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Podcast #089 — Como Eliminar Mais de 100 Kg E Nunca Mais Engordar, Com Lara Rosa

Eu sou um exemplo, e não de “força de vontade”… Mas sim um exemplo de que a comida de verdade pode ser nosso remédio. Porque foi o meu remédio — e pode ser para outras pessoas também.”

A Lara Rosa tem uma história incrível de superação.

Após chegar aos 160kg de peso, ela eliminou mais de 100kg apenas com alimentação saudável — mesmo com a descrença de mais de 20 médicos que insistiam em operá-la.

Hoje, ela vem ensinar as lições mais valiosas que aprendeu ao longo desta caminhada.

Por isso, recomendo que escute ou leia a entrevista até o final.

Para, assim, saber tudo sobre:

  • como era a vida da Lara aos 160kg (ela não podia nem ir ao teatro),
  • por que ela se recusou (e brigou com mais de 23 médicos) a fazer cirurgia bariátrica,
  • quais as maiores dificuldades na jornada para eliminar mais de 100kg de gordura,
  • como foi ouvir do médico “uma hora dessas você vai morrer dormindo”,
  • como lidar com a opinião negativa das pessoas ao redor,
  • o maior erro de quem considera fazer cirurgia bariátrica (isto leva as pessoas ao fracasso),
  • como é a alimentação atual da Lara (como manter o peso após emagrecer),
  • hemotransfusão, imunossupressor, remédios diversos: como a alimentação resolveu o que tudo isso não foi capaz de solucionar,
  • como lidar com a vontade de doces e manter o foco na alimentação,
  • os duros sintomas da dependência de açúcar e junk food,
  • por que ter uma “lista de motivos” ajudou a Lara a se manter firme (e pode ajudar você a valorizar a sua saúde ainda mais),
  • estratégias e hábitos que ajudam a Lara a se manter no foco,
  • por que não se comparar com os outros,
  • os conselhos da Lara para você,

e muito, muito mais.

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Siga a Lara em suas mídias sociais. Ela é mais ativa no Instagram: https://www.instagram.com/lararosa101/ 

E também no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCjVMlxCums5mo53mcroojgQ 

E a gente também está presente em várias mídias sociais. 

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  • email: https://materiais.senhortanquinho.com/transcricoes-podcast 

Abaixo você encontra nosso agradecimento aos apoiadores que possibilitam este projeto ser um sucesso.

E também a transcrição completa do episódio.

Para ser avisado de novos episódios, lembre-se de nos seguir no email e no canal do Telegram.

Tem episódios novos todas as segundas e sextas-feiras.

Obrigado Aos Apoiadores Do Podcast

Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho. 

Somos Guilherme e Roney, e aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo. 

Antes de irmos ao episódio em si, queremos agradecer aos apoiadores que tornam este projeto possível.

Apoiador #1 — Loja Online Tudo Low-Carb

Este podcast é um oferecimento da loja online Tudo Low-Carb

A Tudo Low-Carb é uma loja que vende somente produtos que se encaixam numa dieta low-carb e cetogênica

Lá você vai comprar de tudo, desde farinhas low-carb até adoçantes como xilitol, eritritol, e estévia.

Além de temperos e produtos naturais, feitos com comida de verdade. 

Nós conhecemos pessoalmente Eliana, fundadora da loja.

E ela nos garantiu que monitora constantemente os valores para que a Tudo Low-Carb tenha os melhores preços dos adoçantes xilitol, eritritol e da farinha de amêndoas.

Então, se esse é seu caso, se você quer comprar ingredientes para receitas low-carb, recomendamos acessar a Tudo Low-Carb — porque lá é garantido que você vai encontrar. 

Apoiador #2 — Medidor de cetonas Uaiketo

Esse podcast também é um oferecimento do Uaiketo — e o que é o Uaiketo? 

O Uaiketo é um aparelhinho que serve para medir o seu nível de cetose através do hálito. 

A gente achou muito interessante esse aparelho porque você pode saber o seu nível de cetose sem ter que furar o seu dedo ou Fazer um exame de sangue para isso. 

É um aparelho realmente revolucionário no mercado — e o mais legal é que o Uaiketo é uma tecnologia 100% brasileira. 

O Iago, criador deste aparelho, entrou em contato com a gente, e a gente achou super legal divulgar essa iniciativa —  é por isso que hoje o Uaiketo é um dos patrocinadores aqui do podcast. 

A gente recomenda que você conheça esse aparelho, se a sua intenção é saber o seu nível de corpos cetônicos. É só acessar uaiketo.com.br.

Apoiador #3 — Nossos alunos do Guia Dieta Cetogênica

Este podcast só existe graças aos alunos do nosso programa VIP Guia Dieta Cetogênica

O Guia Dieta Cetogênica é um curso em vídeo com todas as informações, passo a passo, para você seguir uma dieta cetogênica de sucesso. 

E como bônus para você que escuta os nossos podcasts, a gente colocou dentro do programa, na área de membros especiais, todos os nossos livros e manuais digitais já publicados até hoje. 

Então, são centenas de receitas. Tem também o nosso livro de apoio, com 120 dúvidas sobre alimentação saudável respondidas, com prefácio do Dr. José Neto, um livro super elogiado por profissionais como Dr. Souto, Dr. Rodrigo Bomeny, Danilo Balu e por vários e vários convidados que já passaram pelo nosso podcast.

E ainda tem tabelas, infográficos, textos explicativos, resumos em pdf, um grupo secreto no Facebook e muito, muito mais. 

Então, convido você a conhecer o nosso programa Guia Dieta Cetogênica.

Transcrição Completa Do Episódio Com A Lara Rosa

Guilherme: Olá, Tanquinho. Olá, Tanquinha, sejam muito bem vindos e bem vindas a mais um episódio do nosso podcast. E hoje a nossa convidada é a Lara Rosa. Tudo bem, Lara? Como é que você está? 

Lara Rosa: Olá, tudo bem? Olá, Tanquinhos, olá, Tanquinhas, tudo bem com vocês? 

Roney: É um prazer ter você aqui conosco, Lara, a gente já se viu uma vez lá no evento ao vivo do Tribo Forte, em 2017, e a gente até tirou uma foto juntos.

Mas depois disso a gente continuou se falando por Instagram.

E hoje, pela primeira vez, temos você aqui conosco no Podcast.

Este é um Podcast um pouco diferente, porque a gente vai querer contar a história de sucesso da Lara. 

Então, Lara, você poderia começar se apresentando para o pessoal que tá escutando a gente, mas ainda não te conhece?

Lara Rosa: Olá, Tanquinho, olá, Tanquinha, tudo bem com vocês? 

Eu sou a Lara, eu tenho 41 anos, eu trabalho, eu sou dentista, e eu por muito tempo tive vários problemas de saúde e eu fui obesa mórbida. 

Eu cheguei a pesar 160 quilos.

Com esse peso, eu adquiri esteatose hepática, resistência periférica à insulina, tenho ovários policísticos, tenho fibromialgia, tenho artrite reumatoide, tenho sacroileíte. 

Eu estava com muitos problemas de saúde, nossa, tanta doença que a gente até esquece de falar.

Tenho muitos problemas de saúde, e eu fiquei obesa mórbida, estava à beira da morte, os médicos falavam que não sabiam o que iam fazer comigo, como que ia fazer. 

Muitos médicos me indicavam a cirurgia bariátrica, eu fui em 24 médicos, eles me indicaram fazer bariátrica,

Por Que A Lara Não Queria Fazer A Cirurgia

Mas eu não queria fazer bariátrica, porque junto com a indicação de bariátrica eles me falavam que eu ia precisar assinar um termo de responsabilidade, de que eu Tinha ciência que poderia morrer durante a cirurgia. 

Eu tava tão obesa que poderia ser que meu pulmão não voltasse a funcionar depois quando eu acordasse da cirurgia, ter uma parada cardíaca e respiratória, e aí eu iria morrer. 

Então, eu não tinha como opção na minha cabeça fazer a cirurgia bariátrica, porque eu tinha muito medo de morrer, e eu tava querendo fazer alguma coisa para me melhorar, e não para correr mais um risco de morrer. 

E aí eu procurei muitos médicos e tudo e todos indicaram bariátrica.

Só que eu sou muito teimosa, eu não queria fazer bariátrica.

Eu falava para os médicos: “eu quero fazer uma dieta, porque assim, se eu fizer a bariátrica, eu vou ter que fazer uma dieta, então por que que eu já não faço logo a dieta?” 

Até que um médico falou, uai, então já que você quer fazer dieta, eu vou passar aqui uma dieta para você fazer e ver no que dá — porque nem ele mesmo tava apostando muito no que era. 

E aí eu comecei a fazer essa dieta, e eu comecei emagrecer, a minha saúde começou a melhorar e foi em 2014 que eu comecei a fazer, janeiro de 2014.

 Naquela época não se falava em low-carb, cetogênica e tudo. 

Eu sabia que era a dieta que o médico passou pra mim, então eu comecei a fazer e eu comecei a melhorar, a minha saúde começou a melhorar, mas é uma low-carb baseada em comida de verdade mesmo. 

Porque eu brinco que tem low-carb de vários jeitos, a gente pode fazer uma low-carb tomando refrigerante zero, comendo embutidos, ou também comendo comida de verdade — uma alimentação mais natural. 

E a escolhida para mim foi a alimentação mais natural, por causa das minhas doenças autoimunes também, por causa dos meus problemas de saúde, e com isso eu comecei a fazer a dieta, acreditei em mim, fiz o máximo para poder dar certo, porque já não tinha mais chance, não tinha mais opção de desistir. 

Desistir ali não era mais opção, eu tinha que fazer, então eu comecei a fazer e aí a minha saúde começou a melhorar, e com isso eu comecei emagrecer também e, por fim, eu emagreci 101 quilos, recuperei a minha saúde, controlei vários problemas de saúde. 

Eu ainda tenho fibromialgia, eu ainda tenho artrite reumatoide, eu ainda tenho resistência à insulina, mas estão controlados. 

A esteatose hepática sumiu, o meu ovário policístico também tá controlado. 

Então, assim, com a alimentação low-carb, comendo comida de verdade eu consegui sarar de alguns problemas de saúde que eu tinha, e controlar outros. 

E também uma coisa que eu tinha muita vontade era de parar de tomar remédio, porque eu tomava mais de 800 reais de remédio por mês, e continuava doente. 

Então eu queria parar de tomar remédio, e com esse tratamento que eu fiz, na verdade foi com a mudança da alimentação, eu consegui também parar de tomar os remédios, porque eu consegui controlar e sarar de muitos problemas que eu tinha — com a comida de verdade, com a alimentação low-carb. 

Então, eu gosto muito de contar e recontar a minha história, porque eu me sinto muito feliz de poder ter me curado, e hoje em dia de motivar as pessoas, elas verem que, assim, se ela conseguiu, eu também consigo. 

E eu sou um exemplo — não de força de vontade, essas coisas.

Mas sim um exemplo de que a comida de verdade pode ser nosso remédio.

Foi o meu remédio e pode ser para outras pessoas também.

As Dificuldades Na Jornada Para Eliminar 101kg

Guilherme: Com certeza, Lara, super incrível, e 101 quilos não é brincadeira. E, nessa jornada toda, quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou? 

Que tipo de coisas, realmente, chegaram a te desanimar, ou foram mudanças mais difíceis de colocar em prática?

Lara Rosa:Lara Rosa: A primeira coisa mais difícil que eu senti, foi de não ouvir opinião dos outros.

Porque, como eu contei pra vocês, eu comecei em janeiro de 2014, e não se ouvia falar de low-carb, não se ouvia falar de dieta de comida de verdade, essas coisas.

A gente ainda acreditava que ovo fazia mal, que abacate fazia mal, que comer a gordura da pele do frango fazia mal. 

E eu estava fazendo uma dieta que era baseada em vegetais e em proteínas, e eu comia ovo no café da manhã e tudo, e as pessoas falavam “você está louca, você vai morrer, desse jeito não pode, você está fazendo uma dieta louca e tudo”. 

Foi uma das coisas mais difíceis para mim não ficar ouvindo opinião dos outros e fazer o que tinha de ser feito, porque aquela era uma nova chance, e era uma nova tentativa, então eu queria fazer por mim, não pelos outros. 

É muito chato quando você tá querendo fazer uma coisa, que já é complicada.

Eu era viciada em Coca Cola, eu tomava mais de dois litros de Coca-Cola por dia; comia salgado no café da manhã, comia muitas coisas assim. 

Todo mundo achava normal, eu obesa daquele jeito tomando muita Coca-Cola. mas quando eu comecei a comer ovo, comecei a comer carne, as pessoas começaram a achar estranho e falaram que eu era louca por estar daquele jeito.”

Esta foi uma das coisas mais difíceis. 

E a outra, também, foi mudar a minha cabeça, porque a cabeça da gente é uma coisa muito complicada. 

A gente começa muito animado na primeira semana.

Na segunda semana a gente já começa a desanimar.

Na terceira semana a gente já começa a querer desistir de tudo.

Então mudar a minha cabeça também foi bem complicado, principalmente quando chega no final do dia, que a gente tem muita vontade de comer doce

Eu era viciada em comer doce, sorvete, chocolate, eu comia muito carboidrato mesmo, né. 

Não é a toa que eu estava com esteatose hepática. 

E eu comia muita comida processada… eu falo, eu era a maior “Maria Pacotinho” que existe na vida, porque muita gente fala, ah, eu amo doce, eu amo coxinha, eu amo macarrão.

E eu também!

Para mim o mais difícil foi assim: apesar de eu estar com a barriga cheia, eu não estar comendo aquelas coisas que eu gostava, mas eu sabia que eu gostava muito, que eu amava tomar Coca-Cola.

Mas eu me amava mais e eu queria fazer alguma coisa para melhorar pra mim, porque do jeito que eu tava já não tinha mais outra saída, não tinha mais outra opção. 

Eu tinha que fazer aquilo e pronto. 

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Você é uma pessoa incrível. Tem diversas qualidades. E ainda está evoluindo cada dia mais. Melhorando sua alimentação e sua saúde. Será que vale a pena esquecer tudo isso… e focar num número que não quer dizer NADA? Olhe quantas outras formas de progresso existem. Tenho certeza de que você está obtendo alguma delas. Ao se alimentar melhor. Cuidar de você. E – de certa forma – investir no seu futuro. Afinal de contas, o que você come hoje determina quão saudável você será amanhã (e nos anos vindouros). Então não precisa jogar sua balança fora. Mas aprenda a dissociar seu valor como pessoa (e sua evolução nesta jornada de saúde) deste número. Até porque se você perde medidas, melhora a pele e o cabelo, e tem mais energia… Ninguém – absolutamente NINGUÉM – vai saber que "seu peso não abaixou esta semana". (Até porque você não anda com o peso tatuado na testa né ) Qual dessas vitórias é a que você mais percebe em você? Comenta aqui embaixo! #balanca #evolucao #senhortanquinho #saudesemmitos #medidascorporais #antesedepois #ciencia #saude #lowcarbbrasil #comidadeverdade #muitoalemdopeso P.S.: Esta questão da balança mexe com o emocional de muita gente… E muitas vezes isso acontece por acreditar que o peso é a coisa mais importante que existe. Olha quanto sofrimento pode vir da pura e simples desinformação! Felizmente, existe um livro que pode solucionar as suas principais dúvidas sobre alimentação e saúde. Um livro que está disponível HOJE para ser entregue em sua casa. E com frete 100% grátis. Ele foi elogiado por dezenas de profissionais atualizados, e baseado em centenas de estudos científicos. Esta obra se chama Saúde Sem Mitos. Foi escrita em linguagem acessível. Num formato de fácil leitura. E ela pode ser sua hoje. Saiba mais sobre como garantir o seu (e ganhe o frete grátis para qualquer lugar do Brasil ) clicando no link do meu perfil. Ou acessando www.SaudeSemMitos.com.br

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Então eu tive que escolher o que eu amava mais: se era ficar comendo aquele monte de coisa que eu comia, ou recuperar a minha saúde, e parar de tomar aquele tanto de remédio que eu tomava.”

E emagrecer: porque no meu caso, obesidade já não era só questão de “ai, eu quero usar esse short e não tá me servindo”. 

Eu tinha muitos outros problemas: além da saúde, eu não conseguia andar no Shopping. 

Eu andava no Shopping e tinha que parar para descansar; eu não conseguia subir escadas, eu trabalhava num lugar que era dez degraus de escada, e eu não conseguia subir os dez sem parar no meio para descansar.

Já não conseguir ir em lugares que tinha poltrona, eu enganchava nas poltronas, eu não cabia nas cadeiras.

Eu fui ao teatro, chegou lá eu tinha comprado o ingresso seis meses antes para assistir a uma peça no teatro — quando eu cheguei lá eu não coube na cadeira do teatro, não podia ficar sentada na escada, não podia assistir à peça em pé, tive que ir embora. 

E aí foi juntando todas essas coisas, que já estava dificultando a minha vida mesmo, quando aconteceu esse episódio do teatro. 

Eu podia ter ido embora, eu podia ter ficado triste, eu podia ter comido mais ainda e desistido de mim.

Mas não, eu usei aquela coisa negativa que aconteceu comigo, todas as coisas negativas eu usei como um combustível para o positivo para pensar “o que você ama mais: ficar comendo ou ter uma vida?”

Porque eu não estava tendo uma vida, eu estava sobrevivendo, eu tava empurrando a vida.

Imagina, poder sair, poder sentar, poder ir ao teatro, porque se eu ia ao cinema também a cadeira de obeso, se estava ocupada, eu não tinha como ficar no cinema.

Não tinha roupa que me servia, eu usava tamanho 60, então mesmo em loja de obeso era difícil encontrar roupa número 60.

Eu tive que escolher o que que eu amava mais, se era ficar comendo ou se era ter uma vida.

E aí eu parei e pensei “apesar de tudo, apesar de todas as dificuldades, apesar de todo dia eu ficar com vontade comer doce, de comer coxinha, de comer um monte de coisa e tudo, eu tenho que ver, porque na vida a gente tem outras coisas também, que são legais, que são boas de a gente fazer, e que eu amo também”.

Então, eu amava coxinha, mas eu me amava mais e, assim, por me amar tanto eu resolvi mudar.

Não é fácil, não foi fácil, continua não sendo fácil até hoje.

Porque às vezes a gente pensa que, “ah, emagreci, pronto, linha de chegada”. 

Não existe linha de chegada, a gente tem que continuar, porque se eu continuar fazendo o que eu tô fazendo, o que eu fiz para chegar aqui, eu vou continuar do jeito que eu tô.

Mas se eu voltar a fazer o que eu fazia antes, eu vou voltar a ser como antes. 

Então, essas foram as maiores dificuldades que eu tive: foi de mudar a minha cabeça e de não escutar opinião dos outros também, porque às vezes a gente fica escutando opinião dos outros e aí a gente acaba desistindo por isso. Então, essas foram as minhas maiores dificuldades. 

Como Lidar Com A Opinião Negativa De 24 Médicos

Roney: Incrível, Lara, e sem falar do peso que você perdeu na balança, também tem toda a questão do peso que você deixou de ganhar, né.

Talvez você, se não tivesse feito nenhuma mudança, e tivesse engordado mais.

E a saúde teria se deteriorado mais, talvez com piora dos problemas de saúde que você tinha naquela altura. 

Então, não só você teve resultados super positivos, como deixou de piorar a sua saúde e a sua forma física daquele ponto que estava. 

E deu para perceber que você é uma pessoa bem determinada quando você se consultou com 24 médicos e foi contra, não aceitou a opinião deles por não querer fazer a cirurgia bariátrica, por ser uma coisa perigosa.

Você foi muito perspicaz nesse ponto de “poxa, eu vou ter que fazer dieta de toda forma depois — uma dieta restritiva para quem é bariátrico, e para não recuperar o peso perdido — então, por que já não tentar começar com a dieta? 

E, como que foi para você ir contra um médico atrás de outro, falar “não estou satisfeita com essa opinião, vou para o próximo, vou para o próximo”… 

Como que foi você ter esse “peito” e como que você acha que é uma boa forma de lidar com os médicos, conversar com eles para tentar arranjar uma alternativa que, no final das contas, funcionou super bem para você?

Porque tem muita gente que, na primeira recomendação de bariátrica, já faz a cirurgia porque encara como uma pílula mágica, “ah, vou fazer a bariátrica e pronto, a minha vida tá resolvida e eu vou continuar comendo bobagens, só que é só comer menos”. 

Lara Rosa: É, isso mesmo. Eu já tenho experiência de pessoas que eu conheço, que já fizeram bariátrica e ficaram tomando remédio o resto da vida.

E, como eu falei para vocês, eu não queria tomar mais remédios, eu queria parar de tomar os remédios que eu tomava, então eu tinha que tomar remédios para o resto da vida. 

Eu conheço pessoas que fizeram bariátrica que engordaram, depois fizeram bariátrica novamente e engordaram.

Pessoas que morreram por fazerem bariátrica, e pessoas que trocaram o vício da comida, quando fizeram bariátrica, por álcool, por cigarro. 

Então, assim, isso eu já sabia de antes, e eu sabia que ali não era uma solução, para mim, na minha cabeça, era como se eu comesse a unha e aí eu falasse, não, eu não consigo parar de comer unha, e aí eu vou cortar meu dedo fora. 

E eu achava que era, tipo, eu vou cortar o meu estômago fora porque eu não consigo parar de comer. 

Não, eu tenho que aprender porque olha aqui, eu já vi vários casos de pessoas que fizeram a bariátrica e não deu certo, porque a bariátrica não era uma garantia de que ia dar certo, e de que depois ia ficar tudo bem, porque eu já conhecia pessoas que tinham feito. 

Eu até conheço um rapaz que ele fez duas bariátricas já, e ele continua obeso.

Então eu sabia que, mais importante do que fazer uma bariátrica, era a mudança da alimentação, era mudar o que a gente comia.

E com a consciência de que não é uma pílula mágica, porque se fosse todas as pessoas que fizeram a bariátrica continuariam magras. 

E o que vocês chamam de determinação, na verdade eu vou contar para vocês que é teimosia minha.

Eu sou muito teimosa, e eu não queria fazer, então se eu ia num médico e ele falava, “ah, para você é bariátrica, só tem jeito bariátrica e fique sabendo que no seu caso você pode morrer”…

Eu não teimava, eu falava, “tá bom, doutor”, e ia embora. 

Eu passei em médicos do convênio, em médicos particulares. 

Eu lembro que teve um médico que era super famoso na cidade, e ele falou assim, “eu vou te encaminhar para a gastro já”, e ele era endocrinologista.

E eu falei “não, doutor, eu não quero fazer bariátrica, não quero ir num gastro”, e ele falou, “então não adianta mais você continuar vindo aqui”. 

Então eu não teimava com médico, eu via o ponto de vista dele, e aí como ele já estava irredutível — porque a maioria das pessoas querem mesmo ir no médico, e o médico falar da cirurgia… 

Eu conheço até gente que engordou para fazer a bariátrica.

Só que, como eu fui em vários médicos, vários médicos, chegou uma hora que eu já estava meio cansada de chegar e escutar primeiro o que eles falavam.

Então eu chegava e falava, “doutor, eu sei que estou obesa, eu sei que a indicação é bariátrica, mas eu vim aqui para saber se tem outra solução além da bariátrica”.

E a maioria falava que não, que tinha que fazer bariátrica, ou botar balão, e eu não queria nenhuma dessas opções. 

Principalmente balão: porque eu tenho doença autoimune e eu tinha medo de colocar algum corpo estranho no meu organismo e dar reação de corpo estranho, e aí ia ser pior ainda. 

Até que eu cheguei em um médico, ele era idoso, ele até já se aposentou, eu até contei essa história no meu livro, eu não sei se vocês viram, e ele já estava para se aposentar, já estava finalizando os pacientes dele e tudo, eu acho que ele falou assim, “ah, vamos ver o que que essa menina quer”, e aí ele anotou num papel as coisas e falou para eu comer. 

Ele me entregou e falou, “come isso aqui e daqui seis semanas você volta, tá bom?” 

E eu falei, tá bom, peguei o papel e fui embora, na próxima refeição eu já comecei a comer o que ele tinha anotado no papel. 

Depois de seis semanas eu voltei lá, eu tinha emagrecido cinco quilos, não tinha passado fome, estava comendo ok.

Vontade eu tava passando: porque eu tava passando muita vontade de comer as outras coisas que tava viciada, que eu era viciada em açúcar mesmo. 

No começo eu fiquei irritada, com dor de cabeça, chateada e tudo, mas assim, eu sabia que era um processo e que eu ia ter que tentar aquilo ali, que era a minha última tentativa. 

Daí, eu fui fazer, voltei lá depois de seis semanas, eu tinha emagrecido cinco quilos. 

Eu não sabia que eu tinha emagrecido cinco quilos, porque eu pesava 160 quilos, nenhuma balança caseira pesa 160. 

A maioria das balanças, até de farmácias, geralmente pesa até 130, então não tinha como eu ficar me pesando, porque a balança que ele me pesava lá era balança de boi. 

E aí eu e pesei, e ele falou, “olha, você emagreceu cinco quilos”, só que cinco quilos para mim era como tirar um copo de água do oceano, não fazia tanta diferença porque eu pesava 160, então eu estava com 155, nem roupa ficava folgada nesses cinco quilos. 

E falou, “você emagreceu cinco quilos, você consegue continuar?”, e eu fui continuando. 

E depois, eu lembro que quando eu emagreci cinquenta quilos, eu fiquei extremamente feliz.

Porque eu falei, agora vai, é dessa vez, tá dando certo e vou continuar.

Eu cheguei lá, ele falou comigo, ele falou “no dia que você veio aqui, que eu anotei aquelas coisas no papel e tudo, você olhou para mim e falou tá bom, pegou o papel e saiu, eu achei você nunca mais ia voltar, mas aí depois você continuou voltando, e agora você está emagrecendo e já emagreceu cinquenta quilos, parabéns. Continua”. E eu continuei. 

Mas o que mais me fez, assim, ter vontade de fazer e tudo, foi que eu já estava muito obesa, estava cheia de problemas de saúde, estava pré-diabética, eu era tipo uma bomba relógio. 

O médico um dia até falou para mim que eu tinha que dar graças a Deus que eu tinha passado aquele dia sem ter um infarto e sem ter um AVC, porque eu era uma bomba relógio, e a qualquer momento eu poderia ter um infarto ou um AVC, e as opções que eles me deram foram as seguintes: morrer, ficar em cima de uma cama ou andar de andador antes dos quarenta anos. 

E aí, eu não gostei de nenhuma dessas três opções que os médicos me deram, e aí eu resolvi lutar com todas forças, que eu nem sabia que eu tinha, para poder ir em frente e consegui. 

Eu comecei a me sentir bem, comecei a melhorar com a alimentação que eu tava fazendo, e eu vi que eu tava emagrecendo, eu não tava passando fome, eu não tava comendo as outras coisas, né, mas, assim, eu não tava passando fome.

E todas as vezes na minha vida que eu não tive sucesso na dieta, foi porque eu ficava com fome, e eu tinha muitos quilos para perder. 

No começo a meta era perder 80 quilos, eu tinha muito peso para perder e, assim, se você quer perder cinco quilos, dez quilos, você até consegue perder passando fome.

Porque você passa fome quanto tempo, um mês, dois meses, até que perde esses quilos.

Mas eu tinha que perder muitos quilos. 

E se eu fosse fazer dieta que eu ficava com fome, eu ia ter que ficar muito tempo passando fome, e chega uma hora que a gente cansa de passar fome, a gente se irrita, a gente larga. 

Então, nas outras vezes todas que eu desisti de fazer dieta, foi uma das duas coisas.

Ou eu tomava remédio e passava mal, ficava com taquicardia, passando mal, tendo tontura e tudo, e aí parava de tomar os remédios (que era inibidor de apetite), e voltava com mais fome ainda, porque dava rebote.

Ou era porque eu passava fome, fazia aquelas dietas que você ficava comendo o dia inteiro, ficava o dia inteiro com fome, comia de três em três horas mas ficava o dia inteiro com fome, doida para chegar a outra refeição, e aí chegava na outra refeição tinha que comer de novo, e aí ficava com fome ainda e continuava com fome, e era uma coisa que não tem jeito, qualquer pessoa desiste. 

Eu comecei a fazer essa dieta, tinha que comer comida, as coisas da lista de alimentos e podia comer quanto eu quisesse, quando desse a minha fome.

E aí eu comecei a aprender sobre fome, sobre saciedade, e aí eu me dei bem porque eu não passava fome, e foi muito bom. 

Depois o médico falou, que nem ele botou fé que eu ia conseguir, mas eu tava tão determinada de que eu não queria fazer bariátrica, e eu tava tão determinada que eu não tinha gostado daquelas três opções que os médicos tinham me dado, que era ficar em cima de uma cama, que era morrer ou andar de andador, eu não queria nenhuma daquelas três coisas, e eu decidi ter um final diferente para mim.

Você até falou que se eu não tivesse começado, eu poderia ter piorado ainda mais a minha saúde, eu poderia ter morrido.

Eu acredito que eu teria morrido, porque do jeito que eu já tava, eu tinha apneia do sono, eu fiz aquele exame de polissonografia, eu tive 24 episódios de apneia numa noite. 

O médico falou pra mim, “você vai morrer dormindo, porque olha aqui, você tá tendo muita apneia, uma hora dessas o seu coração vai parar e você não vai conseguir”. 

Então, assim, eu acredito que se eu não tivesse começado em janeiro de 2014, hoje em dia eu não estaria mais aqui, porque eu tava tão doente, com tanto problema de saúde, eu tava só acumulando os problemas de saúde cada vez mais, que com certeza eu não estaria mais aqui hoje se eu não tivesse mudado. 

Como É A Alimentação Atual Da Lara

Guilherme: Realmente, é uma história de superação, e ainda mais nesse contexto desacreditado, em que os médicos não botavam esperança em alterações alimentares. 

E é incrível ver que você conseguiu, justamente, recuperar a sua saúde com esse caminho. 

Uma coisa que eu queria destacar, a respeito da bariátrica que você mencionou, a gente tem um podcast aqui, justamente sobre bariátrica e balão intragástrico, e alterações nesse sentido, com o doutor Senra, e a gente falou justamente sobre a necessidade que as pessoas que passam pela bariátrica têm de continuar fazendo uma mudança alimentar. 

E depois ainda vão ter vários outros problemas de absorção de nutrientes e muito mais, então é aquele ponto que o Roney mencionou também: que a cirurgia não é uma pílula mágica.

Não é só questão de fazer a bariátrica e solucionar tudo.

Por vezes — até como você mencionou — o pessoal ganha peso para poder fazer a cirurgia, porque acha que vai ser um evento, e que a partir daí ela não tem mais trabalho nenhum, ela só tem que fazer a cirurgia e tudo vai se resolver magicamente. E a gente sabe que não é assim. 

Falando nisso, que existe essa necessidade de um cuidado continuado com a alimentação, com bons hábitos, como é a sua alimentação hoje? 

É a mesma que você usou para emagrecer? Que tipos de coisas se mantiveram e que tipo se alteraram ao longo desses últimos anos?

Lara Rosa: A minha alimentação é a mesma coisa: vegetais, proteínas, frutas de baixo açúcar

Às vezes as pessoas falam, “uai, mas como que você não emagrece mais?” 

Porque o organismo da gente tem a termogênese adaptativa, e ele acaba — vocês devem saber explicar isso mais do que eu — se acostumando com aquela quantidade de calorias que a gente está ingerindo. 

Mas, desde o começo foi basicamente a mesma alimentação. 

Quando eu emagreci, eu fui dos 160 aos 59 quilos, mas aí eu fiquei com 59 quilos, eu perdi massa magra e gordura, e eu fiquei, literalmente, pele e osso. 

Então, eu comecei a fazer treino para ganhar massa magra, e aí a alimentação mudou um pouco, aumentou um pouco a quantidade de carboidratos e de proteínas que eu comia na alimentação, para poder ganhar um pouco de massa magra. 

Eu ganhei um pouco de massa magra, mas a minha massa magra é limitada, porque como eu tenho fibromialgia, quando eu faço treino, o treino que seria tipo até a falha, que seria até a exaustão do músculo, para o músculo crescer, em mim, quando eu treino muito, quando eu levo o meu organismo à exaustão, eu acabo perdendo mais massa magra. 

Então, é engraçado que, assim, o treino que eu faço para condicionamento, o treino que uma pessoa normal faz para condicionamento, é o que eu faço para ganho de massa magra, porque se eu fizer um treino para ganho de massa magra treinando até a falha, fazendo pirâmide, fazendo aquelas coisas, eu acabo perdendo massa magra. 

Foi muito engraçado isso que aconteceu, porque eu acabo perdendo. 

Então, assim, eu ganhei um pouco de massa magra, mas foi limitado também, então depois voltou a ser a alimentação mesmo do jeito que era, com vegetais que nascem em cima da terra, que têm menos açúcar, proteínas e frutas cetogênicas.

Mas eu não sou muito de comer fruta não, eu gosto mais de comer comida mesmo.

E uma coisa que aconteceu, foi que depois que eu já tinha emagrecido bastante, que eu já tinha ganho um pouco de massa magra e tudo, eu ainda tomava alguns remédios, eu tomava metformina, que é usado para quem tem resistência à insulina, quem é diabético e tudo.

Eu tomava metformina de 850mg, quatro comprimidos por dia, e aí eu fui no médico e falei “eu quero saber o que que eu faço para parar de tomar esse remédio”.

Porque assim, eu já tinha um conhecimento da low-carb, eu já tinha estudado bastante, porque eu estudei bastante. 

No Brasil era meio complicado porque não tinha muitas coisas, mas eu comecei a procurar muito e aí eu encontrei muitos artigos, muitas coisas em Inglês, e estudei bastante e eu vi que era usado para diabetes, para ovário policístico, para fibromialgia, a low-carb. 

E eu falei com o médico, “eu falei eu não estou mais comendo carboidratos, mas eu ainda continuo tomando o remédio, eu quero saber o que que eu faço para parar de tomar esse remédio”.

E aí ele me falou “para você parar de tomar esse remédio, você tem que furar o mínimo possível, você tem que ficar muito low-carb, em quantidades super baixas carboidrato por dia; tem que evitar ficar fazendo receita, tem que evitar ficar furando a dieta e comendo coisas que têm mais carboidrato”. 

E aí eu fui ao meu nutricionista, que é o Bernardo Maia, e falei com ele o seguinte.

“Olha, eu não vou tomar mais esse remédio e quero saber o que eu vou comer para não tomar mais esse remédio. “

Ele falou, “você está me falando que você quer controlar a sua resistência insulínica”, porque eu ainda sou resistente à insulina, eu fiz exame de curva glicêmica, eu faço a cada seis meses, há mais de dez anos eu faço esse exame a cada seis meses para controlar, e eu ainda sou resistente à insulina. 

Então ele falou, “você está me falando que você não vai mais tomar esse remédio, mas você sabe que você é resistente à insulina?” 

Eu falei que sim, e ele falou “então, tem que furar o mínimo a dieta e ficar no mais low-carb que você conseguir”. 

Então é isso o que eu faço, eu fico no mais low-carb que eu consigo, furo raramente a dieta, a última vez que eu saí da dieta esse ano foi em 6 de janeiro, que eu tomei um sorvete, e eu fico bem no básico mesmo. 

Quando eu faço receita, geralmente eu faço receita uma vez na semana, porque final de semana sempre dá vontade de a gente comer um docinho, né. 

Então, no domingo sempre eu faço um docinho low-carb de sobremesa, e no resto eu fico comendo mesmo ovos, abacate, vegetais, bem low-carb, porque eu sei que no meu caso não é só questão de emagrecimento, é questão de saúde também. 

Então, com a low-carb eu controlei a minha resistência à insulina, a fibromialgia, os ovários policísticos, o meu intestino irritável — que eu tenho síndrome do intes



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