Para compreender como alcançar a felicidade, é necessário analisar a maneira como pensamos. Existem três abordagens distintas para isso:
A Armadilha do Desejo
A primeira abordagem baseia-se nos desejos. Vivemos em uma cultura que nos diz que precisamos adquirir coisas ou alcançar objetivos específicos para sermos felizes. Acreditamos que precisamos do mais recente celular ou da televisão grande.Buscamos validação ao compartilhar fotos da nossa comida no Instagram.
Porém, se pensarmos profundamente, perceberemos que, apesar de uma grande compra ou conquista trazer temporariamente felicidade, logo voltamos ao nível original de felicidade, porém com menos dinheiro no bolso e mais rugas na testa.
Portanto, é seguro afirmar que a felicidade não se encontra na categoria do "querer".
O Poder da Repulsa
A segunda abordagem consiste em repelir. Desde o momento em que acordamos, nosso cérebro automaticamente busca coisas que podemos rejeitar ao nosso redor.Dizemos coisas como: "Estou tão cansada, mas tenho que ir trabalhar" ou "Está frio, não quero sair da cama". Rejeitamos os outros, pensando "Ele é tão estranho" ou "Por que o caixa não pode apenas fazer o trabalho dele?".
E nos rejeitamos, dizendo coisas como "Estou fora de forma" ou "Por que sou um fracassado?". Novamente, não encontramos muita felicidade nessa abordagem.
O Hábito do Zoning
A terceira abordagem é a zona de conforto. Nela, enfrentamos tarefas chatas, como ir ao trabalho, dirigir ou esperar na sala de espera do médico.Nesse momento, tendemos a "desligar". Tudo fica nebuloso, como se estivéssemos colocando um filtro preto e branco sobre os olhos e o cérebro.
Entramos em um estado de repouso, enquanto nossa mente fica presa no passado, com arrependimentos, ou no futuro, com medo do que pode dar errado. Essa também não parece ser uma fonte de felicidade.
Essas três abordagens representam aproximadamente 99% do pensamento cotidiano da maioria das pessoas. Não é de surpreender que sejamos tão infelizes. Mas como podemos encontrar a felicidade agora?
Onde reside a felicidade
Bem, também há uma quarta abordagem quando se trata de como reagimos a algo que experimentamos apenas uma vez, como algo raro. É nesse ponto que a felicidade geralmente reside.
É a forma como reagimos quando vemos o Justin Bieber ou um outro famoso pela primeira vez, é aquela sensação que os astronautas descrevem ao ver a Terra do espaço.
É como se fôssemos exploradores curiosos capazes de passar horas apenas observando minúcias e detalhes, como observar insetos ou apreciar fotos. Essa abordagem é chamada de " atenção plena".
Pense em atenção plena como o oposto do "zoneamento". Trata-se de estar consciente de tudo o que está à nossa frente, como algo se sente, se move, cheira e tem gosto.
É sobre absorver todos os detalhes e focar exclusivamente naquilo que está bem diante de nós, sem espaço para desejo, repulsa ou distração.
Encontrando a felicidade
Não há avaliação geral, apenas espaço para absorver tudo e reagir com atenção plena. A felicidade surge e permanece simplesmente ao aprender a concentrar-se no que está diante de nós e abrir espaço para a felicidade em nossas vidas.
E a única maneira de ser mais consciente em nossas reações diárias é através da prática da meditação.
Agora, tenho certeza de que muitos de vocês estão lendo a isso e pensando: "Ah, isso é apenas mais uma besteira. Já ouvi falar sobre meditação e não faz sentido.
Não vou sentar e não fazer nada por 10 ou 20 minutos".
Então, se você está procurando a resposta para a velha pergunta de como se tornar mais feliz, não procure mais.
Pare de procurar soluções rápidas, porque posso garantir com cem por cento de certeza que a resposta está na atenção plena e na meditação.
Abra espaço para a atenção plena e a meditação em sua vida, concentre-se no presente e descubra a felicidade que surge ao absorver cada detalhe com atenção plena. Seja o arquiteto da sua própria felicidade!
