Quando esta noite ao deitar
Cansada, estafada, os olhos a lacrimejar
Ciente de que o doente não é quem te vai curar
E perderes o sono, como um animal se perde do dono
Sem trela, livre dela e preza fácil da liberdade
Presa também à facilidade
De virar para o lado, de esquecer-te do passado
E mesmo assim, nessa insonia momentânea
Nessa lava subterrânea que te aquece
Pensas em mim e só em mim
No antes e no depois de mim
No que virá quando juntos por fim
Lado a lado transformarmos o futuro em passado
Descobrirás que o sono é um adorno
E o futuro a dois uma presença!
Joaquim Marques AC