO da JustForYou, os temas abordados fazem muito sentido. “Não dá para trabalhar com operações, por exemplo, e não pensar em processos ágeis e tecnologia. Muitas pessoas nos abordaram durante o evento para perguntar como fazemos para escalar oferecendo produtos um a um, exatamente porque isso é novo e, simultaneamente, um caminho sem volta.

Nós somos um case de sucesso da união de inteligência artificial com processos dos mais variados, trazendo o cuidado de uma operação personalizada com a escalabilidade da indústria, e por isso mesmo passamos a oferecer essa expertise para outras empresas que ainda não sabem como fazer, mas que já enxergam que o futuro é agora”, conta. 

Foi dessa forma que a JustForYou iniciou o seu projeto de expansão e lançou uma nova frente B2B (Business to Business) na sua linha de inovações. A marca oferece dois tipos de soluções para empresas de outros segmentos com a personalização como foco: a digital, a partir da utilização do checkout proprietário, inteligência artificial e outras tecnologias criadas pela startup, e a operacional, produzindo e resolvendo diferentes etapas da operação para outras empresas.

A ideia é contribuir para o ecossistema de marcas nativas digitais e impulsionar a inovação no Brasil a partir de um serviço mais completo do que as alternativas tradicionais já existentes no mercado, pois possibilita agregar em inovação, com eficiência operacional e contribuir para o aumento da margem de negócio da empresa parceira.

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