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Professora utiliza pipa para ensinar geometria em escola de Brasília


A brincadeira serviu de estratégia para engajar adolescentes do nono ano do Ensino Fundamental em uma escola de Brasília (DF)

(Texto escrito por Rosângela da Glória de Almeida Yamahita*)

Trabalho em uma escola que tem laboratório de geometria e procuro sempre trazer o lúdico para a sala de aula antes de introduzir qualquer assunto. Quando os alunos do 9º ano do ensino fundamental, do Colégio Santa Dorotéia, em Brasília (DF), sugeriram separar uma manhã para soltar pipa, comecei a pensar em como usar essa brincadeira para ensinar conceitos matemáticos.

Partindo do princípio de que quando a aprendizagem é significativa, o processo se dá de forma prazerosa, comecei a fazer algumas pesquisas na internet e tive a ideia de usar a pipa para ensinar trigonometria, teorema de Pitágoras e simetria. A partir daí, também vi uma série de outros assuntos que poderiam ser lembrados, como o perpendicularismo e paralelismo.

De forma lúdica, aproveitei para esclarecer algumas dúvidas dos alunos, que geralmente apresentam muita dificuldade no teorema de Pitágoras e nas razões trigonométricas, que permitem ver o seno, cosseno e tangente de um ângulo.

Na primeira aula do projeto “Pipa no Ar”, trabalhei os aspectos teóricos e expliquei algumas fórmulas. Em seguida, com o objetivo de contextualizar a turma, desmontei uma pipa para mostrar a sua estrutura.

Aproveitei esse momento para também relembrar alguns conteúdos, entre eles o perímetro. Com algumas pipas prontas, compradas pela direção da escola, os alunos tiveram que trabalhar toda a parte de geometria, incluindo medidas e cálculos.

Ao sugerir esse trabalho, não tinha noção de como seria o seu efeito perante a família. Quando pedi para os alunos fazerem a rabiola em casa, por exemplo, vários deles me contaram que receberam apoio dos pais. Em uma reunião de boletim, alguns responsáveis vieram me parabenizar porque essa atividade essa atividade conseguiu envolver toda a família, incluindo avós e tios.

Para finalizar o trabalho, os alunos trocaram pipa com os colegas e tiveram um tempo para brincar. Também apliquei uma pequena avaliação com a turma e percebi que cerca de 90% conseguiu compreender esse conteúdo. Se não tivesse desenvolvido uma aula prática, penso que 60% dos alunos teriam apresentado alguma dificuldade.

* Rosângela da Glória de Almeida Yamahita. Licenciatura plena em matemática, com habilitação em física. Professora do ensino fundamental e médio de matemática e geometria. Tem 18 anos de carreira.

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